Capítulo - 4

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  — Leah, né? — Uma menina disse sentando-se ao meu lado na lanchonete que eu sempre ia almoçar.

  — Uhum. — Respondi voltando minha atenção para televisão e colocando mais algumas batatas na boca, aproveitando que elas ainda estavam quentes.

  — A mesma Leah que o Sam Uley trocou pela prima? — Soltou uma risadinha e olhou para as amigas em alguma mesa atrás de mim. Colocou a mão sobre os lábios simulando estar com vergonha por falar demais.

  — Sim. — Respondi me virando de frente para ela. — Por quê? Quer autógrafo?

  — Não, só queria muito saber se você e Jacob Black estão mesmo juntos.

  Só podia ser algum tipo de piada, perdi alguns segundos encarando aquela mera humana de merda que era obrigada a proteger todas as noites desde os meus 19 anos.

  — E principalmente saber o que ele viu em você... Afinal se nem o Uley te quis, como um, cara como...

  — Como eu, estou com uma garota como ela? — o Jacob se sentou do outro lado da menina. — Bom para começar o Sam é um babaca e a pergunta que você deveria fazer é "como um idiota como o Jacob pode estar com uma garota tão incrível como a Leah?" — A menina ficou pálida como um papel e pediu desculpa se levantando.

  — Hey, nós nem estamos juntos, manda seu currículo, quem sabe você pode ser a escolhida. — Tirei sarro enquanto ela voltava para a mesa dela. — Você sabe que não precisava me defender né? — Questionei voltando minha atenção para as batatinhas à minha frente.

  — É, sei. — Respondeu simplesmente roubando uma das batatas.

  — E de onde saiu "garota incrível?"

  — Ah! Não voltaremos a essa discussão, pensei que tivéssemos concordado que você é foda.

  — Não chegamos a essa conclusão, na verdade, você encerrou a discussão usando seu tom de alfa comigo. — Tomei um gole da coca que já começava a perder o gás. — O que é muito abusivo da sua parte, a propósito.

  — Eu não vim aqui para isso. — Ele disse se levantando e revirando o bolso das calças que vestia, ignorando por completo o que conversávamos. — Soube que uma certa mulher indígena, estava querendo assistir a uma estreia e como eu estava com certo tempo livre, pensei "porque não realizar essa vontade". — Exibiu dois ingressos para a estreia de Shadow World, meu livro favorito que havia enfim virado filme.

  — Não acredito que você está mesmo fazendo isso. — Rebati incrédula pegando os retângulos de papel e passando os dedos por sobre o título.

  — É o mínimo que posso fazer, você tem sido demais comigo no último um ano e seis meses, quero poder agradecer você diariamente. — Ele disse com um sorriso maroto no rosto e com as bochechas levemente avermelhadas.

  — Você não vai chorar ou coisa do tipo, certo? — Encarei ele com as sobrancelhas franzidas e fazendo carinha de nojo.

  — Você sempre estraga os nossos momentos. — Ele respondeu, voltando a se sentar. Nós ficamos por mais trinta minutos ali até que o horário de almoço terminou e eu voltei para os peixes e o Black para a oficina que enfim tinha conseguido voltar a ser sócio.

  Bem antes dos Cullen irem embora, ele havia começado um negócio junto como Paul e com o Embry, abriram uma oficina juntos, afinal eram apaixonados por carros desde sempre e eram os melhores de toda a região, mas o Paul foi obrigado pelo Embry para pedir para que o Jake se retirasse, pois não estava mais comparecendo, muito menos cumprindo os horários deixando os dois sobrecarregados. Antes o problema era que o Jacob iria embora, o dia que ele iria nos deixar junto a sua imprinting se aproximava cada vez mais, garotos de apenas 13 anos haviam voltado a se transformar e muito provavelmente por conta do cheiro dos vampiros estar impregnado no alfa da matilha, todos nós já estávamos nos acostumando a não ter mais um Black como alfa. Não podíamos imaginar que ela partiria e deixaria ele para trás.

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