Dickinson - Emisue

Capítulo 17 - final.

POV EMILY
1 anos depois

Querida Sue,
Eu e Ben passaremos o natal na casa dos meus pais, gostaria de saber se posso passar o tempo com as crianças? sei que você me pediu para ficar longe delas, mas você pode pensar sobre isso?
Atenciosamente, Emily Dickinson.

Querida Emily,
Me arrependo tanto por nossa ultima discussão, eu fui tão infantil e fria. As criancas estão morrendo de saudade. Me perdoe novamente. A minha pergunta é, você sente minha falta tambem?
Atenciosamente, sua sue.

Querida, Sue.
Sinto sua falta a cada segundo do meu dia.

Cada vez mais que o natal se aproximava, minha ansiedade para ver Sue se tornava algo desesperador. Eu queria vê-la, queria sentir o abraço das crianças. Queria a minha familia por perto. Por mais que viver em Londres seja algo que eu realmente ame. Ben soube me fazer feliz do seu proprio jeito e ele estava realmente feliz por estar ao lado de quem ele ama realmente. Mas era impossivel ficar um ano praticamente sem minha familia e ele entendia isso.

Eramos perfeitos juntos, quando andavamos na rua, sempre um alguem desconhecido dizia o quanto somos um casal adoravel e como um bom casal, nós estamos aqui viajando horas para que eu possa passar o natal com minha familia.
Quando chegamos lá, fui rapidamente cumprimentada por minha irmã e minha mãe que choraram por alguns minutos em meus braços. Quando avistei meu pai e Austin vindo em nossa direção. Como homens, eles tentaram conter a emoção do nosso reencontro, mais fiz questão de abraça-los.

- Não vai perguntar sobre a Sue? - Austin estava com um sorriso animado. - Se eu fosse você iria encontra-lá em minha casa, ela insistiu em fazer uma surpresa para você. - Apesar de querer muito vê-la, olho atenciosamente para minha familia e só começo a me sentir animada quando todos concordam que eu devia ir. Pelo jeito as crianças estão sentindo muito minha falta.

Eu começo a caminhar cada vez mais rapido e quando percebo estou correndo gritando SUE, SUE, SUE.
Cada vez mais perto, vejo ela com o caçula em seus braços e seu casal de filhos ao seu lado, eu apago de minha mente todos os momentos ruins que passamos antes da minha partida e tudo o que eu quero é estar ao lado deles. Quando eles veem minha direção tão rapidamente quanto eu, pego Ned e Martha em meu colo e abraço sue com o pequeno thomas. Ficamos assim por algum momento, quando resolvo quebrar o silencio.

- Amo vocês - é tudo o que eu queria dizer.

- Também amamos você Em. - Sue olhava tão atenciosamente, como antigamente. E permito que ela termine o nosso momento com um pequeno beijo em minha testa.

Nossa tarde foi perfeita, levamos as crianças para um piquenique no bosque, como faziamos antigamente, e conversamos sobre as fofocas da cidade pequena e sobre tudo o que eu aprendi e vivi em Londres. Percebo que Sue está tentando respeitar o nosso reencontro, mas em um dos momentos, enquanto eu brincava com Thomas, ela segurou minha mão, algo que ela fez sem pensar e que segundos depois largou. Foi um daqueles momentos constrangedores que não sabemos como reagir, mais eu apenas pego novamente em sua mão e a aperto como um sinal de carinho reciproco.

O Natal passou muito rapido, conheci os novos gatos da minha irmã, não sei como ela consegue cuidar de tantos... ouvi meu pai e Austin conversando sobre negocios e para alegrar o coração de minha mãe, falei sobre meu casamento e como eu e Ben somos felizes.
Ben permitiu que eu fosse livre e aproveitasse cada segundo com minha familia, até nos despedirmos uma semana depois.

3 anos depois

Querida Emily,
Conto os dias para os feriados, pois sei que assim poderei vê-la. Nosso ultimo encontro foi algo que jamais será esquecido por mim. Thomas aprendeu a sua primeira palavra "gatos", obrigada por ter reclamado tanto sobre eles, pois nosso pequeno Thomas deve ter se cansado de ouvi-la e decidiu aprender. Martha e Ned estão indo para a escola, as vezes leio alguns dos seus poemas para eles. Quase sempre eles pedem para que eu explique o sentido das palavras e as vezes me recordo do motivo que te fez escreve-las e me sinto honrada de saber que o motivo, era apenas eu.