capítulo 2

88 7 0
                                    

                                         KEVIN

Isabela. Esse é o nome do anjo loiro que surgiu como uma tempestade de verão na sala da minha vó.

Eu estava de costas quando ela entrou, mas quando me virei e olhei pra ela me senti como se tivesse caído de uma ribanceira. Cai fundo e não me importei de me machucar.

Seu corpo matador em um shorts curto me tem caindo mais duro ainda. Seus cabelos loiros caem em cascatas por suas costas até as pontas pararem na curvatura da sua bunda redonda.

Essa garota é um furacão que chegou para destruir tudo a sua volta. Não me importo de rodopiar com ela nos meus braços.

Olhos cinzentos e um nariz empinado, faz eu ter sérios pensamentos quando ela se vira e encara a Sabrina de frente. Seus lindos olhos passam por mim por pouco tempo, no entanto nem precisei de muito quando seus lábios cheios solta as palavras necessárias para calar a Sabrina.

Sabrina não esconde sua frustração quando ela debate sua resposta com maestria. Sabrina não tem papa na língua, porém achou uma rival a sua altura. Por isso ela não esperava.

A dois anos eu e Sabrina estamos noivos. Não porque eu a amo, eu gosto dela. Sabrina foi minha colega de escola, e dá nossa amizade cresceu um carinho muito grande. Ela sabe disso.

Depois que Isabela sai com seus pais o ambiente na sala da minha vó fica vazio. A presença dela aqui deixou tudo mais intenso. Agora que ela se foi, ficou chato.

Foram todos descansar da viagem longa e cansativa. Eu tomo um banho e saio em direção a sala. Minha vó está na cozinha.

— Vó?

— Oh querido, pensei que você estaria descansando. — Estou preparando sua sobremesa preferida.

— Pudim de leite?

— Sim, lembro quando você era criança, você me pedia para fazer esse pudim o tempo todo.

— Senti tanto sua falta vó, queria que a senhora tivesse ido com a gente.

— Eu não queria deixar minha casa Kevin, aqui é meu lugar. - Ela sorri. — E depois eu não teria conhecido a Bela.

— Isabela. — Como a senhora a conheceu?

— Ela veio morar sozinha pra cursar a faculdade aqui, e um dia estou chegando com as compras em um táxi, quando ela saiu correndo da sua casa para me ajudar. - Minha vó diz sorrindo. — Que menina levada Kevin, ela só tem aquela carinha de anjo, mas é um punhado de tanta energia.

— Os pais dela parecem muito protetores, como deixaram ela morar sozinha?

— A Bela quando quer uma coisa, a mãe dela disse que ela é terrível. - Minha vó diz.

—  Ela é bastante geniosa! - Dou um pequeno sorriso de seu narizinho arrogante.

Minha avó ri concordando com a cabeça e me olha curiosa.

— Ela é linda, não é?

Me espanto com a pergunta direta da minha vó. Claro que eu achei ela linda e ela mexeu comigo assim que a vi, mas daí colocar isso em voz alta, me expor para minha vó assim, é complicado.

— Ela é... - Sai sem eu ao menos perceber. — Sabrina não pode nem sonhar que eu acho isso. — O tempo todo ela falou mal da Isabela quando fomos para o quarto.

— Sua noiva não está tão enganada a ponto de ficar com ciúme, meu filho. — Eu sei como você se sentiu quando a Bela entrou aqui em casa...

— Vó, eu não senti nada!

Sentimentos a flor da pele Onde histórias criam vida. Descubra agora