Capítulo 16

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- Fábio Narrando -

No início da tarde eu liguei para a Juliana e pedi pra ela vir até aqui em casa, precisava conversar com ela sobre a Isabella, acho que ela se assustou quando eu liguei e em menos de 10 minutos ela apareceu aqui.

- O que aconteceu? - Juliana perguntou desesperada

- Calma! Tá tudo bem - falei e percebi que ela estava tremendo

- Como calma? Você disse que era sobre a Isabella e estava todo sério - falou rápido - Aconteceu algo com a minha filha?

- Não, relaxa - falei e ela me olhou duvidosa

- Me chamou porquê? - perguntou confusa

- A Isabella ontem me disse que iria dormir na Gabi - falei e ela assentiu - No meio da noite ela me ligou desesperada e disse que estava em uma festa

- Deixa eu adivinhar - me interrompeu - Uma festa repleta de drogas e orgia?

- Nesse pique ai - confirmei e ela riu sem humor - O que foi?

- A Isabella é boba, Fábio - se sentou - Ela vai muito pela cabeça dos outros e já tinha pedido uma vez pra ir nessas festas mas eu não deixei, ouvi uma mãe na escola falando sobre os amigos da Gabi e não deixei

- Como pode ser tão cabeça fraca? - falei incrédulo e me sentei no braço do sofá - Tão inteligente mas ao mesmo tempo tão burra

- É um tal de "fulana pode e eu nunca posso" - falou e eu assenti - Mas eu sou a errada de não querer a minha filha nessas festas?

- Tá errada não - falei sério - Isabella é muito boba, a coisa mais fácil pra qualquer verme seria tirar proveito dela

- Não pensa essas coisas - bateu na mesinha - Mas não aconteceu nada mesmo?

- Só o susto mesmo - falei e ela assentiu - Caralho, a minha vontade era arrebentar ela na porrada

- Não fala besteira - falou séria - Na hora da raiva e difícil mas o primeiro passo é o diálogo

- Conversei com ela já - falei e passei a mão no rosto - Ela quebrou a minha confiança e ela pode até me achar o maior chato, mas vai pegar um castigo fudido

- Eu sou a chata por não deixar - riu fraco - E eu não me importo de levar esse título, sabe? Eu sei que tô protegendo a minha filha

- Se fosse outra coisa dava pra deixar quebrar a cara - opinei - Mas como deixa nessas situações?

- Não dá, perigo acontecer algo sério - falou simples

- Verdade - concordei - Isabella - gritei e em poucos minutos ela desceu, arregalou os olhos quando viu a mãe

- Oi, mãe - falou baixo

- Oi - balançou a cabeça - Você está bem?

- Estou sim - se sentou e desviou o olhar

- Olha pra mim - mandou e ela olhou na hora - Não vou brigar com você não, só quero que você entenda uma coisa

- O que? - perguntou baixo

- Quem é seu amigo de verdade não vai te zoar por você ser "certinha", não vai te incentivar a mentir ou a fazer coisa errada - falou séria - Amigo de verdade quer o nosso bem e aceita quem nós somos, fica indo em ideia de amiguinha que uma hora uma merda bem grande vai acontecer - enquanto ela falava as lágrimas escorriam sem parar pelo rosto da Isabella

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