cap 4 - Some secrets should be kept

92 2 1
                                    

Valerie P.O.V's on

Que maravilha! Meu primeiro dia de aula e já sou convocada para a sala dos professores. Devia saber que não dá para mexer com idosos que eles já começam a se doer e possuem um livro de lições de moral para você. Tudo o que eu queria era ficar ali na minha, escutando música durante a aula que não despertava nenhum tipo de interesse em mim e essa professora esquentadinha, senhora Smithers, tinha que estragar esse meu momento com os fones de ouvido. Tenho certeza que os genes alelos e dominantes podem esperar até eu ficar menos entediada para poder entender o que eles significam e quais suas funções.

Estava a caminho da sala dos professores, bufando e batendo os pés com a maior força do mundo quase quebrando o piso. Ao chegar lá, bati na porta e ouvi um "Pode entrar!".

- Com licença! - eu disse na maior falsidade, abrindo a porta e entrando na sala, avistando a senhora Smithers e ao lado dela se encontrava o diretor Russel, com os braços cruzados e expressão séria, como se isso fosse me assustar. Me aproximei dos dois, com um olhar indiferente e esperei um deles falar alguma coisa.

- Senhorita Norton, pode me explicar o que aconteceu? - o diretor me perguntou.

- Se eu estou aqui, você deve saber exatamente o que aconteceu... senhor Diretor! - eu disse, de repente achando minhas unhas atrativas para ficar olhando naquele momento.

- Olha o respeito, mocinha. - ele aumentou o tom de voz e eu pretendia continuar calma e serena.

- Por isso eu disse senhor Diretor. - sorri ironicamente para ele que respirou fundo.

- Vamos direto ao que interessa, essa menina me desrespeitou diante de toda a classe. - a velha se exaltou apontando o dedo na minha cara, o que fez meu sangue subir com uma imensa vontade de quebrar aquela salsinha velha vulgo dedo apontado para mim.

- Primeiramente senhora Smithers, eu tenho um nome e é Valerie Norton. Segundamente, se é que essa palavra existe, eu não te desrespeitei, apenas fui sincera e terceiro, é feio apontar o dedo na cara dos outros. - eu disse, a encarando de modo que ela ficasse vermelha de tanta raiva, me fuzilando com os olhos.

- As duas queiram se acalmar, por favor! - o diretor interveio.

- Senhor Diretor, sei que fui errada por estar escutando música na aula da professora, porém ela não precisava ter interrompido sua aula para me dar um sermão de 1 hora que eu posso muito bem escutar dos meus pais, isso só fez com que ela atrasasse a matéria e prejudicasse todos os alunos. Aliás, eu fui totalmente sincera quando disse a ela que não estava afim de assistir a aula e era tão simples a tarefa dela de me mandar para fora, eu iria com muito prazer.

- Ah, sua menina ingrata! - a professora gritou, quase partindo para cima de mim, mas o Russel a segurou.

- Que agressividade, isso deveria ter punição senhor Diretor.

- Me desculpem, eu estou interrompendo algo? - levei um susto quando virei para trás e avistei Richard entrando de fininho na sala, com uma pilha de folhas em sua mão.

- Certamente que não professor, a sala é sua, fique à vontade! - disse o Diretor. - Vejo quantas provas o senhor tem para corrigir...

- São os trabalhos de férias que a professora anterior passou aos alunos, tenho muito trabalho a fazer esta tarde. - ele disse, se acomodando na cadeira, colocando as folhas sob a mesa.

- Senhorita Norton, qual profissão você gostaria de exercer? - o Diretor me perguntou e eu franzi a testa, não entendendo muito bem o propósito dessa pergunta.

- Com certeza, eu não seria professora, muito menos uma rabugenta. - cada palavra que saía da minha boca, aumentava a tensão na sala que estava para pegar fogo.

Do I wanna know?Onde histórias criam vida. Descubra agora