O sol da manhã

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Mais uma noite em claro.
Com esses sentimentos ralos.
Tão claros, definidos como rasos.
Na minha cabeça separada em partes, todas tomadas por insônia.

É simples, só não consigo ter sono.
Não consigo me permitir ter pena.
Não consigo me permitir ser plena, igual a luz do raiar.
Doutor, o que tem de errado comigo?
Esse diagnóstico é mesmo fixo?
Fui eu que trouxe isso para mim?
Por que meus pais estão me olhando assim?

A luz deste sol é o raiar de um dia.
É a parte mais bonita dessa vida fria.
Ela esquenta a frieza em mim, podendo ver algo que eu nunca vi.
Mas sei que está ali.
E eu estou aqui.

Mamãe, você ainda me ama? Pelo menos olhe para mim.
Papai, por que me abandona? Não sente mais aquele afeto por mim?

Me digam o que vocês veem em mim?
Não sou um monstro, quero estar aqui para ver novamente este sol.

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