003 ꞏ ELE FOI EMBORA

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Obs.: esse capítulo se passa antes do final do capítulo anterior no ponto de vista do Cedric com o Draco.

Boa leitura!

— X —

003. ELE FOI EMBORA.

Ao acordar, Draco Malfoy sorriu ao sentir os braços de Harry ao redor de sua cintura. O ômega estava grudado ao seu corpo como uma festa, fofo ao mesmo tempo que estranho. Ele estava acostumado a acordar ao lado de Cedric, mas nunca com o marido agarrado ao seu corpo. Em várias ocasiões se tornava difícil dividir a cama com o marido.

Ambos queriam o domínio de espaço e Cedric era a pessoa mais espaçosa que Draco conhecia, então havia momentos que era melhor dormir no quarto ao lado, mas na noite anterior, ele dormiu bem, sem se importar com um estranho entre ele e o alfa que ele amava. Harry entre eles pareceu certo, ele era o equilíbrio que o alfa estava ansiando e nem sabia até que o ômega tagarela entrou na vida do casal.

Ele saiu da cama com cuidado para não acordar o ômega e seguiu para o banheiro da suíte.

Seu banho demorou mais do que o normal. O desejo agoniante por sexo havia ido embora, mas tinha uma tensão alocada em seus músculos superiores.

A água morna ajudou um pouco, mas ele sabia que só se sentiria melhor depois de conversar com o marido e descobrir o que ele estava pensando. Foi a primeira vez que Draco transou com um ômega, acrescentando o fato de que ele fez isso na frente do marido, sob seu olhar. O alfa sabia que Cedric gostava de voyeurismo, mas nunca passou por sua cabeça o que aconteceu na noite anterior. Em algum momento, ele perdeu o controle e fodeu o ômega duramente, levando-o à exaustão.

Dentre tudo, o que mais estava perturbando sua mente foi o desejo de acasalar com Harry. Ele sentiu suas presas coçando para libertação e teve que se controlar para não sucumbir aos desejos de seu lobo.

Ele já ouviu falar sobre companheiros predestinados, mas o alfa nunca se importou, ele amava Cedric, um ômega não fazia nenhum sentido em sua vida porque um alfa havia monopolizado seu coração, entretanto, no momento que ele ficou perto pela primeira vez, o alfa sentiu que estava se perdendo em sua mente e tudo que ele conseguia pensar era que precisava reivindicar aquele ômega e isso foi assustador. Draco não queria correr o risco de perder a confiança de Cedric, apenas esse pensamento fez o alfa cair de joelhos na frente do vaso sanitário e ele vomitou o pouco que estava em seu estômago.

Se recuperando do choque de emoções conflitantes, o alfa se enrolou em um roupão e, ao voltar para o quarto, seu coração diminuiu ao ver Cedric sentado ao lado de Harry. Ele estava sorrindo, acariciando os cabelos do ômega com todo cuidado para não acordá-lo, mas bastou ver o marido e o alfa saiu da cama, caminhou em sua direção e o envolveu em um abraço confortável, enterrando o rosto em seu pescoço, salpicando beijos na pele fresca.

— Como se sente?

Draco sentiu o desejo de ser sincero com o marido.

— Sendo sincero, me sinto bem, mais relaxado. — Começou a falar, apertando os braços ao redor da cintura do mais novo. — Amor, eu preciso te contar algo. — Eles caminharam para a sacada do quarto. Draco sentou-se na cadeira e levou o marido para seu colo, ambos olhando para a proteção de vidro embaçada que dava uma visão panorâmica da cidade. — Você deve saber sobre "companheiros predestinados".

— Sim, eu sei. — Assentiu e esperou que Draco continuasse a falar.

— Eu acho que o ômega pode ser isso para mim. — Disse com cautela.

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