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Não revisei ainda, perdoem os erros
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Tobirama segurou as folhas em seus braços com força, temendo que estas saíssem voando por conta da forte corrente de vento que assoprava àquela gélida madrugada.

Decidiu levar sua pesquisa consigo para a casa do Uchiha, pois assim, poderia trabalhar nela pelo resto da noite até que achasse um meio de reverter a confusão que arrumou.

Ou melhor, a confusão que Izuna arrumou.

Mas por mais que aquela fosse sua inicial vontade, não podia depositar toda a culpa nos ombros do Uchiha. Tobirama também era um pouco culpado, por trabalhar em algo tão perigoso e nunca testado antes; negligenciando seu sono mais uma vez em troca de suas ambições.

Talvez, tudo aquilo fosse uma cruel obra do destino - por mais que não acreditasse em tal coisa -, o dizendo indiretamente que estava fazendo as coisas do jeito errado. Mas Tobirama tinha suas razões para querer modificar seu jutsu, não era apenas por ambição.

E agora, todo seu trabalho estava momentaneamente destruído, até que conseguisse reverter tudo.

Um breve e quase imperceptível arrepio correu seu corpo quando finalmente chegou nos portões do distrito Uchiha. Resignado, adentrou as portas com cautela, olhando em volta à procura de qualquer movimentação suspeita.

Sabia que estava sendo um pouco paranóico; afinal, estava no corpo de Izuna, e ninguém teria coragem de atacar o segundo em comando dos Uchihas em seu próprio distrito.

Ainda assim, Tobirama seguiu em frente com cautela. O que mais lhe fazia falta em seu corpo era sua habilidade de sentir o chakra de tudo e todos à sua volta; tal dom sempre lhe trouxe uma secreta sensação de segurança e calmaria.

Agora, no entanto, sentia-se exposto e vulnerável ao mínimo ataque. Uma sensação que não lhe agradava nem um pouco.

- É agora ou nunca... - disse ao colocar a chave na fechadura da principal casa do composto Uchiha. Ainda estava estranhando um pouco o suave timbre de sua nova voz.

Destrancou a porta com calma e respirou fundo antes de adentrar a residência. Por conta das diversas missões em que saíram juntos, já esteve na casa de Izuna uma vez ou outra, então o lugar ao menos não lhe era estranho.

- Onde você estava?

A súbita voz quase lhe causou um indigno sobressalto; felizmente, conseguiu manter sua compostura e se virar lentamente, encontrando os braços cruzados e as feições sérias de Uchiha Madara em seguida.

Tobirama engoliu seco e reprimiu sua primal vontade de dar meia volta e ir embora. Tentou disfarçar seu desconforto e aproximou-se do mais velho, pensando no que responderia.

O problema em questão era que Izuna não lhe informou o que estava fazendo acordado àquela hora.

- Mada-Nii... - uma ânsia lhe subiu a garganta ao chamar aquele maldito Uchiha por tal apelido. Sua garganta queimou tanto que acabou por emitir algumas tosses. - Eu... Estava por aí...

Uma resposta um tanto vaga e ridícula? Sim. Mas combinava perfeitamente com Izuna.

Tentou passar direto pelo Uchiha, mas este, segurou seu pulso antes que pudesse cruzar o corredor.

Quis lhe socar a cara com força, mas se conteve mais uma vez.

- Você só me chama assim quando está escondendo algo ou quando quer alguma coisa... - o mais velho falou desconfiado.

Tobirama queria mais do que tudo poder usar seu Hiraishin novamente; pois assim, ele estaria nesse momento esfolando o rosto de Izuna na parede - bom, seria seu próprio rosto, no caso; mas valeria a pena.

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