Capítulo 2 - Nossa história

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Eu e o Marc nos conhecemos desde o início da nossa adolescência. Marc era o menino mais bonito que eu conhecia, mas sabe quando você acha alguém bonito demais e sabe que não é pra você? Pois é! Eu achava isso. Ele era alto, tinha a pele bem clara e os cabelos lisos bem pretos e escorridos. Olhos e sobrancelhas marcantes e uma ou outra sarda que se disfarçava de forma sútil em seu rosto limpo, eram características que chamavam a atenção. Era o mais inteligente de todos os homens que já conheci. Conversava sobre tudo e não vivia rodeado de meninas. Engraçado, porém reservado. Eu amava isso.
Quando nos conhecemos ele tinha 16 anos e eu tinha 14. Nós éramos melhores amigos e fazíamos tudo juntos. Estávamos juntos no  terceiro ano do ensino médio e tivemos um baile à fantasia de filme de cinema. Um verdadeiro sonho. Logo após nossa formatura, entramos no mesmo curso juntos.
Estavamos juntos nos momentos tristes um do outro e nos momentos felizes, nos eventos de família, de amigos, de conhecidos. Todos esperavam nos ver juntos. Eu era a Bel do Marc e ele era o Marc da Bel.
Apesar de tantos anos juntos, sempre contávamos os minutos para estarmos juntos. Sabíamos resolver nossas brigas e sempre resolvemos qualquer problema antes de dormir. A única coisas que ambos não conseguiam perdoar, era uma traição. Era uma conversa que a gente teve desde o início. Juramos um amor sincero e eterno, mas que não sobreviveria a uma traição.
Diante disso, sempre respeitamos um ao outro, mas o problema dos relacionamentos é que uma pequena minoria da sociedade não tem respeito nem por quem é comprometido, que foi o caso do Gustavo.
Ele era amigo do Marc, ele era meu amigo, mas ele não quis saber. Os desejos dele foram maiores do que o respeito, do que a consideração pelo amigo.
Ali, naquele momento, eu sabia que tudo tinha morrido.

Meu doce passadoOnde histórias criam vida. Descubra agora