capítulo 17

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Inácio dirigiu por mais meia hora já estava irritado com o choro prolongado de Artur, não havia motivos para o loiro ter medo ou havia?

Todos chamavam Inácio de louco e assassino mas ele não pensa assim, ele está apenas pensando na família, afinal isso é tudo o que ele realmente quer. A família unida sempre fora seu sonho e o último membro da família está bem aqui ao seu lado chorando feito uma menininha.

- Quer parar de chorar porra? Eu já estou ficando irritado e você sabe que eu não gosto de me irritar. - Inácio segura o queixo de Artur puxando para olhá-lo nos bem de perto - Eu não gosto de machucar seu rosto lindo mas você me provoca e a culpa é toda sua quando isso acontece.

- N-não é nada - Artur falava entre soluços irritantes - Você que é um agressor desgraçado. P-por favor Inácio me deixa ir embora.

Inácio soltou uma gargalhada linda, adorava ouvir o marido suplicando e amava mais ouvir o marido implorando por uma boa foda.

- Ah meu amor deixe a gente chegar em casa e te mostro que ainda mando nessa relação.

- Você está sendo procurado pela polícia, vão te achar e te prender.

- Me prender? Por querer afastar você daquela gente podre? Meu amor nenhum homem tem o direito de invadir a vida íntima do outro. Não vou deixar ninguém me levar pra longe de você outra vez, tá bom? Eu te prometo! Não precisa fica preocupado - Falou Inácio em tom sério.

Artur viu o maníaco do Inácio entrar com o carro em um bairro super escuro da cidade, viu o carro perambular pelas ruas sombrias e que não tinha quase ninguém por ali.

Seu corpo estremeceu imaginando para onde esse psicopata iria levá-lo, um porão? uma casa abandonada? um cativeiro para ele fazer o que bem entendesse com Artur?

O carro foi parando em frente à uma casa, o portão foi aberto por um controle que Inácio tinha em mãos, dentro do carro Artur podia muito bem ouvir os latidos de três cachorros amarrados em coleiras no quintal que rodeava a casa. Bem no centro se encontra a casa, apenas de um andar: jarros com plantas e flores na entrada, janelas fechadas e a porta de entrada aberta. Não era um cativeiro, era uma casa como qualquer outra.

Inácio saiu do carro e fechou o portão no controle, deu a volta no automóvel e abriu a porta de Artur.

- Saia, venha conhecer suas família! - Inácio disse.

- O que está acontecendo Inácio? Que loucura é essa agora? - Artur não podia deixar de desconfiar, tinha alguma coisa errada acontecendo ali e ele iria descobrir.

- Eu não vou dizer duas vezes, quer que eu mesmo tire você daí? - Inácio já foi se abaixando para tirar o cinto de Artur mas o loiro foi mais rápido e saiu do carro.

Os cachorros latiram mais ferozes agora. "será que vou virar comida de cachorro?" pensou Artur.

- Fiquem quietos! - Inácio brandiu para os cães raivozos - Esse é o pai de vocês também porra! - Os cachorros pararam de latir na mesma hora ao ouvirem a voz do dono.

Duas crianças sairam pela porta de entrada e correram para o colo de Inácio gritando "papai, papai, você voltou". Uma era um pouco mais alta que a outra, eram duas meninas lindas. Artur olhou assustado para Inácio. Ele mantinha essas duas crianças lindas como reféns também?

- Ah minhas lindas, eu disse que voltava, só estava procurando o pai de vocês - Inácio disse beijando a bochecha de cada uma delas.

- Ele é bonito papai - a menor disse no ouvido de Inácio.

Até agora Artur estava entendendo tudo. Inácio era tão louco ao ponto de adotar duas meninas para ele e dizer para elas que ele ia procurar o loiro para os dois cuidarem da suposta "família". Inácio só queira isso o tempo todo? Não! Pois Artur direcionou seu rosto para a porta de entrada da casa, lá tinha uma mulher com uma expressão assustada: ela é loira e muito linda, com um corpo de dar inveja mas ela está tão amedrontada quanto Artur.

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