Sentimentos a flor da pele

Epílogo

Dois anos se passou e eu ainda estou me recuperando mentalmente do tiro que Sabrina deu no meu ombro. Meu marido não deixou ela se safar depois disso. Toda vez que penso, sofro de imaginar que eu podia ter morrido e nunca mais ver meus filhos.

Se não fosse meu sogro impedi - ló Kevin teria matado Sabrina. Meu sogro disse com tanto temor, como Kevin pegou a arma e apontou para a cabeça dela.

Péricles também o impediu o arrastando dali disse meu sogro. Kevin só caiu em si quando meu sogro pegou seu rosto e disse que meus filhos precisavam dele e eu também ali naquele momento.

Fiquei desacordada por pouco tempo, quando acordei estava em uma ambulância e meu marido segurando minha mão.

Então quando chegamos em casa meu pai não foi tão bom assim também. Meu pai exigiu que Kevin tomasse uma providência porque não queria sua menina caindo mais uma vez nas garras da Sabrina.

Meu pai não confiava que ela ficaria pressa por muito tempo, sendo filha de quem é. Fiquei surpresa quando Kevin me disse que meu pai sabia tudo da vida da Sabrina e de sua família, porque contratou um detetive. Então fiquei boquiaberta que ela era filha do secretário do Estado.

Decidimos nos mudar para perto da minha mãe, Kevin e meu pai já tinham providenciado tudo na época, eu não tive muita escolha, mesmo porque estou adorando morar perto da minha família.

Meus sogros vieram também. Estão loucos que eu vou ficar aqui sem meus netos, disse minha sogra divertindo a todos. Dona Margareth me surpreendeu, até mesmo pela Sabrina ser a queridinha dela, no entanto ela mudou de opinião quando viu que ela estava enlouquecendo e colocando todos em risco.

Senhor Otávio enciumado disse a vovó que ela preferiu o neto a ele que era filho, só porque ela decidiu morar na minha casa e não na dele.

Vovó Rose não esconde seu ciúmes também.

Agora meus avós maternos são uns queridos, e são apaixonados pelos bisnetos.

Hoje teremos em minha casa um grande almoço em família, eu adoro esses momentos.

Os primeiros a chegarem são a Mel e o seu namorado Bill, o homem sabe ser bonito. Mel ri quando digo que ela não foi boba quando o fisgou.

Mel diz que se o seu irmão ouvir eu dizendo isso ele me mata. Ela nem imagina que seu irmão me proibiu de ficar muito perto do Bill.

Também chegaram a Vic e seu namorado Jorge. Os dois formam um belo casal.

Mel e Vic estão fazendo arquitetura também, como meu pai e meu sogro integraram as empresas ficou bem melhor.

Estou trabalhando com eles, mas Kevin preferiu que eu trabalhasse de casa e montou um escritório para mim, para eu ficar de olho na tropinha, ele pensa que me engana.

No entanto estou feliz, meu sonho se tornou realidade.

As crianças estão felizes que a tia Mel e a prima Vic chegaram, eles cansam essas meninas.

A Mel uma vez me disse que eles cansavam a beleza dela e não sabia como eu aguentava de tanta energia que eles tem. Eu só ri balançando minha cabeça.

Igor se casou com a Carina e tem um lindo casal de gêmeos. Agora Vitor está apaixonado de verdade por uma ruiva linda, ela é tão pequena, que não tem nada das mulheres que meu primo saia.

Todos moram um do lado do outro. Compramos todos os terrenos que tinham ao lado da casa do meu pai. Foi um achado meu marido disse quando começamos a construir.

As crianças estão adorando isso.

Logo todos chegam e o churrasco corre a solta como sempre, muita comida e conversa.

Corro para ir ao banheiro quando saio Kevin está me esperando ali na porta. Sorrio para o meu marido indo até ele.

— Você disse mais cedo que tinha uma surpresa pra mim. - Ele diz laçando minha cintura com seu braço e passa sua barba por fazer em meu pescoço.

— Ainda não chegou a hora, mais tarde eu falo o que é. - Passo meus braços pelo seu pescoço e fico na ponta dos pés para um beijo.

Kevin beija meus lábios com paixão, mordo seus lábios parando o beijo, senão os dois acabarão no quarto sem se importar com a família aqui na minha casa.

— Você ainda me mata anjo!

— Só se for de amor vida! - Selo seus lábios com os meus. — Eu te amo!

— Não mais que eu meu amor! - Kevin diz me beijando de novo.

— Eita que vocês não conseguem se desgrudar! - Minha mãe diz rindo.

Kevin se afasta de mim sorrindo, e pega a Melissa dos braços da minha mãe.

— Ela quer a chupeta Kevin! - Minha mãe revira os olhos.

Tantas vezes minha mãe disse que precisamos tirar a chupeta dela, pois ela está com quase três anos. Eu nem ligo.

Vou até a cozinha e pego a chupeta reserva para ela e dou na boca dela. Melissa se aninha no colo do Kevin já sonolenta. Todos dizem que ela é muito mimada.

Eu mimo mesmo, é minha filhinha. O Kelvin e o Matthew falta nos deixar sem cabelo de tanto que aqueles dois aprontam. Já o Henrique sempre foi mais quieto.

O almoço vira jantar e agora todos querem pizza. Nossos finais de semana passamos assim, a vida não podia ser melhor.

Minha sogra me faz rir quando ela tenta segurar o Matthew em seu colo, mas é uma missão impossível quando ele quer correr atrás do Kelvin.

Então vou até meu quarto e pego a caixa que eu escondi ali para o meu marido. Kevin está numa conversa bem interessante com o Igor quando eu o chamo.

Ele diz alguma coisa para o meu primo que assente e vem ao meu encontro.

Ali mesmo eu dou o presente para ele. Meu marido sorri lindamente para mim fazendo uma piada para todos rir, e então ele me olha quando abre o embrulho e vê o que está dentro.

Minha mãe curiosa como ela é, grita perguntando o que é. Kevin molha os lábios e me beija com seus olhos marejados.

Todos olham incrédulo quando ele tira um sapatinho de bebê da caixa.

— Você está grávida? - Minha mãe, minha tia e minha sogra gritam num coro.

— Sim! - Grito mais alto pulando no colo do meu marido que me ampara rindo e beijando meu rosto.

Se torna aquela bagunça que só minha família sabe fazer.
***

Nove meses depois, nascem Kauã e Kaique, mais duas cópias do Kevin.

Fiz meu marido prometer para mim que era a última vez. Porém não mudaria nada na minha vida.

Sorrio quando apresento meus bebês para a família. Henrique se apaixona perdidamente pelos irmãos. Kelvin e Matthew só pensam em aprontar como sempre. Melissa que morre de ciúmes, mas ela mal sabe que minha pequena vai sofrer com esse monte de homens na vida dela.

— Pequena eu te amo de toda minha alma e meu coração!

Meu marido me olha com tanta paixão com nossos filhos ao redor, que me derreto sob o olhar dele.

Molho meus lábios sorrindo e respondo.

— Faço minhas suas palavras vida!...

Fim