capítulo 13

45 7 0
                                    

— Bela o que foi? — Você está pálida! - Vovó me olha com uma preocupação exagerada em sua feição.

— Vovó olha isso. - Viro a tela do meu celular para ela e me levanto.

— Querida não tire conclusões precipitadas.

Vovó está em meu encalço quando entro no meu quarto e arrumo minha bolsa.

— Bela onde você vai?

— Vovó me escuta. - Pego em suas mãos e olho em seus olhos. — Eu vou me adiantar e vou para a casa dos meus pais, diz para a Mel que eu também estou morrendo de saudades dela, mas que eu tive um contratempo.

— Não vai minha filha, você está chateada para dirigir.

— Eu tenho que ir. - Meu sorriso fraco faz eu engolir as lágrimas.

— Então eu vou com você.

— Não vovó, a sua família está chegando, e a senhora precisa estar aqui para eles.

— Bela para de ser teimosa!

— Eu preciso desse final de semana longe do Kevin, eu estou esgotada vovó. - Respiro fundo. — Primeiro aquela secretaria dele e agora isso com a Sabrina.

— Deixe ele se explicar querida.

— Quando eu tiver menos chateada eu converso com ele. — Não deixe ele ir atrás de mim.

Dou um beijo nela e entro no meu carro saindo dali com o coração despedaçado.
***

Isabela você não ia vim só amanhã?

A surpresa no rosto da minha mãe me faz revirar os olhos.

— Oi para a senhora também mãe!

— Me desculpa filha, eu estava esperando você só amanhã.

Mamãe me dá um braço caloroso e mais uma vez engulo as lágrimas.

— Você está sozinha?

— Estou mãe, eu não preciso de babá!

— Nossa menina que bicho te mordeu?

— Um bicho chamado Sabrina mãe. — Está bom para a senhora?

— O que foi dessa vez Bela? Onde está o Kevin?

— Mãe eu estou aqui porque eu preciso de descanso. — Se eu soubesse que a senhora ia encher minha cabeça teria ido para outro lugar.

— Se acalme Bela, eu estou só preocupada com você.

— Eu estou calma! - Falo desanimada.

— Isabela eu te conheço, você vive procurando cabelo em ovo.

— Eu não quero mais falar sobre isso mãe, só vou dizer que o Kevin estava no aeroporto com a Sabrina.

— No aeroporto? - Minha mãe pergunta de cenho franzido.

— Os pais do Kevin chegaram hoje.

— Ok, já entendi. — Vai comer alguma coisa e descansar um pouco. - Ela me abraça e beija minha cabeça. — Eu preciso dar um telefonema.

Eu hein, está todo mundo tão estranho esses últimos dias. Vou até a cozinha faço um sanduíche, bato uma vitamina de morango e pego o pote de sorvete napolitano que eu adoro.

Minha mãe me encontra na cozinha e me olha assustada.

— Você não passa mal de tanto comer?

— Passo, mas tenho que comer de qualquer jeito, então... - Dou de ombros e levo uma colher de sorvete na boca.

Sentimentos a flor da pele Onde histórias criam vida. Descubra agora