🦇 7- Yᴏᴜ ᴅɪᴅ ᴀ ɢᴏᴏᴅ ᴊᴏʙ ʜᴇʀᴇ

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"As coisas estão mudando. E nós estamos ajudando, né?"

Metade de sua cara era normal, um homem loiro e simpático que poderia facilmente ser um cidadão de bem de Gotham. Mas a outra metade, era como se fosse um monstro, toda arranhada e com o olho esbugalhado, poderia causar pesadelos em qualquer um que o visse.

Mas Batgirl não se sentia apavorada, e sim se certa forma confiante. "Duas-Caras, um dos homens mais cruéis de Gotha, na minha frente.", ela pensava. A vontade dela era de acabar com ele para trazer orgulho ao seu pai. Mas havia muitos obstáculos, como os outros quatro homens com ele, grandes como rinocerontes.

Esses carregavam armas, e um deles trazia uma grande mala marrom. Batgirl tinha certeza que dentro dela havia ou dinheiro, ou drogas. De qualquer maneira, ela deveria conseguir aquela maleta como prova.

- Está mais difícil de se confiar em pessoas hoje em dia. - Duas-Caras anda pela sala, gesticulando. - Ou são muito perigosas, ou não cumprem com a palavra. E quem são essas duas novas caras? - Ele sorri, parecendo feliz pelo trocadilho.

- Sua mãe e sua irmã. - Caçadora ergue a besta para o rosto do mesmo, e ao mesmo tempo seus homens miram nas duas.

- Larguem as armas, vocês duas. - O homem de rosto machucado diz, e elas não se mexem. Então ele saca uma pistola de seu terno e aponta para Cesario.

Automaticamente, elas abaixam a guarda, mas se olham, preocupadas. Caçadora admitiu para si mesma que estava morrendo de medo, mas que deveria crer no que ela prometeu. "As coisas podem estar difíceis, Bertinelli, mas já foram muito piores.", ela pensou enquanto colocava a besta no chão.

Duas-Caras vai até o balcão e pede a mala ao seu homem. Ao abri-la, Batgirl percebeu que ela estava certa: toda mala estava lotada das drogas traficadas pelos estudantes da faculdade. Havia muita coisa passando pela sua cabeça naquele momento, toda a história da morte de Vicki Vale fazia a garota perceber que nada em Gotham poderia ser considerado coincidência. Mas ela precisava focar, e buscava forças no sentimento de ser uma vigilante para se manter sã.

- O que está fazendo? - Cesario pergunta para Duas-Caras quando o vê pegando o seu notebook.

- Quero ver tudo que você planejou para as câmeras de segurança.

- Já disse! Elas são impossíveis de se acessar. E onde estão o meu dinheiro?

- Dinheiro, é? - Duas-Caras mexe no computador ali mesmo na sua mão. - Parece que você tem acesso as câmeras. Quando eu disse, ninguém, eu mandei você desativar tudo, Cesario. - Ele joga o computador no chão, que se espatifa. - Como eu disse... não da pra confiar em ninguém hoje em dia.

Ele vai até seus homens mas antes que pudesse passar pela porta, Cesario deu um passo à frente. Empoderado, e com ódio, ele falou que estava farto de trabalhar para alguém, e que à partir de agora apenas iria servir a si mesmo.

- Oh! - Duas-Caras riu. - Ele acha que vai sair vivo dessa...

As garotas se olharam assustadas, ele mataria o garoto realmente?

- Vamos ver. - Ele mexe no paletó e tira uma moeda. - Que a sorte esteja ao seu favor garoto...

A moeda partiu da mão dele para o ar, lentamente girando à alguns centímetros da cabeça de dois rostos, e então, quando ela atingiu o chão, "cara" estava para cima. Má sorte, Cesario sempre teve, mas dessa vez, teria sido a última vez que ele teve uma chance de virar a vida?

Batgirl se movimentou rapidamente e chutou a arma que estava quase disparando contra o garoto moreno. Ela automaticamente se virou e socou a parte humana do rosto do vilão, que grunhiu, caindo no chão.

DARKNESS // D. GraysonOnde histórias criam vida. Descubra agora