Capítulo 6 - Nova versão do Tsukki

10 1 1
                                    

  (POV Ino)

Era preciso admitir que estava quase pulando, tamanha a felicidade e isso de certa forma estava me assustando. Passar de uma amizade de infância para algo mais colorido era arriscado e sem dúvidas tinha muito a perder se isso tudo desse errado. Ainda assim eu não conseguia me concentrar nesse ponto enquanto tinha as mãos grandes de Tsukki apertando minha cintura ao mesmo tempo que sua língua se movimentava com a minha em um beijo urgente.

Não sei qual foi o momento em que vim parar em cima do balcão, mas o café que antes era prioridade agora se encontrava frio e esquecido.

— Podemos ir pra sala se estiver desconfortável por aqui. — Ele sussurrou contra o meu pescoço, e antes que eu pudesse responder já tinha me levantado em seu colo, segurando em minhas coxas.

— Parece uma ótima ideia. — Consegui falar ofegante.

Ele se sentou no sofá comigo ainda em seu colo e só então reparei na posição constrangedora. Desde quando Tsukki era assim?

— E eu que pensava que você era um santo. — Me ajeitei sobre seu colo e me inclinei para beijar seu pescoço.

— Parece que você faz aflorar meu pior lado.

— Engraçado, com isso eu preciso discordar. Conheço praticamente todas as suas versões, e essa se tornou a minha preferida. — Ele se afastou apenas para olhar em meus olhos e sorriu malicioso.

— Então você gosta dessa versão? — Sua mão juntou meu cabelo em um rabo de cavalo improvisado e o puxou para trás com firmeza, deixando meu pescoço vulnerável. Meu corpo inteiro reagiu ao movimento, como se uma onda de choque percorresse cada terminação nervosa que existe em mim.

— Uhum. — Foi praticamente um gemido, mas sequer tive tempo de ficar envergonhada já que senti seu nariz descer meu pescoço até a gola da camiseta, e por um segundo me amaldiçoei por não estar com algo mais decotado. Poxa Ino, facilita.

— E o que mais você gosta? — Sua voz rouca era covardia, eu precisava tomar o controle da situação ou quando menos esperasse estaria pelada sobre ele. Se bem que a ideia com certeza não parecia tão ruim.

— Eu gosto... Bom, eu gosto de... — Fiz menção de me levantar com a minha melhor expressão inocente, mas é claro que em questão de força eu não era páreo para ele que apenas me segurou pela cintura me pressionando contra seu corpo.

— Você não vai a lugar algum, pequena. — É isso. Apenas isso foi o suficiente para me fazer baixar toda a guarda e ligar o foda-se. Me chamar de pequena sempre soou como provocação, mas a forma como ele disse agora era tão carinhosa que me pegou desprevenida.

Apoiei meus braços ao redor da sua nuca e o beijei com desejo. Sua mão que apenas estava me segurando no lugar começou a acariciar minha cintura, e por instinto rebolei em seu quadril.

— Eu não sou um robô, Yamanaka. Não provoque se não tiver a intenção de seguir adiante. — Ele mordeu meu lábio puxando para ele. Rebolei mais uma vez, agora olhando em seus olhos, Kei retribuiu o olhar da mesma forma, mas pude sentir um volume crescer abaixo de mim.

— Acho que acordei alguém por aqui. — Sorri satisfeita, mas a real era que ainda não tinha certeza se seguiria com aquilo.

— Você é cruel, deliciosamente cruel. — Ao mesmo tempo que falava suas mãos se infiltraram por dentro da minha camiseta, arranhando minhas costas suavemente.

— Vejo que não sou a única. — Rebolei mais uma vez, agora mordendo meu lábio o provocando. Sua mão fez menção de tirar minha camiseta, mas ele parou no caminho.

— Tem certeza que quer continuar? — Meu corpo implorava por mais e isso falou mais alto, mas eu precisava respeitar meus limites.

— Quando eu chegar no meu limite prometo que falo. Por enquanto podemos seguir, gigante. — Eu mesma tirei a camiseta, atenta em seus olhos que agora miravam com atenção meus seios cobertos pelo sutiã preto.

— Você realmente cresceu, Ino. — Ele sorriu malicioso.

— Jura? — Perguntei com ironia. — E agora, o que quer fazer? — Abaixei minhas mãos sobre minha coxa e esperei que ele tomasse a iniciativa, o que obviamente não demorou a a acontecer.

Kei começou beijando meu ombro, deslizando o nariz por minha pele quase sem encostar me fazendo arrepiar pelo caminho. Assim que seu rosto chegou ao vale dos meus seios ele beijou novamente, agora com mais urgência e os segurou com as mãos, acariciando ainda por cima do tecido.

Estava absorta demais nas sensações que levei um susto quando o barulho do interfone ressoou pela sala.

— Quem será uma hora dessas? — Perguntei irritada.

— Droga! — Olhei curiosa para o loiro que tinha uma expressão engraçada. — Vamos fingir que não estamos em casa. — Ele sugeriu esperançoso.

— Pode ser importante. — Me levantei muito a contra gosto e vesti novamente minha camiseta. — Atende lá, vou limpar a bagunça da cozinha.

Meu corpo inteiro queimava, implorando para voltar para o colo do loiro, mas a verdade era que quem quer que fosse no interfone tinha acabado com o clima. Agora que eu conseguia pensar sem qualquer distração, percebi o que quase tínhamos feito e isso era loucura.

— Tadashi tá subindo, tudo bem se ele almoçar por aqui né? — A voz de Kei não escondia sua frustração, e por algum motivo tive pena do Yamaguchi, estava quase nítido que o loiro queria matá-lo.

— Não tem problema. Tadashi, o empata foda, vai sobreviver a suas mãos? — Perguntei sem conter a risada.

— Ele vai sim, agora espero poder dizer o mesmo de você, Yamanaka. — Ele me puxou novamente para um beijo que fez minhas pernas amolecerem e só parou quando a campainha tocou. — Talvez devesse ir para o quarto arrumar esse cabelo. — Estreitei os olhos em sua direção e mostrei o dedo do meio antes de correr para o quarto.

Me joguei sobre a cama com o coração em um ritmo absurdo.

— O que diabos aconteceu essa manhã? — Eu sentia minha calcinha molhada e o desejo de me satisfazer era enorme, mas como poderia com os dois logo ali na sala? Fui até a janela e a abri sentindo o vento batendo contra o meu rosto e parece que ajudou um pouco. Respirei fundo e criei coragem para sair, afinal tinha um almoço para preparar.

— Oi Ino! — Como sempre Yamaguchi era bem animado, e parecia completamente alheio a tensão sexual que exalava naquele ambiente.

— E aí, veio cedo só para jogar vídeo game? — Ele coçou a nuca envergonhado.

— Tenho que aproveitar antes que as aulas comecem. Sem dizer que semana que vem vou começar a ir atrás de emprego, ou seja minha vida vai virar um grande caos. — Quase tive pena pela forma como ele falou. Quase.

— Não vou fazer nada muito elaborado pro almoço não, já vou logo avisando. — Dito isso saí rumo à cozinha.

Guerra de travesseiros - TsukkiInoOnde histórias criam vida. Descubra agora