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- Laís Narrando -
Ele chorou tanto que acabou dormindo e eu fiquei com ele ali por um tempo mas tive que ir ver as crianças. Depois que eles almoçaram eu dei um banho e fiquei assistindo desenho com eles.
- Oi, Laís - Isabella entrou na sala e eu vi que o rosto dela estava bem vermelho, quando o Jonathan entrou eu percebi que os olhos dele estavam vermelhos também
- Já sabem, né? - falei me levantando e abracei eles
- Meu pai foi lá em casa quando saiu do hospital - Jonathan falou - Cadê ele?
- Tá no quarto - falei e ele pegou a Mirella colocando a mesma sentada nos ombros - Vou lá, tá?
- Ta bom - falei e ele subiu - Como você tá?
- Tentando enfiar na cabeça que agora ela descansou, a saúde dela estava bem debilitada - falou se sentando no sofá e pegou o Guto que sorriu pra ela - Acho que assim fica mais fácil
- Eu também acho - concordei
- Não sei se vou conseguir dar esse tipo de notícia - falou fazendo careta, ela estava no terceiro período de Medicina e o Jonathan no último de Direito
- Vai ser uma ótima médica - garanti
- Tomara - sorriu fraco - Ah, eu e o Alan nos resolvemos - falou se referindo ao namorado, ela estava até hoje com o primeiro namorado
- Finalmente, né? Não aguentava mais você com músicas tristes - falei e ela fez careta - Como foi?
- Nós conversamos e percebemos que a falta de tempo só vai aumentar por causa da correria - falou e eu assenti - Mas também percebemos que nos amamos muito e que queremos continuar juntos
- Certíssimos, vocês são lindos juntos - falei sorrindo
- Eu sei - sorriu - Vou lá em cima
- Ta bom - falei e ela subiu com o Guto
Os meninos dormiram aqui com ele e isso fez muito bem pro Fábio, sem falar nas crianças que distraíram eles e isso foi ótimo. O enterro foi no dia seguinte na parte da manhã, o Fábio e o irmão mesmo estando com o sofrimento estampado no rosto ficaram firmes por causa da minha cunhada que estava em um estado terrível. Nós chegamos agora do cemitério e a minha cabeça estava explodindo.
- Tira o sapato - falei antes de entramos em casa
- Aqui? - perguntou me olhando
- Sim - falei óbvia - Não vai entrar em casa com sapato de cemitério
- Cada coisa - reclamou mas tirou
- Vai jogar uma água no corpo e coloca essa roupa pra lavar - falei quando ele entrou
- Ta bom - falou e eu tirei o tênis, como as crianças estavam com o meu pai eu estava tranquila
Peguei os sapatos e levei pra lavanderia, subi e o Fábio tinha acabado de sair do banheiro, tomei o meu banho e desci pra fazer algo pra comer já que eu tinha dado folga pra dona Lígia.
- Ótimo - falei pegando uma vasilha no congelador com fricassê e coloquei no microondas pra descongelar, estava de costas no balcão quando senti o cheiro do perfume do Fábio e ele me abraçando por trás em seguida
- Obrigado - falou baixo e beijou a minha bochecha
- Obrigado? - perguntei confusa e me virei pra olhar pra ele
- Sim, por ficar ao meu lado, me acolher na hora do meu choro e por não me deixar desabar lá no cemitério - falou e eu fiquei na ponta dos pés dando um beijo no queixo dele
- De nada - sorri de lado e deixei um beijo na bochecha dele - Eu sempre vou estar aqui com você
- E pra você - completou o que ele falou quando eu contei da gravidez da Mirella e acabou que ficamos com isso pra gente
- Te amo pra caralho, neguinho - falei sorrindo
- Te amo pra caralho, filha da puta - me deu um selinho demorado e o microondas apitou
Fim.
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Piranha
FanfictionPiranha: Segundo o dicionário informal é aquela mulher fácil, biscate ou até mesmo prostituta.