Ainda é possível

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- gosta? - disse ele
- não era pra você ter ouvido isso... Meus pensamentos falam muito alto - respondi, voltando a olha-lo
- você realmente estava indo para a lavanderia? - perguntou arqueando a sobrancelha

Suspirei, ele sabia que não.

- não... Você sabe que não - riu
- pra onde estava indo?

Me soltei dele, pegando na alça da mala

- eu estava... Bom eu queria... - ele me olhava, esperando que eu terminasse de falar - bom, você sabe - respondi
- não, eu não sei...
- sabe sim
- não, estou sendo sincero, eu não sei

Suspirei. Oh merda, ele vai me fazer falar.

- euestavaindoparaoseuapartamento - disse rapidamente, entre dentes. Era o suficiente
- que? Não entendi nada, repete - respondeu

Eu coloquei as mãos na cintura indignada

- o que foi? Eu não entendi...
- porque você quer me fazer falar, se já sabe?
- porque eu quero que você se ouça falando em voz alta - respondeu e riu

Bufei

- isso é infantil
- se é infantil ou não, eu não ligo .... Vai fala

Bufei mais uma vez

- eu estava indo para o seu apartamento ... Satisfeito?
- e porque ainda estava aqui no hall do prédio? Nem tinha táxi ou Uber ali fora Kat...

Respirei fundo, antes que eu cometesse uma atrocidade.

- olha - fechei os olhos - eu sou insegura tá! Sou muito insegura! Eu não sei se isso - indiquei nos dois - nós dois, se isso vai pra frente ou se você vai me deixar por uma loira peituda quando estiver apaixonada - abri os olhos - é isso, é isso, pronto falei

Respirei fundo e olhei para o lado, sem a mínima coragem de encara-lo.

Senti que ele deu um passo na minha direção, tocando meus antebraços. Eu voltei a olha-lo e ele me puxou para um abraço.

- é por isso que eu preciso que você me deixe te mostrar um relacionamento de verdade Kat... Eu sei que você já foi magoada e muito, e eu não vou fazer isso com você... Eu te prometo.

Disse ele já abraçado a mim, pousando um beijo no topo da minha cabeça. Eu podia ouvir o coração dele batendo a galope, como se estivesse a sair pela boca. Eu tinha que ser honesta, não estava sendo fácil pra ele também.

E imagino que assustador na mesma proporção.

- obrigada... E me desculpe - respondi, pousando um beijo em seu peito
- não tem do que se desculpar, está bem? - nos afastamos e ele pegou a alça da minha mala - vamos, meu carro está lá fora.

O conversível azul estava estacionado na frente do meu prédio. Ainda estava claro, e algumas vizinhas passavam por nós boquiabertas. O motivo? O motorista desse conversível.

Evans dirigiu até seu prédio, que ficava próximo da galeria, em meio a selva de pedra. Pude notar que ele tinha alguma tara por espelhos, pois o prédio era todo espelhado.

Ele estacionou no subsolo e carregou minha mala até o apartamento.

Eu fiquei um pouco chocada com o quão bonito era aquele lugar.

- passo a semana aqui e os finais de semana na casa de meus pais

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- passo a semana aqui e os finais de semana na casa de meus pais... - disse ele colocando a bolsa no chão
- é lindo aqui! - respondi caminhando pela sala
- o quarto fica lá em cima, aqui embaixo temos a cozinha, sala, banheiro social, área de serviço e a sacada
- não estamos na cobertura... Estamos?
- não, não... Os apartamentos desse prédio são duplos.. tem um conforto maior

Não quero nem pensar no quanto deve custar esse aluguel.
E a trabalheira que deve dar limpar isso aqui... Só rico mesmo pra pagar alguém pra limpar.

- você pode tomar um banho se quiser - disse ele se aproximando - a banheira é ótima
- isso é convite ou uma dica?
- depende do que você entendeu primeiro - gargalhei e ele me acompanhou
- gostei do convite - disse a ele, envolvendo meus braços em seu pescoço - obrigada de novo Chris
- pelo que?
- por mostrar pra mim que ainda é possível acreditar

GUY.APK | Chris Evans |Onde histórias criam vida. Descubra agora