20. O Reflexo do Halloween

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Naquela noite eu havia recebido uma ligação de Camila para uma festa, não estava com a mínima vontade de sair, mas como uma boa amiga eu fui acompanhá-la

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Naquela noite eu havia recebido uma ligação de Camila para uma festa, não estava com a mínima vontade de sair, mas como uma boa amiga eu fui acompanhá-la. Arrependi-me no mesmo momento que entrei.

Não tinha uma alma da qual eu conhecesse, a não ser minha amiga e outras duas garotas que ela me apresentou: Amanda e Alice. Não acreditei que iria desperdiçar meu Halloween naquela festa pacata, então comecei a beber para me sentir melhor.

No meio da festa eu já estava um pouco mais alterada por conta das bebidas e ouvi uma música estranha começar a tocar, tinha um som grave, porém suave e uma batida que nunca vi tocar em festas como aquela, achei engraçado, até que tudo começou a perder o foco e, eu acho que acabei apagando.

Não sei quanto tempo se passara até eu acordar em um quarto escuro e sem decoração, não sabia o motivo pela qual havia desmaiado, mas creio que pela bebida, não sabia muito menos o que estava fazendo naquele quarto. Dava para escutar a música tocando bem baixinha e abafada, como eles estivesse longe. O estranho é que não havia porta no quarto, apenas uma janela, que dava encontro com a piscina que existia naquela casa, porém essa janela estava mais baixa, quase no chão... Isso significa que eu estava num sótão.

Achei uma portinha em um canto para descer e percebi que ali era o único local com decoração... Porém o cheiro que vinha dela era forte, e imitava marcas de sangue. Quando desci de lá, percebi que não escutava as vozes das pessoas, risadas ou coisas do tipo, apenas a música tocava.

Fui ao primeiro andar, até encontrar um primeiro braço estendido no chão. Me assustei e dei um grito alto ao ver aquilo, achei que alguém me ouviria, mas ao chegar no corpo, me deparo com todos os outros corpos também caídos, ensanguentados e já sem vida.

Um porta se abriu, e de lá saíram Amanda, Alice e Camila, que vieram correndo até mim. Depois do choque amenizar, nós chamamos a polícia, minha mão tremia com o celular no rosto. Saímos da casa e esperamos as viaturas chegarem, e enquanto isso não acontecia, nos deparamos com câmeras pela casa. Então resolvemos ir até a sala de câmeras onde ficava a central delas para saber o que aconteceu.

No momento eu não entendi o que estava acontecendo, mas me mostraram as imagens das câmeras e era eu... Correndo com um facão e enfiando em cada um que aparecia na minha frente. Eu ria, me divertia com a arma branca em mãos, conversava com os corpos e dançava pelos corredores, como se fosse algo prazeroso. O pior de tudo é que eu não lembrava de ter feito nada disso, apenas de ter apagado. Fiquei paralisada. Traumatizada. Quando me dei conta, as meninas já não estavam mais ao meu lado. Elas fugiram.

Comecei a procurá-las pela casa, e meia hora depois encontro Amanda perto da piscina, seu corpo caía sobre a água, já sem vida. Fiquei assustada e confusa, onde estavam Camila e Alice? O que estava acontecendo? Entrei em desespero, não parava de gritar aos prantos por socorro. Não fui eu que fiz isso! Então como eu apareci nas câmeras?

Ouvi um grito vindo de trás de mim, e quando me virei, era Alice com as mãos no pescoço jorrando sangue. Corri até ela, mas já era tarde e sei corpo desfalecia ali. Comecei a gritar por Camila e nada. Comecei a correr pela casa novamente.

Passei por um espelho e não vi meu reflexo, achei estranho, e quando cheguei perto de uma janela, me vi! Mas não era meu reflexo, era eu, em carne e osso, empurrando Camila contra uma parede da garagem, desci correndo em direção a elas. Cheguei e Camila gritava que não era para eu fazer aquilo, mas não era eu. Olhei para a outra "eu", e ela ria da situação sem parar, enfiando a faca no peito de Camila.

Comecei a chorar de desespero e não sabia o que fazer, estava perdida, a outra "eu" começou a vir na minha direção e com a faca em punho. Tropecei para trabalhar e cai, quando "eu" começou a correr e logo estava com a faca perfurando meu peito. Eu ouvi sirenes tocando, era a polícia chegando, nesse mesmo momento, a outra "eu" caiu ao meu lado no chão sangrando e desaparecendo como pó. Quando olhei para o outro lado, me reflexo apareceu na água da piscina.

Foi quando um policial chegou até mim. Eu apaguei. Não lembro-me de mais nada desse dia além disso, a polícia obviamente não acreditou na minha história, então guardo-a em segredo.

- Lívia Paiva
&
- vikfrance_art

808 palavras

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