"Uma história sobre Amor e Eternidade."
Primeiro livro da trilogia.
Depois que sua mãe morreu misteriosamente, Naomi viu sua vida se transformar rapidamente em algo mais estranho. Em um certo dia, ela acabou encontrando um colar capaz de levá-la pa...
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Diante da chacina da pequena vila de Heavenly, a pequena criança de olhos azuis chorava, gritava de pavor e medo.
Não é à toa, ver seus pais e todas aquelas pessoas que faziam parte de sua vida, brutalmente mortas no chão, sem dúvidas deixariam qualquer um naquele estado de choque.
À medida que ele gritava, uma mão tampou seus olhos e carregou-o para longe.
Não era ninguém querendo seu mal, pelo contrário, queria ajudá-lo.
Quando aquela mão saiu de seus olhos, ele virou para trás com medo. Acalmou-se quando viu que era o chefe de sua vila, que chegou de uma de suas jornadas.
— Você precisa ser forte! — Dizia ele para o menino.
Chegar em sua vila e ver tudo daquele jeito, também o deixou desesperado.
O menino em choque, nada disse.
— Você precisa ser forte, metade de nossa vila se foi, só sobrou você, eu e os que me acompanharam. Eu preciso de você, seja forte!
— Forte... — Sua voz soou como um sussurro abafado.
— Sim! Eu sei que você é capaz!
Na mente daquele menino, não valia a pena respirar, não depois do que acabará de ver e de sentir.
Ele viu que o chefe deixou sua adaga cair no chão.
E nada mais importava...
Pegou rapidamente a adaga do chão mirou no seu pescoço. Deixando o homem em sua frente apavorado.
Mas antes de conseguir fazer o que queria, pássaros azuis voaram das árvores, emitindo um som tão forte, que o assustou. Largou a adaga, olhou para o chefe da vila, que o olhava com os olhos assustados, e chorou, chorou por tudo que viu, pela perda de seus pais, de ter que viver sozinho, de perder pessoas especiais...
Sem saber como lidar com aquela situação, o menino foi abraçado pelo homem.
— Eu vi... — Disse o menino aos soluços. — Eu vi... penas negras, e um brilho escuro em suas mãos...
E lá de cima, o Anjo de asas negras via os corpos caídos no chão e sorria.
— Eu não vou desistir, prometo... — Disse o menino.
E mesmo sabendo que sua dor nunca iria acabar; o chefe, o levou até um lugar seguro, até sua casa ser reconstruída, e o entregou a espada branca de sua mãe.
— Tome conta dessa espada, ela será o seu tesourou. — Foram as últimas palavras que aquele menino ouviu naquele dia.
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