Forty One

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Zelena chegou com um envelope branco e o entregou diretamente nas mãos de Regina, que sem se importar com os olhares confusos de seus pais, abriu o envelope.

Ignorou todas as informações que não considerava úteis e foi direto para a última folha, sentindo sua garganta secar na mesma hora.

Ali, no fim daquela folha, em grandes letras em negrito, estava o resultado praticamente gritando em seu rosto: POSITIVO.

Regina levantou o olhar para encarar seu irmão, ela já esperava por aquele resultado, mas vê-lo parecia muito mais doloroso do que pensava.

- O que foi? Por quê está me olhando assim?

- Você... Como pôde fazer isso, Robin?!

- Do que está falando, filha? - Henry perguntou e Regina entregou o papel a ele. Henry leu tudo o que estava escrito com calma e ao fim, encarou o filho, abismado pela revelação. - Você é o pai da Eleanor!

- O quê?! Não sou não! Ficaram loucos?

- Não tenta mentir, Robin. Está bem ali, no exame de DNA. - Zelena explicou.

- Mas se eu sou o pai dela, porque a Belle não me disse nada? Por quê deixou você registrar minha filha como se fosse sua?

- Porque ela é minha! Não importa se foi feita por você, Nellie é minha e nada irá mudar isso!

- Se ela é minha filha, eu tenho meus direitos de pai!

- Você não tem direito algum, você não é pai dela!

- Regina, se acalma. - Pediu Emma.

- Eu vou atrás de um advogado, vou atrás dos meus direitos e ela vai ser reconhecida como minha legalmente. - Robin largou o que comia e subiu as escadas apressado. Zelena subiu atrás, já estava mais do que na hora de seu irmão ouvir umas verdades.

Ainda na mesa de café da manhã, Emma tentava acalmar Regina a todo o custo e nada parecia dar resultado.

- Por favor, Gina! Se acalma, amor.

- Ele vai tentar tirar minha filha de mim, Emma! Como posso me acalmar?

- Ele não vai fazer isso, sua mãe e eu vamos ter uma séria conversa com ele e isso vai se resolver. - Henry levantou, pegando na mão de Cora e os dois subiram para o quarto de Robin.

Emma também se levantou, estendendo a mão para Regina, que entrelaçou seus dedos e seguiu a loira até a biblioteca.

- Amor, as coisas vão se resolver, tá bom? Eu te prometo. - Swan se sentou no colo da morena, a abraçando pelo pescoço. - Eu vou te ajudar, não sei como, mas eu vou. Você não está sozinha.

- Eu nem sei o que seria de mim se não tivesse você na minha vida, baby. Eu deveria ter dito que minha família era meio problemática no início da nossa relação, não é?

- Você não sabia disso, além do mais, qual família não é? Vê a minha, por exemplo, eu nem os conheço, eles me entregaram para a adoção antes mesmo de eu ter qualquer lembrança deles.

- Não tem vontade de conhecê-los? Saber de onde veio... Nunca teve uma vontade de procurar seus pais?

- Sim, tenho e muita. Mas encontrar alguém não é tão fácil quanto parece, não é como nos filmes, onde eu vou ir ao mercado e esbarrar com a minha mãe em algum corredor.

- Eles podem estar procurando por você também.

- Eu duvido muito, não iriam me entregar assim e depois me procurar, isso seria loucura demais até para eles.

- Quando tudo isso passar, eu mesma vou contratar alguém para encontrar seus pais. Prometo que nós vamos entender sua história. - Emma sorriu e deu um selinho em Regina, mas a morena aprofundou aquele simples roçar de lábios, a beijando com paixão.

Não se afastaram pela falta de ar, mas sim porque alguém bateu na porta. Se fosse em outra ocasião, Regina iria ignorar, mas podia ser algo importante.

Emma se sentou corretamente no sofá e observou Regina ir abrir a porta. Pôde ter uma boa visão de Zelena, ela parecia alterada e Swan não julgou isso uma boa coisa.

Conversaram por um tempo, logo os pais da morena também apareceram no campo de visão da loira, pelo visto a coisa estava pior do que ela pensou.

Depois de no máximo meia hora de conversa, Regina fechou a porta e voltou a se sentar ao lado da loira.

- O que rolou?

- Ele está irredutível, já disse que vai atrás de um advogado para que ele possa reconhecer que é pai dela. - Um suspiro triste escapou dos lábios da morena. - A solução agora é aproveitar o máximo o tempo que ainda tenho com a minha filha.

- Sinto muito, amor. Queria poder fazer algo para ajudar.

- Você estando aqui comigo já me ajuda muito, Emma. - Ela se levantou. - Eu vou buscar a Nell, quero passar um bom tempo com ela ainda, antes de tirarem ela de mim. Eu volto logo, não fique perto dele por nada no mundo. - Emma concordou e viu a morena sair.

Ouviu o carro ser retirado da garagem e subiu as escadas apressada, sabia que tinha prometido a Regina, mas ela não podia ficar de braços cruzados enquanto sua namorada corria o sério risco de perder a filha.

Emma bateu na porta do quarto do homem, vendo a madeira de abrir poucos segundos depois.

- Como posso ajudar? - Robin perguntou, a olhando desconfiado.

- Não pode tirar a Eleanor da Regina. - Robin fechou a porta na mesma hora, não queria mais ouvir nada sobre aquele assunto, ele já estava decidido. Mas Emma também estava decidida a convencê-lo de não o fazer. - Olha, eu não sei como é a sua relação com a Regina, mas desde que eu cheguei aqui, ela fala de você com tanto orgulho, Robin... Ela te ama, não faz isso com ela. Aquela menina é o que Regina mais ama no mundo, não faz a sua irmã sofrer ao vê-la sendo tirada dela. - Um suspiro baixo escapou dos lábios da loira. - Cuidar de uma criança é muita responsabilidade, isso vai exigir muito de você, porque está fazendo isso?

- Você tem razão, eu não posso fazer isso com a minha irmã. - Ele abriu a porta e encarou Emma. - Você tem razão, melhor deixar tudo como está.

- Eu te agradeço, não sabe como vai deixar sua irmã feliz.

- Eu sei que sim, eu faço de tudo pela minha irmã. Vamos fingir que esse exame nunca foi feito, pode ser?

- É muito melhor. - Emma sorriu e os dois apertaram as mãos.

Agora nada mais iria tirar a felicidade da sua namorada, Emma ficaria mais do que feliz em dar aquela notícia a ela.

This Or That? | SwanQueen VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora