2 Corações e uma História

Cap.1 Primeiro mês

-Espero que goste do novo ap Calliope, a senhora Martha me ofereceu um três quartos pois o prédio não possui área de lazer, então o quarto extra fica pra Sofia brincar em segurança, o que acha? -perguntou Penny enquanto me ajudava a colocar as malas no carro que havia alugado para nos buscar no aeroporto-

-Acho uma boa idéia.

-Eu vou ter dois quartos mama?

-Vai sim. Um será o seu cantinho da bagunça.

-Vamos um pouco apertadas mais chegaremos bem. -disse Penny sorrindo ao ver que no banco de trás só cabia a Sofia-

-Me fale da localização. Vizinhança.

-Bom, é próximo de 04 hospitais, 02 escolas, 01 base do corpo de bombeiros, 02 delegacias, várias farmácias e supermercados. Sobre a vizinhança o que posso dizer é, povo grosso e estressado.

-Típico de nova iorquino.

Sim. Estou em Nova Iorque graças a Arizona que compartilhou a guarda de Sofia e permitiu que a mesma viesse comigo.

Sei que pode ser loucura mudar de estado logo após o divórcio, porém foi um mau necessário.

O ap alugado por mim e Penny não é luxuoso, é confortável. Três quartos com banheiro privado e sala conjugada com a cozinha.

Sofia amou a idéia do quartinho da bagunça, e eu como uma mãe babona, fiquei aliviada em saber que meu bebê brincaria em segurança enquanto não fazia amizades.

Minha doce namorada tentou me ajudar a organizar as coisas, porém foi chamada as pressas para começar no programa de residência.

O que me deixou feliz.

Penny estudou muito para conseguir uma vaga no programa de Nova York, que por sinal, é totalmente diferente e bem menos estressante que no Grey Sloan, os horários são flexíveis, as cirurgias são gravadas para os médicos assistirem depois. Interessante.

Enquanto não tinha a resposta do meu novo trabalho e escola da Sofia , a gente saía para conhecer um pouco do lugar onde vamos morar.

Nosso curto tempo juntas nos permitiu passeios em lugares aleatórios como, estátua da liberdade, musical infantil na Broadway, museu, Central park, shopping e Starbucks temáticos.

Já ao lado de Penny, nosso rolê era sempre gastronômico. Experimentamos um pouco da comida local como de alguns países, e a que mais amamos foi a mexicana.

Sobre os vizinhos, só sabemos que existem porquê encontramos alguns no elevador, e mesmo assim ninguém cumprimenta ninguém.

Pasmem, o prédio tem 14 andares,  sem área de lazer ou espaço para recreação. É um silêncio aquele lugar.

Assim que Sofia começou a estudar na nova escola eu comecei a trabalhar, então na hora do almoço eu a buscava para deixá-la na creche do hospital, pois alguns colegas de trabalho fazem o mesmo e também até eu contratar uma babá.

Depois de instalada e resolvida, o que durou 01 semana, Jeremy Gilbert me procurou para cuidar do seu filho.

-Torres! -gritou o homem no meio da recepção do hospital no momento em que levava Sofia para a creche - Não corre. Nosso garoto precisa de você.

-Nosso! Sr Gilbert, o pequeno Arthur é seu filho com a Virgínia Gilbert, e não meu e de minha esposa.

-Ele é nosso, e ponto.

-Eu tenho um irmão? -perguntou Sofia confusa-

-Não.

-Sim.

-Sr Gilbert!

-Pára Torres! Você cuida do Arthur desde o dia em que ele nasceu. Já tem quase dois anos que é a responsável por ele.

-Médica responsável pelo caso dele.-corrigiu Callie-

-Ele até te chama de mama...

-Chama por que viu a minha filha me chamar e também porquê você o ensina.

-Ótimo. Já que estamos em família.

-Oi!?

-Ele voltou com as dores e o choro compulsivo, dei banho quentinho para relaxar o corpinho , remédio pra dor e a mamadeira. Não sei mais o que fazer.

-mama , ai...-balbuciou o pequeno chorando e esticando os bracinhos em minha direção-

-Vem cá homenzinho. Deixe-me dar uma olhada em você.

Callie levou o pequeno Arthur para uma sala reservada junto de Jeremy e Sofia para atendê-lo melhor.

-Bom, vou precisar de uma nova ressonância e raio-x 3d para avaliar melhor.

-Manera aí por que é você quem vai pagar a conta.

-Como?! O filho é seu.

-Nosso. E eu acabei de me mudar e não tenho uma prata no bolso.

-Hein?! Se não tem dinheiro, como veio morar no metro quadrado mais caro do país?

-Virgínia morreu e me deixou dívidas milionárias, esqueceu? E sem contar que gastei o pouco que tinha comprando um ap.

-Não esqueci e aqui tudo é caro.

-E ele é seu filho. Sofia, amiga, pede sua mama para me ajudar a cuidar do seu irmão? Por favor.

-Está implorando a uma criança de 05 anos para lhe ajudar? É o cúmulo do absurdo.

-Callie! Eu, nós so temos você. Vocês. E ... -Jeremy caiu no choro como uma criança, ele não sabia mais o que fazer-

-E o que Jeremy? -incentivou a latina-

-Estou doente. Fase teminal.

Sofia como uma boa irmã mais velha distraiu o pequeno até que o mesmo parasse de chorar, o que deixou Callie pensativa.

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Primeiro capítulo está curtinho mais escrito com carinho. Erros corrijo depois. 😘😘