— Bela o que foi? — Você está pálida! - Vovó me olha com uma preocupação exagerada em sua feição.
— Vovó olha isso. - Viro a tela do meu celular para ela e me levanto.
— Querida não tire conclusões precipitadas.
Vovó está em meu encalço quando entro no meu quarto e arrumo minha bolsa.
— Bela onde você vai?
— Vovó me escuta. - Pego em suas mãos e olho em seus olhos. — Eu vou me adiantar e vou para a casa dos meus pais, diz para a Mel que eu também estou morrendo de saudades dela, mas que eu tive um contratempo.
— Não vai minha filha, você está chateada para dirigir.
— Eu tenho que ir. - Meu sorriso fraco faz eu engolir as lágrimas.
— Então eu vou com você.
— Não vovó, a sua família está chegando, e a senhora precisa estar aqui para eles.
— Bela para de ser teimosa!
— Eu preciso desse final de semana longe do Kevin, eu estou esgotada vovó. - Respiro fundo. — Primeiro aquela secretaria dele e agora isso com a Sabrina.
— Deixe ele se explicar querida.
— Quando eu tiver menos chateada eu converso com ele. — Não deixe ele ir atrás de mim.
Dou um beijo nela e entro no meu carro saindo dali com o coração despedaçado.
***Isabela você não ia vim só amanhã?
A surpresa no rosto da minha mãe me faz revirar os olhos.
— Oi para a senhora também mãe!
— Me desculpa filha, eu estava esperando você só amanhã.
Mamãe me dá um braço caloroso e mais uma vez engulo as lágrimas.
— Você está sozinha?
— Estou mãe, eu não preciso de babá!
— Nossa menina que bicho te mordeu?
— Um bicho chamado Sabrina mãe. — Está bom para a senhora?
— O que foi dessa vez Bela? Onde está o Kevin?
— Mãe eu estou aqui porque eu preciso de descanso. — Se eu soubesse que a senhora ia encher minha cabeça teria ido para outro lugar.
— Se acalme Bela, eu estou só preocupada com você.
— Eu estou calma! - Falo desanimada.
— Isabela eu te conheço, você vive procurando cabelo em ovo.
— Eu não quero mais falar sobre isso mãe, só vou dizer que o Kevin estava no aeroporto com a Sabrina.
— No aeroporto? - Minha mãe pergunta de cenho franzido.
— Os pais do Kevin chegaram hoje.
— Ok, já entendi. — Vai comer alguma coisa e descansar um pouco. - Ela me abraça e beija minha cabeça. — Eu preciso dar um telefonema.
Eu hein, está todo mundo tão estranho esses últimos dias. Vou até a cozinha faço um sanduíche, bato uma vitamina de morango e pego o pote de sorvete napolitano que eu adoro.
Minha mãe me encontra na cozinha e me olha assustada.
— Você não passa mal de tanto comer?
— Passo, mas tenho que comer de qualquer jeito, então... - Dou de ombros e levo uma colher de sorvete na boca.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Sentimentos a flor da pele
RomanceEu te amo de toda minha alma e o meu coração! O que se faz, quando não se manda no coração... Se entrega...