GUY.APK | Chris Evans |

Finally

- pai... Você... Você tem noção do que você falou?

Ele suspirou e virou o carro no estacionamento.

- se você queria me magoar, conseguiu - respondi e voltei a olhar para a janela.

Ele estacionou e deixou o carro no ponto morto.

- filha... Me desculpe... Eu não queria... Eu não queria te magoar... Você sabe que... Seu pai não tem muita noção do que fala

Voltei a olhar pra ele, deixando escapar uma lágrima. Não era a primeira vez que meu pai utilizava algo da minha vida contra mim mesma.

Foi a mesma coisa quando não passei na primeira faculdade que me inscrevi. Ele dizia "pra que eu paguei seus cursinhos? Joguei dinheiro fora"

Mas a verdade, é que dei graças a Deus quando não passei nesses lugares, eu ficaria presa aqui para sempre. Logo surgiu a oportunidade de um curso + lugar para morar na minha cidade dos sonhos.

Era pegar ou largar e eu abracei.

- é só porque... Eu e sua mãe estamos envelhecendo Katherine e você não está perto de nós - revirei os olhos - você prefere desconhecidos e agora aquele garoto está lá em casa
- pai... Vocês sempre quiseram que eu encontrasse alguém... Agora que tenho alguém, você age desse jeito
- eu nunca quis isso pra você Katherine, acho que nossa família é suficiente... Quem queria isso era sua mãe

Eu ri e ele também.

- porque ela quer contar no curso de costura? - perguntei
- exatamente... Me desculpe Kat... Me desculpe... Só... Venha mais vezes para casa... Venha me ver

Eu sorri com o pedido de meu pai, ele parecia durão quando na verdade era uma manteiga derretida para qualquer coisa.

Eu me aproximei dele e o abracei. Ele retribuiu o abraço e disse eu te amo no meu ouvido.

Respondi com um "eu também".

Minha mãe havia enviado a lista de compras por mensagem no grupo da família. Eu e meu pai já estávamos no mercado e eu empurrava o carrinho.

- eu me lembro do tempo que eu cabia nesse carrinho - eu disse enquanto passávamos pelo corredor de cereais - sinto falta disso
- bom eu não... Perdi as contas de quantas vezes eu perdi você aqui dentro
- porque é desatento
- ou você eu sapeca - ele respondeu apertando meu nariz

Continuei empurrando o carrinho na sessão da feira.

- ei pai, aquele não é o seu amigo? O Sr Falcon? - cutuquei meu pai
- ele não é meu amigo
- como não? Era até esses dias
- nos brigamos no jogo mês passado
- e o que tem?
- não estamos nos falando
- você por acaso tem cinco anos? - revirei os olhos - vá cumprimenta-lo
- não Katherine, esquece isso

Meu pai pegou o carrinho de minha mão e o levou para o caixa. Eu, por outro lado tinha outros planos.

Falcon era o melhor amigo de anos de meu pai. Com certeza essa briga era só ranhetisse de gente velha.

Colocamos todas as compras no porta-malas e entramos no carro. Obviamente que ele passou na lotérica para fazer algum jogo e somente depois fomos para casa.

Assim que chegamos, eu e meu pai carregamos as sacolas até a cozinha. Eu e papai finalmente estávamos bem