“O amor é composto de uma única alma habitando dois corpos.” – Aristóteles.
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CAPÍTULO 2 — PARCELA 9.
ESTÁVAMOS no The Wreck, John havia acabado de receber alta do hospital, e estávamos eu, Kie e John b, conversando.
——Perai, onde você ta hospedado? —perguntou Kie para John b.
——Em Tannyhil. — Respondeu o cabeludo.
——Então ta morando com a Sarah cameron? — Perguntou Kie e eu revirei os olhos prevendo o que ia começar, então decidi ir pra praia caminhar.
Era tão incrível estar na praia novamente, era uma sensação única, os ventos batendo contra meus cabelos, o cheiro única de praia, tirei minhas sandálias para que pudesse sentir a água em meus pés, senti uma imensa vontade de mergulhar, mas infelizmente não estava com biquíni, então apenas me sentei na areia e fiquei olhando o mar. Estava tão distraída, olhando para os horizontes, que esqueci do mundo a minha volta.
——Sabia que te encontraria por aqui — Rafe sentou ao meu lado me assustando. — Você sempe gostou de observar o mar, nunca entendi sua obsessão por ele. — continuou e eu apenas ignorei — Não me ignora por favor, sinto muito por ontem.
——É verdade que você ta usando drogas? — quebrei o meu silêncio, ele apenas olhou para o chão e eu entendi a resposta. — Essa merda faz muito mal, Rafe
——Desde quando você se importa comigo? — Retrucou o Cameron.
——Nunca parei de me importar Rafe, você sabe disso. — Respondi, e era realmente verdade.
——Se você se importasse mesmo não teria me deixado, mas deixou assim mesmo, então não me culpe pelo jeito que eu escolhi para sobreviver.— Disse Rafe, e eu senti imensa culpa sobre meu peito.
——Não foi de minha vontade ir, sabe disso, não é culpa minha que tenho péssimos pais —Digo.
——Podia ter me ligado — falou
——Eu sei, mas eu achei que seria mais fácil se não tivessemos mais contato, Rafe — falei
——Tanto faz, tenho que ir — falou fingindo que não ligava, mas eu o conhecia bem
Quando ele se levantou pra sair, pude ver uma enorme queimadura em seu braço e me levantei também.
——O que houve? — apontei para o braço
——Eu me queimei quando estava passando roupa. — falou e eu o olhei incrédula
——Desde quando você passa roupa? — perguntei
——Desde hoje de manhã ué. — Deu de ombros.
——Você tá mentindo, mas se não quer me contar, não posso fazer nada — Digo. — Vem comigo — Segurei seu braço não machucado, e ele me olhou confuso. — precisamos cuidar disso antes de infeccionar ué.
