-Tem certeza que está bem?-perguntou Clitton girando o volante enquanto fazia uma curva, tínhamos acabado de sair do hospital.
Os paramédicos socorreram os homens que estavam traumatizados e morrendo de medo de mim, eles diziam coisas loucas como eu estar com os olhos pretos e demoníacos enquanto batia neles com uma enorme força e velocidade.
Coisas que ignorei por hora.
Como eu fiquei tonta após aquela lembrança, o médico me levou de volta ao consultório e me examinou, foi lá também que fomos interrogados e eu entreguei as armas que peguei dos homens.
Eles me parabenizaram e me deram um cartão, se algum dia eu ficasse desempregada a polícia do Kansas me aceitaria como estagiária.
Mas eu não pensava nisso naquele momento, eu pensava naquela lembrança.
E se eu fosse... uma assassina? E se essas marcas forem na verdade quando pessoas do bem tentaram me conter?
Isso explicaria o fato de eu não sentir medo e nem ter documentações.
Mas e as mãos de criança? Quem treinaria uma criança para ser uma assassina e como, uma conseguiria ser?
Era tanto sangue...
-Alex?-me virei piscando os olhos para o doutor.-Tem certeza que está bem? No que está pensando?-umedeci os lábios.
Eu precisava falar isso para alguém, mas não conseguiria esperar chegar em casa, seria ruim contar a ele.
-Poderia... guardar um segredo?-ele me olhou estranhando.
-Claro.-concordou.
Eu não devia, não devia contar a ele, mas estava aflita de mais, precisava contar.
-Principalmente de Gabi, ela não pode saber.-ele concordou.-Eu... eu acho que me lembrei de algo.-ele estava de olhos arregalados, vi-o encostar o carro rápido.-Por que parou o carro?!-perguntei alarmada.
-Calma.-pediu.-Me conta isso direito.
Respirei fundo.
-Eu... quando eu vi aqueles dois caras eu não pensei duas vezes antes de atacar eles e eu...-engoli seco.-me senti bem fazendo aquilo e... e quando terminei que olhei para minhas mãos me lembrei de quando era criança, pelo menos acho que era eu, vi mãos de criança cobertas de sangue e ouvi muitos gritos.-respirei fundo tremendo.
-Hey, calma... calma...-pediu ele acariciando meu ombro.-Você se lembra de mais alguma coisa?-balancei a cabeça negativamente, olhava fixamente para as minhas mãos.
-Eu... eu matei pessoas.-confessei me sentindo assustada.
-Não! Você nao matou ninguém.-ele segurou minhas mãos.-Deve ter tido uma visão do dia em que essas marcas foram feitas.-ele traçou as marcas de uma das mãos.-É apenas isso.
-Mas e aquilo? Toda aquela briga lá atrás? E o fato de eu ter gostado e não ter sentido medo?-ele deu de ombros.
-Pode ser seu corpo te protegendo, a adrenalina, você não estava se controlando.-ele deu um tapa no volante.-Não precisa se preocupar com isso, você é um anjo, não uma assassina, não ligue para o que aqueles caras falaram.-pediu ele.
Assenti me sentindo mais confortável.
-Obrigada.-ele sorriu tocando minha mão.
-Não há de quê.-sorriu dando partida no carro novamente.-Fico feliz que tenha me contado.-pisquei me lembrando da torta que tinha comprado pra ele.
Peguei o saco nas minhas mãos e levantei.
-Eu... eu comprei pra você, para agradecer pelo café de mais cedo.-ele abriu a boca ficando surpreso por alguns estantes.
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Rejeitada pelo Alpha - Aceita pelo Supremo (COMPLETO)
WerewolfAmélia Sweet Dreams, mais conhecida por Amy, guarda um passado obscuro de toda sua alcateia, de todos que se aproximam na verdade. Sua mãe, sua loba e seus ex-inimigos são os únicos que conhecem sua verdadeira natureza. Escondendo suas cicatrizes po...