cap 2 - A little party never killed nobody

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Estava me sentindo em um filme do tipo "missão impossível", conseguimos sair da escola graças as passagens escondidas do colégio sem ser pegas por nenhum segurança e eu presumo que todos os veteranos estavam fazendo a mesma coisa e ensinando os novatos a como serem fugitivos profissionais. Isso sooa como algo ruim, mas por que parecia ser tão certo?

Eu e Jasmine seguíamos as meninas que nos guiavam para esse tal lugar "isolado" da escola, estávamos todas arrumadas para a festa e devo dizer que caprichamos no visual, mas para ser sincera eu não estava fazendo questão de ficar maravilhosa, as meninas que me arrumaram de verdade, não pude discutir se não elas me jogariam pela janela do quarto e eu não estou afim de morrer agora, ou estou?

Chegamos a um lugar que havia um labirinto de grama, bem alto.

- Não me diga que vamos ter que passar por esse labirinto? - Jasmine se manifestou.

- Nós sabemos exatamente o caminho, apenas nos sigam meninas! - Melanie disse. - E agradeça por existir esse labirinto, se não estaríamos ferrados.

Chegamos ao centro do labirinto mais rápido do que imaginei, no meio havia uma estátua de algo abstrato e eu fiquei observando o lugar para saber o motivo de estarmos ali. Valerie pegou seu celular e parecia estar enviando uma mensagem à alguém, segundos depois essa estátua se locomoveu, arrastando-se para o lado e eu fiquei boquiaberta quando vi uma passagem com escadas para descer.

- Fala sério! Isso é real mesmo? - perguntei, ainda sem acreditar.

- Eu sei, demais não é? A pessoa que inventou isso, é realmente um gênio. Venham, vamos nos divertir.

Fomos atrás das meninas e descemos muitas escadas até chegar no porão, que já estava cheio de adolescentes cheios de hormônios, se é que vocês me entendem. Isso aqui é o meu lugar, já cheguei me sentindo à vontade, diferente de Jasmine que não desgrudava de mim, parecendo estar com medo de ver todas aquelas cenas, do tipo pessoas se agarrando explicitamente, bebendo da garrafa, dançando todas coladas umas nas outras, algumas de roupas íntimas, resumindo: uma verdadeira putaria. Ao descermos as escadas, passamos por um menino que carimbava nossos pulsos para entrarmos de vez na "festa do porão", o carimbo era uma espécie de Gavião.

- Eu não sei vocês, mas eu tenho que voar. - Valerie disse indo para o povão dançando, sumindo no meio da multidão.

- Melanie, me explica a história por trás desse carimbo. - eu disse.

- No Egito, o deus Hórus era representado por um homem com cabeça de gavião e simbolizava força e poder. Por isso, o gavião também simbolizava, como a águia, os poderes do Sol. Pode ser também o símbolo da rapina, roubo, caça assim como a maioria das aves da mesma espécie, munidas de garras recurvadas. O gavião se caracteriza como o sujeito perspicaz, esperto, fino e astuto. Uma viagem esse assunto não é? - ela disse, rindo.

- Achei interessante. - e eu realmente achei.

- Sabe o que é mais interessante que essa história? - esperei ela responder que apenas puxou um garoto que passou entre nós e tomou as duas garrafas da mão dele. - Agora isso me pertence, James. - piscou para ele que riu e saiu dali.

- Com certeza Jack Daniel's é mais interessante. - eu disse, sorrindo.

- Então essa garrafa é toda sua. - me deu a garrafa. - E aqui, não usamos copos.

- Vocês só bebem direto da garrafa? - Jasmine perguntou, com uma cara de nojo.

- Claro que não Jas, você pode beber da boca de alguém ou de outra parte do corpo. - Mel disse, com a cara mais maliciosa do mundo e eu segurei o riso. Jasmine arregalou os olhos e ficou sem ter o que falar. - Vou te dizer e acho melhor me escutar, saiba C-U-R-T-I-R. Dito isso, dei um gole grande na garrafa e ofereci a Jasmine que hesitou em pegar a garrafa da minha mão e beber.

Do I wanna know?Onde histórias criam vida. Descubra agora