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(Preparem os lencinhos)

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(Preparem os lencinhos)

— Volte pra mim, meu amor...— peço com a voz suave, abraçando seu corpo gelado e imóvel
— Eu vou consertar tudo, eu prometo! — beijo sua testa, esperando que ela abrisse seus belos olhos verdes, mas nada acontece — Por favor, não me deixe! Eu não consigo imaginar um mundo sem você, eu não poderia suportar essa dor, eu não sou tão forte assim...— paro de falar ao ouvir as sirenes da ambulância, e, logo em seguida vários paramédicos adentram a casa

[...]

Assim que chegamos no hospital, vários médicos se aproximaram da ambulância e a tiraram de dentro do veículo, colocando-à então em uma maca, e mais uma vez, chegando seus batimentos.

— Senhor, precisamos que espere aqui, logo traremos notícias dela.
— um homem de jaleco fala se aproximando de mim — Enquanto cuidamos dela, preencha essa ficha. — me entrega uma prancheta e se afasta, adentrando a sala de emergência juntos com os demais

Depois de preencher a ficha com os dados da Sina e com os meus, me sento em uma das cadeiras espalhadas por ali e me entrego as lágrimas.

Eu preciso dela assim como preciso dos meus pulmões para respirar. Eu a amo, e não vou conseguir suportar a dor de não tê-la comigo.

Tudo o que eu quero é vê-la saindo daquela sala e me dizendo que já podemos ir para casa. Sim eu quero levá-la para casa. Esse é um pesadelo do qual eu não posso escapar.

Dois dias atrás...

— Ele é só um colega com quem eu estou fazendo um trabalho Noah!
— Sina exclama pela décima vez na noite

— Eu duvido que ele te veja apenas como uma colega. — reviro os olhos

— Isso não importa.
— ela se aproxima vagarosamente — O que importa é que eu o vejo como um colega, e nada mais! Eu amo você Noah! — tenta segurar minhas mãos porém eu me afasto bruscamente

— Eu preciso de um tempo. — digo por fim pegando minha jaqueta que estava em cima do sofá — Eu estou confuso...

— Está confuso sobre me amar também? — Sina pergunta tentando parecer firme, mas pelo que conheço dela, as possibilidades de resposta a sua pergunta a assustavam muito

— Sim...— respondo depois de um longo suspiro, e logo vejo seus olhos se encherem de lágrimas — Eu estou muito confuso sobre isso. — digo enquanto ando em direção a porta — Apenas me dê um tempo Si. — e assim, sem olhar nos seus olhos saí de sua casa, sem lhe dar a chance de falar

Atualmente...

— Noah! — ouço a voz de Sofya, minha irmã, e me viro em sua direção, vendo a mesma adentrar o local junto dos pais de Sina

— O que aconteceu? Onde ela está? — Sebastian pergunta parecendo tão desesperado quanto eu

— Os médicos estão cuidando dela. — é tudo que consigo dizer

— O que aconteceu querido? — Alex pergunta se sentando ao meu lado

— Eu não sei ao certo, mas quando cheguei em sua casa, eu a encontrei caída no banheiro.
— explico sendo tomado pela dor — Ela deve ter tido uma recaída...
— comento me lembrando de seu diagnóstico médico de depressão profunda à dois anos atrás

— Vai ficar tudo bem, eu sei que vai. — Sofya diz me abraçando, e, embora eu não tenha muita certeza, assinto em concordância

— Quando eu a vi daquele jeito, foi como se eu tivesse morrido um pouco por dentro... — falo em um fio de voz, sentindo meu coração apertar com a lembrança — Ainda mais sabendo que a culpa é minha.

— Não fale isso.
— Sebastian me repreende — A culpa não é sua, não importa o que tenha acontecido antes, a culpa não é sua!

[...]

Algumas horas se passaram, e ainda não havíamos tido notícias dela.

Eu estava quebrado, vazio. A cada segundo que se passava, uma nova lembrança invadia minha mente.

O dia em que a pedi em namoro passava com O um filme em minha cabeça, e o enorme sorriso em seu rosto em conjunto com seus belos e brilhantes olhos verdes apenas contribuíram para que meu coração ficasse ainda mais acelerado.

Lembro também do dia em que perdi meus pais em um acidente de carro. Era ela que estava do meu lado para me fazer sentir melhor.

Sempre foi ela.
Sempre será ela.

— Parentes de Sina Deinert? — um homem alto fala surgindo em nossa frente, e nos levantamos imediatamente

— Somos nós.
— Sebastian fala se aproximando do homem — Me diga que minha filha está bem, é tudo o que eu te peço...

— Bem, nunca é fácil dizer isso, mas Sina já chegou aqui morta...
— sinto como se o chão fosse tirado de mim, mesmo que eu já tivesse constatado que seu coração não batia, ali, naquele momento, senti toda e qualquer esperança que ainda existia em mim, morrer — Tentamos reanimá-lá, fizemos de tudo, mas os cortes foram muito profundos e atingiram a artéria radial, e Sina acabou por não resistir, eu sinto muito...— diz se afastando a fim de nós dar espaço

As lágrimas pareciam não ter fim, e meu coração parecia mais fraco a cada instante.

Mesmo sabendo que a vida um dia acaba, nós nunca estamos preparados para perder alguém.

Como vou viver sem o sorriso que eu tanto amo?

Como vou viver sem ouvir a voz que me acalma na tempestade?

Como vou viver sem o perfume que me trás paz?

É isso, eu a perdi.

E nem tive a chance de dizer adeus. Não tive a chance de falar que a amo uma última vez, e de me desculpar por todas as besteiras que disse.

Ela morreu achando que eu não me importava.

Ela morreu sem se sentir importante para mim, e eu jamais vou me perdoar por isso.

Eu jamais vou me perdoar por deixá-la ir.
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Hey guys!! Espero que estejam gostando, mesmo eles não tendo um felizes para sempre como o esperado. Tenho que admitir que escrevi esse capítulo com o coração apertado, e imagino que vocês leram da mesma forma, mas bom, até o próximo e não esqueçam de votar e comentar<3

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