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   O dia de encontrar minha mãe chegou. Eu estava super nervoso, pois não sabia como seria o decorrer da conversa. Qual será a explicação que ela daria?

   Jimin achou melhor eu ir até à casa dela. Ele já havia ido lá algumas vezes, pois queria conhecê-la antes de falar comigo, apesar de ele só ter falado porque eu o pressionei.

   Ao chegar na casa dela, fiquei impressionado, pois, não era uma simples casa e sim uma mansão. Aparentemente a vida dela estava maravilhosa.

   – Nós estamos aqui no portão – disse Jimin, ao telefone.

   O portão se abriu e Shindong entrou com o carro. Demorou quase dois minutos para chegarmos em frente a casa. O jardim era tão grande que poderia ser construída duas casas ou mais.

   Quando saí do carro, vi uma mulher esperando na porta. Era a mesma mulher que estava me observando no arbusto. Por isso ela era tão familiar, era a minha mãe. E pensar que ela já esteve tão perto.

   Andamos até ela e percebi que a mesma já tinha lágrimas nos olhos. Assim que me aproximei, ela me abraçou forte. Eu não consegui retribuir. Me senti um monstro por isso? Com certeza.

   – É você mesmo! – disse ela, segurando as lágrimas, passando as mãos em minhas bochechas – Obrigada por trazê-lo – ela sorria para Jimin.

   Yoongi e Jisung também estavam lá. Eles vieram para me apoiar, mas não iriam ficar perto na hora da conversa.

   – Vamos entrar – disse ela, sorrindo – Tenho muito o que contar.

   Do lado de dentro, a casa parecia ainda maior. Eu me perderia facilmente ali dentro.

   Uma criança, por volta de seis anos, correu em minha direção. Ele tentou parar, mas acabou batendo em minhas pernas.

   – Opa – disse ele, se afastando – Desculpa – ele sorria como se não esperasse a hora para me conhecer – Esse é o irmão que você sempre fala, mamãe?

   – É ele sim, Woo – disse ela, sorrindo – diga oi.

   Ele me olhou como se tentasse lembrar de algo.

   – 你好,我叫徐宇鎮 (Olá, me chamo Seo Woojin) – disse ele, sorrindo.

   – Olá – disse eu, em coreano – Me chamo Chenle.

   – Ele fala coreano, mamãe – disse ele, confuso – A Sra. disse que ele era da China.

   – Ele é da China, igual à mamãe. Mas ele está aqui há muito tempo, então ele aprendeu coreano.

   – Legal – ele levantou o polegar para mim.

   – Amor, mostra seu brinquedo novo para o tio Jimin e o tio Yoongi – disse Lihua – Seu irmão e eu vamos conversar um pouco.

   – Tudo bem – disse Woojin, com animação.

   Ele pulou no colo de Jimin e os três sumiram pelo corredor. Jisung ficou ali comigo, mas pedi para ele ir junto dos outros.

   – Qualquer coisa pode chamar – disse ele, beijando minha testa.

   Nos sentamos em um dos sofás que tinha na sala e ficamos em silêncio. Aparentemente ninguém ali sabia como começar aquela conversa.

   – É o seu namorado? – perguntou ela, puxando assunto.

   – É sim – respondeu eu.

   – Bom... Eu queria começar dizendo que eu te amo.

Todas As Cores Do Amor (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora