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Nem demorei, né?
Desculpem qualquer erro
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A jornada de volta para Konoha fora surpreendentemente calma.

Tanto Tobirama quanto Izuna sabiam que, inconscientemente, estavam andando um pouco devagar, e consequentemente, atrasando a chegada à Konoha. O problema em questão não era chegar em casa, mas sim, o que fariam quando finalmente chegassem.

Sim, eles queriam destrocar os corpos e voltar a suas antigas vidas e rotinas. Mas ao mesmo tempo, uma grande parte deles não queria que as coisas mudassem, pois de certa foram, haviam se acostumado à nova realidade que viveram por tanto tempo. Aprenderam a gostar dela.

Tobirama aprendeu com o tempo que os Uchihas eram uma família como qualquer outra; cuidadosos, acolhedores. E com o passar das semanas, o Senju se acostumou à calmaria daquela casa - com exceção de suas ocasionais e inofensivas discussões com Kagami -. Por mais que fosse difícil admitir, se pegou gostando de passar um tempo com Madara, era... divertido, jogar com ele ou apenas passar o tempo em sua presença. Kagami também se tornou alguém bastante importante em sua vida, ele estava sempre lá para tentar lhe acolher quando estava mal.

Izuna se apegou bastante aos irmãos Senju, de uma forma em que até mesmo ele ficou surpreso. Apesar do inicial constrangimento, o Uchiha gostava bastante do jeito carinhoso e acolhedor de Hashirama; de certa forma, ele o fazia se sentir seguro. Itama e Kawarama eram extremamente divertidos, e com o tempo, Izuna passou a vê-los como seus irmãos mais novos; gostava de ajudá-los com seus problemas, os aconselhar, e principalmente, de quando cozinhavam juntos.

Tanto o Uchiha como o Senju sabiam que estavam sendo um pouquinho dramáticos. Afinal, eles podiam visitar um ao outro, certo? Mas de certa forma, eles sabiam que não seria a mesma coisa.

– Chegamos... – Tobirama falou em um tom baixo assim que chegaram na pequena área que separava os distritos dos clãs.

– Sim... – Izuna acrescentou.

– É...

– É.

Após alguns segundos, ambos se entreolharam e começaram a rir.

– Não há motivos para nos preocuparmos... – Tobirama falou calmamente, tentando tranquilizar tanto Izuna quanto a si mesmo. – Vai ficar tudo bem.

Izuna assentiu. Sabia que tudo funcionaria de acordo, mas ainda assim, estava um pouco apreensivo.

– Por que não passamos em casa antes? Digo, você vai para a minha casa e eu vou para a sua? – O Uchiha sugeriu. – Desse modo, a gente meio que se despede.

– Certo... – o Senju concordou. – Eu estou mesmo precisando buscar algumas coisas minhas lá. Então mais tarde, eu te encontro...

Na tentativa de acalmar o outro, Izuna segurou os ombros dele e o puxou para mais perto, lhe beijando em seguida. Tobirama retribuiu o carinho aos poucos, apoiando as mãos em seu peito.

Se sentindo mais tranquilos, os dois se despediram.

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Tobirama tomava o tão conhecido e familiar caminho até a casa de Izuna. Passando pelo distrito Uchiha, ele olhava tudo em volta com um estranho e unusual sentimento de melancolia. Cumprimentou os amigos de Izuna e abraçou as pequenas crianças que vieram lhe ver.

Apesar de ter se incomodado com toda aquela atenção no começo, o Senju teve que admitir para si mesmo de que sentiria falta.

Chegando em casa, ele destrancou a porta com calma e adentrou a residência sem muita pressa. Subiu rapidamente para o quarto de Izuna para guardar as poucas coisas que levou para a missão; trocou de roupa e voltou para a sala em seguida.

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