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11. FORTALECENDO A RELAÇÃO.

Nunca passou pela mente de Harry que um dia ele se casaria, tampouco com dois alfas maravilhosos.

Naquela tarde, completava quatro meses desde que o pai do ômega o atingiu com um tiro perto do coração que quase o matou, rompendo todas as suas expectativas de estabelecer uma relação saudável com seu progenitor. Era hora de seguir em frente e dedicar todos os sentimentos àqueles que o amavam verdadeiramente.

Imaginar uma vida onde não seria usado para fins ilícitos o deixava emocionado. Durante toda sua trajetória, Harry viveu em um mundo completamente hostil para ômegas e por mais que nunca tenha se submetido totalmente, ele tinha ciência agora que igualdade era uma expectativa tola.

O mundo considerava ômegas como a classificação mais baixa e por mais que algumas pessoas não pensassem igual, sempre teria alguém para desestabilizá-lo com comentários infames, a diferença era que agora, ele tinha onde se apoiar em momentos difíceis. Harry tinha muitos planos.

Estudar, trabalhar em algo que o agradasse, e filhos.

O ômega queria pelo menos um par de filhos e outro pet para tornar a família ainda maior.

Sorrindo em frente ao espelho, ele tocou o próprio rosto para ter certeza que era real e não mais uma fantasia, como tantas outras onde ele acordou para continuar vivendo em uma realidade insalubre. Draco comprou uma casa em um bairro tranquilo da cidade, com o dobro da segurança do condomínio onde morava anteriormente, uma área arborizada. Ele adorava ouvir Cedric falar que algum dia os filhos do casal teriam um grande jardim para brincar e se sujar. Ambos os alfas deixavam comentários sutis sobre filhos, e Harry os conhecia o suficiente para saber que era a forma deles de expressar o que desejavam sem pressioná-lo.

Descobrir que Serpens e seu pai estavam presos serviu para tranquilizar o ômega, mesmo que todo o horror que viveu com seu progenitor ainda reverberasse em sua mente.

Tirando-o do campo perigoso de suas divagações, ao ouvir um barulho vindo da porta do quarto, Harry se virou para trás e correu para abraçar seu amigo. Cepheus estava perfeito em um terno vermelho com uma calça social combinando e uma gravata borboleta preta e sapatos da mesma cor.

O padrinho de Harry não havia confirmado que conseguiria chegar ao país a tempo. Pensar que ele estaria ao lado de Xu Kai* no altar lhe fez sorrir. Desde a operação que Harry precisou ser submetido, onde Draco trabalhou ao lado do médico, Kai* se tornou muito próximo do trisal.

— Você é louco. — O ômega o advertiu.

— Oi? — Harry se afastou, lançando um olhar feroz para o amigo.

— Mas eu te amo. — Cepheus o puxou para um novo abraço, relutante em se afastar. — Se casar com Draco e Cedric? Meu bebê bateu essa cabecinha? — Zombou, batendo o indicador na testa do amigo.

— Idiota. — Socou seu ombro, sorrindo entre dentes. — Achei que não viesse. — Algo que não permitiu que ele tivesse uma noite tranquila. Harry não queria qualquer outro como padrinho de seu casamento senão seu melhor amigo.

— E perder você dando esse passo tão importante na sua vida? — Harry sorriu timidamente. — Nunquinha. — Esticou o braço para fazer um carinho no queixo do amigo. — Você não acha que é cedo pra se casar? — Questionou, analisando suas feições com cautela.

— Eu vi a morte de perto. — Uma das emoções mais intensas de sua vida. — Não quero mais perder tempo, Cepheus, não posso. — Harry queria viver intensamente cada minuto, se apegando à esperança de uma vida feliz e tranquila.

Dominantes | CedrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora