Capítulo 58

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Afundei mais no assento do carro sentindo minha paciência se esgotar lentamente.

Por que eu vejo tantas bestas?!

Foram 7 contando com as duas que vi mais cedo.

Não sei se eu estava assustada ou impaciente.

Já nos aproximavámos do território dos bruxos e acreditava que eles estavam pressentindo nossa chegada, as seers deveriam sentir que estávamos chegando.

-Como vamos achar a entrada e passar pela segurança dos bruxos?-Lex me perguntou chamando minha atenção.

A entrada era escondida por magia, mas se revelava a todos os moradores de tal lugar e eu, mesmo como fugitiva, nasci nesse lugar e por esse mesmo motivo não seria atacada até que o próprio Cartelis surgisse.

Nossa maior preocupação hoje é que eu não tinha decidido ir até Cartelis e sim ir até as seers sem sequer pedir autorização.

-Essa parte é fácil.-respondi tentando tranquilizá-lo.-A entrada vai ser revelada a mim e ninguém vai ousar nos atacar até chegamos a Cartelis.

Sua sobrancelha franziu em dúvida.

-Quando eu vim aqui, todo mundo me atacou.-sorri.

-Você é inimigo deles, eu sou uma inimiga, mas também sou uma filha aqui.-dei de ombros.-E também, eles não ousariam me atacar, o medo que possuem de minha antiga eu é grande.-ele apertou minha mão como se tentasse me passar força.

Olhei em volta percebendo que estávamos de frente para o portão, a entrada do território.

-Como tem tanta certeza disso?-olhei para o alto do muro e apontei para os dois soldados a postos em cima dele a 40 metros do carro.

-Ali.-ele parou o carro olhando pros soldados.

-Como não consegui pressentir a entrada?

-Essa é a entrada para moradores.-ergui minhas mãos, fazia tanto tempo que tinha ido embora daqui que não me recordava ao certo como era o movimento para abrir os portões.

"Eu ainda lembro." Se manifestou Michelle pela primeira vez em toda a viagem.

-Como?-perguntei sem querer em voz alta concentrada em apenas descobrir/relembrar como abriria os portões.

"Preste atenção." Fechei os olhos para conseguir visualizar seus movimentos e depois os repeti.

Ergui ambas mãos em horizontal, uma acima da outra com uma pequena distância entra as palmas, girei trocando-as de lugar, a de cima pra baixo e vice versa, fiz isso algumas vezes até que fosse formado uma bola de energia entre elas.

Depois juntei as mãos e as fechei dizendo algumas palavras na linguagem antiga usada para feitiços e então o portão se abriu sem nem esperar que nos aproximassemos.

Engraçado que até hoje não me tiraram da lista de moradores.

"Possivelmente por causa de nossa avó." Michelle estava correta.

Minha avó ainda é uma moradora oficial daqui, apesar de preferir ficar nos arredores escondida nas florestas.

Mas as vezes ela retornava e por isso a passagem de minha família era aberta.

As portas se abriram revelando a passagem de terra.

Lex olhava pra mim de boca aberta.

-É tão fácil assim para moradores?-assenti sorrindo.-Isso é incrível.-apontei pro voltante.

Rejeitada pelo Alpha - Aceita pelo Supremo (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora