Twelve

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- Então, senhorita Swan. - Regina chamou, tirando sua atenção da porta já fechada. - Conte-me algo sobre você. - A voz rouca da morena, seu olhar intrigante... Emma podia jurar que aquilo era uma cantada.

E se fosse, ela iria responder? A resposta veio assim que se lembrou do sonho. Óbvio que responderia.

Mas e se não fosse, o que iria acontecer dali para frente? Só tinha uma forma de descobrir e Emma não iria arriscar.

- Oh, o que a senhorita deseja saber?

- Não sei. - Riu, ela parecia constrangiada por algo ou era coisa da cabeça de Emma? - Me conte sobre você, quero conhecê-la um pouco mais. - Olhou o relógio em seu pulso, segundos antes de voltar sua atenção para a loira. - Ainda temos um tempo até eu precisar levar Nellie.

- Certo, então, eu cresci num orfanato...

[...]

Regiba estava mais do que maravilhada com a história de vida da loira, Emma era bem mais forte do que a morena imaginou.

- Uau! Eu não sei nem o que te dizer, mas você é uma pessoa incrível por tudo isso. - Tocou a mão da loira e Emma seguiu aquele pequeno gesto com os olhos. Sentiu todo o seu corpo se arrepiar com o pequeno toque da morena. Quando abriu a boca para responder, Nellie entrou correndo na sala.

- Mamãe, mamãe! Eu já estou pronta e nós já podem... - A garotinha parou de falar no mesmo instante em que seus olhos fitaram a mão da sua mãe junto a mão da sua babá. - Está tudo bem? O que está acontecendo aqui?

- Não está acontecendo nada, meu amor. - Regina se levantou, fazendo Emma sentir falta do toque no mesmo instante. - A senhorita Swan estava me contando de coisas que aconteceram na vida dela. - A garota pareceu se animar com o assunto e passou a dar pulinhos empolgados em seu lugar.

- Mesmo?! Eu posso ouvir também?! Me conta, senhorita Swan, por favor? Eu prometo que vou ficar bem quietinha durante toda a história! - Ouviu a risada da mãe e levou seu olhar até ela. - O que foi? Por quê está rindo? - Nellie esboçou uma careta confusa.

- Não é nada, baby, mas você pode ouvir a história dela mais tarde, quando a mamãe for buscar você. Pode ser?

- Sim, por favor. - Pulou do sofá, já agarrando na mão da morena. - Eu não demoro a voltar, não precisa sentir minha falta, senhorita Swan, não vai demorar muito. - Emma sorriu para a menina, achou fofo o jeitinho dela. - Mas você vai ficar em ótima companhia, mamãe Gina irá ficar aqui com você até eu retornar. - De tudo o que a menina acabara de falar, a única coisa que Emma prestou atenção foi no fato de que Regina ficaria ali o dia inteiro com ela.

- Oh, claro! Eu sentirei saudades da minha abelinha sim! - Emma sorriu, fazendo cócegas na menina, que deu uma longa, alta e gostosa risada.

- Para, por favor! Eu não consigo respirar! - Gritou entre a risada. Emma parou o ataque de cócegas e deixou a mais nova respirar.

Viu Eleanor controlar a respiração, se levantar e passar as mãos em suas roupas para desamassá-las, logo em seguida depositou um beijo carinhoso em sua bochecha.

- Boa aula. - Sorriu para a mais nova, que espelhou o gesto e acenou para ela. Logo mãe e filha saíram porta a fora, deixando uma Emma totalmente sem ter nada para fazer.

Se levantou do sofá, ainda sentindo o calor da mão de Regina na sua. Não entendia o que estava acontecendo, era uma boa sensação, mas Emma não tinha um bom pressentimento com relação a isso.

Ficou vagando pela casa como se fosse um fantasma, pegou o celular e discou o número da amiga, chamou duas vezes e ela finalmente atendeu.

- Oi, bombom! - Sorriu ao ouvir a voz da garota no outro lado da linha. - Você foi demitida? Porque que eu saiba, isso não é horário de babá estar ligando para as pessoas.

- Vira essa boca para lá, Meri. - Riu um pouco mais, até porque podia imaginar como Merida estaria se pudesse vê-la. - A minha abelinha foi para a aula de... Não sei se natação ou balé. - Deu de ombros. - Com a mãe dela.

- A do sonho? A gostosa dos olhos lindos? - Mais uma vez, Emma sentiu o sangue esquentar em suas veias. - Hey! Ainda está aí?!

- Sim, sim... Sim para todas as suas perguntas. Regina está trabalhando de casa hoje, levou a Nellie para sei lá qual atividade ela tem hoje e logo ela volta, deve ir trabalhar para depois ir buscar a princesa.

- Espera... Vocês vão ficar sozinhas aí? Emma, se você não der para ela, eu vou ficar muito brava com você.

- Merida! Ela é casada e você sabe que falar sobre essas coisas me deixa constrangida!

-  Eu realmente espero que você pegue essa Regina de jeito, que a faça sentir dor nos dedos de tanto te comer e você vai gemer para ela do jeitinho que fazia em seu sonho. - Emma sentiu seu centro pegar fogo, podia sentir seu sexo se contrair. - Já se imaginou sentando na cara dela? Imagine ela com a língua enterrada na sua bucet... - A linha ficou muda no exato minuto em que Emma apertou o botão de desligar.

Por mais que tentasse, agora simplesmente não conseguia tirar da cabeça a cena que Merida lhe descreveu ao telefone. Podia imaginar Regina no meio de suas pernas, afudando sua língua em seu sexo.

Sentiu sua intimidade incomodar um pouco e já sabia do que se tratava, ela estava molhada e muito excitada.

Sabia que não era o apropriado, mas subiu as escadas, se enfiou no primeiro banheiro que encontrou, abaixou o short que usava e se tocou por debaixo da calcinha.

Ficou assim por alguns minutos, sentindo seus dedos estimularem seu sexo. Sentia sua excitação crescer e molhar ainda mais seus dedos. Não conseguia resistir, ou controlar seus gemidos tímidos, que escapavam de seus lábios mesmo contra a sua vontade. Mordeu o lábio com força ao ouvir o som da porta batendo, sinal de que Regina estava de volta.

Queria muito parar com o que estava fazendo, lavar as mãos e sair dali como se nada tivesse acontecido, mas parecia que não tinha mais controle de seu corpo.

Sentiu seus músculos tensionarem, suas pernas bambearam por um segudo. Ouviu Regina bater na porta e logo depois sua voz soar.

- Emma, está aí?!

- S-sim... - Precisou usar toda a sua força de vontade para que aquilo não saísse como um gemido.

- Você está bem? Está se sentindo mal?

- N-não... - Mordeu o lábio mais forte ainda, sentindo seu líquido escorrer por entre seus dedos, soltando um gemido sôfrego por isso.

- Emma, o que está acontecendo aí? - A voz dela saiu forte e autoritária.

De uma coisa a loira tinha certeza, precisava pensar em uma desculpa e muito mais do que urgente.

This Or That? | SwanQueen VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora