➪ Tomtord Stuff / oneshots (PT-BR)

Your shit are'nt my business. (1/4)

⚠️ Gore, suic*dio, auto-multilação, depressão, palavrões.

Veja por sua conta em risco.

(P.O.V Tom.)

Três.

Porra, já faziam três dias dês de que Tord não saia do quarto. Edd até tentou levar água ou comida para ele, que sempre recusava.
Não é como se eu ligasse muito, mais Edd me obriga a conferir se está tudo bem.

Eu realmente não sei porque, mais a casa ficou meio quieta depois dele começar a se trancar no quarto. Era horripilante como eu sempre passava na frente do quarto dele e sentia um cheio de podridão surpreendentemente ruim. Parecia que ele não tomava banho a algumas semanas... Não, meses.

Então, eu peguei meu cantil e uma cartela de cigarros e guardei no bolso do meu moletom, deslizando minha mão sobre a maçaneta levemente enferrujada.

E, caralho, eu fiquei arrepiado de ver o estado dele.

Sentado num canto do quarto, enquanto cortava seus pulsos com um estilete enferrujado. Seu quarto estava todo bagunçado, haviam pedaços de comida podre no chão, sem contar o cheiro de urina. Poderíamos dizer que um morador de rua estaria em melhor condição.
Os móveis estavam todos jogados no chão, sua cama bagunçada, como ninguém havia percebido que ele estava em péssimas condições?!

Eu me aproximei dele e coloquei minha mão sobre seu moletom, sujo, imundo e rasgado.
Ele se vira com um olhar indescritível. Era o olhar de um morto. O olhar de alguém que estava morrendo.

-Puta merda... Olha o seu estado! É nojento! (Tom)

Ele abria a boca, parecia que queria falar algo mais não teria forças. Eu coloquei ele em minhas costas e o levei para o banheiro. O sentei no vaso sanitário e comecei a tratar de suas feridas.

-Merda... Porfavor, me diga onde dói. (Tom)

-T-t-tu-... T-tu-... Tudo... T-tudo... D-dói.... (Tord)

Eu senti um peso em meu peito. Como se tivesse despedaçado seu coração.
Então, eu enfaxei seus pulsos e tornozelos, despi ele e o coloquei dentro da banheira, esfregando seu corpo devagar.

-AH! (Tord)

Retirei minha mão sobre seu ombro.

-Oque? O que foi? Eu fiz algo? (Tom)
-D-DÓI! (Tord)
-Sinto muito... Mais eu preciso tocar aí para limpar. Vai doer só um pouco okay?

Eu realmente não sei porque estou fazendo isso. É apenas por causa de Edd ou porque me importo com ele? Não. Seus problemas não são da minha conta!

Eu mentalmente gritei comigo mesmo. Estava me sentindo tolo, banhando meu próprio inimigo, o cheiro de fezes vindo dele não era nada agradável, e mesmo assim e me ofereci para cuidar de seus ferimentos.

Bobo.

Eu era bobo, de pensar em largar ele ali mesmo. Isso não seria nada ético, afinal, se eu estivesse depressivo, largado no meio do meu quarto fedendo a esgoto possivelmente gostaria que Tord me ajudasse. Mesmo que seja Tord. O próprio.

Eu não sei porque não gosto dele. Na verdade, eu tentei me enganar dizendo coisas como "Seu sotaque irritante!"; Ou coisas como "Ele sempre se intromete onde não deve!". Era estúpido. Mais aos poucos fui aceitando que não era necessário essa minha rivalidade com ele, mais eu não sabia como pedir desculpas. Ah, me doía vê-lo jogado naquele quarto. Antes, tudo o que ele fazia era ler aqueles estúpidos hentais, e agora, ele não faz absolutamente nada. Eu não me lembro da última vez que o vi comer, não me lembro da última vez que o vi tomar água, não me lembro da última vez que o vi sorrir. Talvez o tempo tenha corroído aquele sorriso que eu tanto odiava. Talvez, tenha sido minha culpa. Eu sinto muito mesmo... Não consigo aceitar que tenha sido minha culpa, eu me sentia mal por isso. Cada vez em que eu xingava ele. Cada vez em que eu mandava ele ir se fuder... Foi culpa minha. Eu deveria o chamá-lo para conversar, mais não agora. Eu preciso mantê-lo vivo se quiser conversar com ele.

Eu retirei ele da banheira, e sequei ele cuidadosamente, coloquei uma das minhas camisetas e um shorts jeans, ficou um pouco largo, mais era o que tinha. Eu não estava com coragem de entrar naquele esgot- digo, quarto dele. Não estava nas melhores condições.

Deitei seu corpo adormecido no sofá, enquanto acabava de trocar seus curativos. Como eu deixei isso acontecer?

Algumas horas se passaram, e eu escutei um suspiro. Parecia um suspiro de alívio, olhei para o lado e percebi que o norueguês havia acordado.

-T-tom... (Tord)
-Oque? O que foi? (Tom)
-O... obrigado. (Tord)

Eu senti um calor ao ouvir essas palavras. Ele havia me agradecido...

Ele se levanta com dificuldade e me abraça.

-m-me perdoa .. (Tord)
-está tudo bem. Apenas não faça isso denovo. (Tom)

Eu tentava não demonstrar empatia, para manter minha posição, mais acaba que falhava, e acaba sempre mostrando preocupação.
Tord deitou sobre meu peito, até que eu escuto a porta abrir. Edd e Matt haviam voltado do mercado. Edd jogou as sacolas de compra no chão e correu para abraçar seu amigo.

Coitado, eu imagino sobre o que ele não havia passado até chegar nesse estado. Bom, após isso, decidimos prestar mais atenção em Tord, ele está fazendo acompanhamento psiquiátrico, e sempre que posso ofereço a ele comida ou água. Ele está um pouco melhor atualmente, mais ainda se sente só.

(P.O.V Tord)

Eu havia escutado um trovão... Me levantei de minha cama com medo e fui andando pelo corredor, indo até o quarto de Tom, abrindo a porta lentamente vendo que o mesmo estaria acordado... Ele parecia estar mexendo no celular. Era estranho, não sabia que ele tinha insônia.
Depositei três batidas leves na porta apenas para chamar atenção, e ele tirou os olhos do celular e olhou para mim.

-Oque está fazendo acordado? (Tom)
-Está chovendo.... (Tord)
-Você... Tem medo de trovões? (Tom)

Eu acenei com a cabeça em concordância.

-...Apenas desta vez. Se deite aqui. (Tom)

Eu me deitei ao seu lado e senti suas mãos tocarem meus chifres, ele estava me fazendo carinho... Sem demorar, eu peguei no sono, acordando e percebendo que Tom já não estava mais aqui.
Eu me levanto e vou indo em direção a cozinha, vendo que Edd estava assistindo televisão, enquanto Tom e Matt acabavam seu café da manhã. Eu me sentei e me juntei a eles, sem dizer uma palavra. Escuto Tom dizer que queria conversar comigo. Isso me deixa ansioso.
Acabo meu café e vou até o sofá, onde Tom se encontra deitado de maneira preguiçosa.

-Sobre... O que queria tratar comigo? (Tord)
-Ah, claro. Se troque, vamos sair.