cap 6 - Going back to the Middle Ages

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- Arabella, acorda! - senti alguém me cutucar e quando abri olhos,  vi que todos da sala estavam olhando para mim, inclusive o professor Cross.

- Srta. Comanec, certo? - o professor me perguntou, com a voz mais tranquila do mundo. Apenas balancei a cabeça, positivamente. - Vou deixar essa passar, até porque mal entramos na época de aulas e não quero pegar pesado, especialmente porque sou um professor novato. Por favor, não me faça arrepender de te dar uma segunda chance. 

- Me desculpe professor, não vai acontecer de novo. - minha voz saiu rouca. 

- Pois bem, pessoal. Agora façam duplas, mas eu quero que cada dupla tenha um homem e uma mulher. - mal pisquei e a sala parecia uma verdadeira selva cheia de animais no cio. 

Permaneci quieta em meu lugar, até porque a preguiça e a falta de vontade não me deixavam perambular pela sala desesperada, procurando um homem para fazer dupla comigo. 

- Jasmine, posso me sentar aqui? - olhei para o lado da Jas e avistei Austin em pé,  com a cara mais lerda do mundo. 

- Com toda certeza. - ela olhou para mim, sorrindo. - Que os jogos comecem. - sussurrou e saiu. Revirei os olhos e nem sequer olhei para ele se acomodando na cadeira ao meu lado. 

- Eaí, Arabella. Tudo certo? - Austin me perguntou.

 - Ei, Tate! - gritei e ele olhou para mim. - A Jasmine ainda não achou alguém para fazer dupla com ela. - ele sorriu em agradecimento e foi até a Jas, que me fuzilou com o olhar.

- Agora sim, está tudo certo. - sorri vitoriosa. - Mas tenho certeza de que para a sua namoradinha, nada vai estar certo. Por falar nisso, cadê ela?

- Ela vai chegar atrasada, como sempre.

- Como sempre? Quantos quilos de maquiagem ela tem que passar na cara dela? - ele riu.

- Está bancando a cupido?

- Quando nada na sua vida dá certo, você começa a querer fazer com que a vida dos outros dê, pelo menos. 

- Achei que fosse o contrário, quando nada na sua vida dá certo, você quer que o mesmo aconteça com as pessoas ao seu redor. 

- Acontece que eu não sou assim. - olhei para ele, que não tirava o sorriso do rosto. 

- Já que você é tão boa em tentar ajudar os outros a se darem bem, por que não dá uma chance a si mesma? Pode conseguir ótimos resultados.

- Eu não estou muito preocupada comigo no momento.

- Mas devia, Arabella. Ou devia tentar deixar alguém te ajudar.

- Deixa eu adivinhar, alguém como você?

- Será que rola?

- O que?

- Me deixa te ajudar.

- Não preciso de ajuda. 

- Pois eu acho que precisa.

- Não me importa saber o que você acha que eu preciso.

- Eu sei, mas eu preciso te recompensar de alguma forma. Você foi tão boa comigo, me ajudando naquele dia da festa do porão.

- Eu não preciso de recompensas, um simples obrigado já tocou bastante o meu coração. 

- Tudo bem, eu vou achar um jeito de dar certo.

- Boa sorte com isso. - cruzei os braços e respirei fundo. 

Até que finalmente todos se organizaram com suas duplas, Kayla e Nathaniel entraram na sala, atrasados.

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