Capítulo 21 - Encontro esperado

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     O domingo chegou e Dulce Maria não parava de falar sobre conhecer a Liz. Depois de finalmente confirmar com Gustavo que ia, nós passamos a trocar mensagens vez ou outra nos dias que passaram. Descobri que ele tinha um senso de humor por baixo daquele rosto sério. Conversávamos amenidades e eu vez ou outra recebia um áudio da Liz dizendo que estava ansiosa pra nos encontrarmos.

- Mãezinha, será que a Liz é legal? - Dulce perguntou enquanto se arrumava.

- É sim, minha carinha de anjo. Ela vai adorar te conhecer. - Sorri pra ela.

- Ela ainda está doente?

- Acredito que não, minha filha. Mas lembre-se que precisa ter cuidado com ela, está bem?

- Sim, mamãe.

- E sabe o que mais? - Dulce olhou pra mim. - Ela também é amiga do Emílio.

- O Emílio? Da tia Rosana? - Dulce perguntou animada.

- Sim piririm!

- Será que podemos chamar ele também pra brincar?

- Não sei, filha. Vamos perguntar ao pai dela quando chegarmos, tá?

     Dulce assentiu e logo fomos pra casa dos Lários. Fran tinha ido visitar a família e não pode ir com a gente. Confesso que estava um pouco nervosa. Era novo pra mim tudo isso. Nas poucas vezes que me relacionei com alguém, eu não chegava nem a entrar na casa da pessoa, que dirá conhecer toda a família.
    
     Quando chegamos, fomos liberadas e passamos pelo andar da Rosana. Dulce permanecia em silêncio segurando a minha mão.

- Nervosa, minha carinha de anjo?

- Um pouco. E se eles não gostarem de mim?

     O som de elevador soou e chegamos na porta da cobertura. Aproveitei pra me abaixar e ficar na altura da minha filha.

- Se eles não gostarem de você, significa que não gostarão de mim. Mas isso não vai acontecer, minha carinha de anjo. Quem não iria gostar de você, meu amor? - Alisei seu rosto colocando uma mechinha do seu cabelo atrás da orelha. - Se, em algum momento, você não se sentir a vontade com qualquer coisa, você me avisa, tá? - Dulce balançou a cabeça concordando. - Pronta?

     Dulce segurou minha mão novamente enquanto eu tocava a campainha dos Lários. Um minuto depois, demos de cara com um senhor vestido formal, careca. Devia ser o mordomo.

- Boa tarde! A senhora deve ser a dona Teresa?

     Acenei com a cabeça e o homem olhou pra Dulce.

- E você, a pequena Dulce Maria!
Ele sorriu pra ela e Dulce se escondeu um pouco atrás de mim.

- Eu sou o Silvestre, entrem! Fiquem a vontade!

     O homem, Silvestre, deu espaço pra gente entrar e uau! O apartamento era enorme.

- Obrigada, Silvestre. Dá oi, filha.

- Oi! - Dulce respondeu tímida.

- O senhor Gustavo já vai descer. A senhora quer alguma coisa? Água? Suco? E você, pequena?

     Silvestre nos encaminhou para a sala.

- Obrigada, Silvestre. E pode me chamar só de Teresa. - Sorri pra ele que assentiu e saiu da sala.

     Ouvi um barulho na direção da escada e encontrei a imagem do Gustavo descendo com Liz no colo.

- TERESA! - Liz disse alto e bateu as pernas querendo sair do colo do pai. Gustavo a colocou no chão e ela desceu sozinha.

Amor para Recomeçar [PAUSADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora