Emma acordou bem depois das onze da manhã e tudo porque Merida a balançou, lhe chamando para que ela levantasse.
- Em, vamos, levante! - Chamou pela sétima vez seguida, balançando um pouco mais o corpo pequeno. Mais uma vez sem resposta. - Eu não queria usar esse meio, mas você não me deixa outra escolha. - Empurrou a garota no chão, que levantou num pulo.
- Mas o que... Merida! - Gritou brava, detestava quando Merida fazia isso, era bem mais fácil chamá-la de forma natural, ou seria, se a loira acordasse assim. - Qual a droga do seu problema? Eu estou com sono! - Ralhou. Merida não se ofendeu, sabia que quando Emma ainda estava com muito sono, ela ficava muito brava.
- Me desculpe, te chamei mas você não acordava. Já são quase meio dia. - A repreendeu, colocando as mãos na cintura e usando seu melhor olhar sério.
- Já são quase meio dia e o que eu ou o meu sono temos a ver com isso? - A olhou, imitando seu gesto.
- Talvez o fato de que você precisa ir trabalhar, ou estou errada? - Emma pulou no lugar, arregalando os olhos e checando a hora.
- Puta merda! Você tem razão, Meri. - Nem deu tempo de a amiga responder e correu para um banho rápido.
Não se seu nem ao luxo de demorar o tempo que estava acostumada, se vestiu às pressas e saiu de casa, indo para o ponto de ônibus, depois de se despedir, agradecer e se desculpar por ter sido rude.
Já estava rezando todas as preces que conhecia, não podia chegar atrasada no seu primeiro dia, ou já teria um bom motivo para ser mandada embora e isso era tudo o que não precisava no momento.
Agradeceu aos deuses quando o ônibus veio, entrou no mesmo e como da primeira vez, foi admirando a vista até chegar ao seu destino.
Entrou na rua onde ficava a casa o mais rápido que suas pernas lhe permitiam correr, tocou a campainha e logo o pinguim veio lhe atender.
Emma anotou mentalmente que deveria perguntar o nome dele a Nell ou a qualquer outra pessoa na casa.
- Boa tarde, senhorita. - Ele sorriu gentil, como sempre, ou pelo menos ela achava que era quase sempre.
- Bom tarde! - Mais uma vez, ele a ajudou com o degrau e fechou o portão assim que ela entrou. - Obrigada. - Sorriu, recebendo um outro sorriso em resposta.
Correu um pouco até chegar a entrada do enorme casarão, o homem pinguim abriu a porta para ela e logo sumiu do seu campo de visão.
Emma se perguntava se ele era pago apenas para abrir e fechar portas, se fosse, aquele era um emprego super fácil de se realizar.
- Senhorita Swan! - Ouviu a voz lhe chamar, se virou em direção a escada e pôde ver a mesma mulher de ontem descendo por ela. - Boa tarde.
- Boa tarde! - Saldou. - Eu sei que estou um pouco atrasada, mas eu... - A mulher não a deixou continuar.
- Mas não está atrasada, na verdade, chegou antes do combinado, então tenho tempo de lhe passar algumas instruções.
- Sim, senhora. - Colocou as mãos para trás do corpo, o balançando de leve. Era uma mania que tinha desde menina e talvez ter visto Nell fazer a mesma coisa, tenha a trazido de volta.
- Então, você terá que ir buscar Nell na escola, portanto, espero que saiba dirigir. - Ela sorriu, lhe entregando uma chave com uma bolinha branca de chaveiro. - Essa é a chave do carro branco, você irá notar que para cada carro de cor diferente, temos uma chave com um chaveiro que indica de qual veículo ela pertence. - Emma não queria nem imaginar a quantidade de carros que ela deveria ter na garagem.
- Entendi, uma cor para cada carro e as bolinhas indicam a qual carro as chaves pertencem. - Repetiu para gravar em sua memória e se deu por satisfeita quando isso aconteceu. - Entendi.
- Ela tem aula de piano na terça, na quarta tem aula de natação, na quinta tem aula de balé e na sexta tem o clube de sapateado. Tem uma lista dos horários de cada atividade no meu escritório, você pode ir lá pegar depois. - Emma fez uma careta contida, por qual motivo uma garotinha de sete anos tinha aula de balé e de sapateado? Não podiam escolher só uma?
- Entendi, não irei me esquecer disso. - Ou pelo menos ela esperava que não.
- Não se preocupe, se esquecer, com certeza minha pequena irá te lembrar. Às segundas ela não tem nenhuma atividade depois da aula, então pode trazê-la de volta direto, ela vai precisar de ajuda com o dever de casa, raramente isso acontece, mas pode vir a acontecer.
- Que não seja matemática. - Murmurou para si mesma e agradeceu por Belle não ter escutado.
- Na cozinha tem uma lista na parede, coisas que ela pode e não pode comer, ela tem alergia a nozes e amendoins, então se for possível, não deixe nenhuma dessas coisas sequer chegar perto dela.
- Entendi, ficarei atenta a isso.
- Ótimo, eu agradeço. Já no início da noite, umas seis ou sete horas a minha esposa chega do trabalho, ela revisa algumas coisas no notebook e depois ela fica com a Eleanor, aí você pode ir para casa. Concorda ou tem alguma objeção? - Interrompeu seus passos e se virou para ela, com um olhar tão questionador quanto sua pergunta.
- Concordo plenamente, o que for melhor eu faço. - Viu Belle sorrir.
- Você caiu do céu! Certo, agora eu preciso ir e você deve ir buscá-la daqui quinze minutos, recomendo que não se atrase, ela é bem rígida com horários. - Pegou sua bolsa e um sobretudo preto, que Emma julgou custar mais caro que sua própria vida. - Bom trabalho e boa sorte, angel! - Mandou um beijinho no ar.
- Uh... Bom trabalho também! - Viu a mulher rir e acenar, logo saindo de casa.
Agora, sem ninguém em casa, Emma se deu a liberdade de andar por aí para conhecer as coisas, sem Nell e seu raciocínio rápido para lhe distrair das coisas.
Estava tão perdida conhecendo cada coisa, que só foi notar que estava atrasada quando já se passavam cinco minutos do horário. Pegou as chaves, foi até a garagem. Tinha mais carro do que os seus olhos seriam capazes de contar.
Entrou no belo carro branco e saiu da casa, abriu o portão com o controle, já rumando a escola da garota, que Belle havia lhe mandado o endereço por mensagem.
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This Or That? | SwanQueen Version
FanfictionUma jovem desempregada, que divide o apartamento com sua melhor amiga, corre o risco de perder sua casa. Para evitar isso, Emma Swan vai atrás de um emprego e consegue algo como babá de Eleanor. O que ela não esperava, era se encantar pela mãe da me...