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𝓛𝓪𝓵𝓲𝓼𝓪 𝓜𝓪𝓷𝓸𝓫𝓪𝓷

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𝓛𝓪𝓵𝓲𝓼𝓪 𝓜𝓪𝓷𝓸𝓫𝓪𝓷

Quinta-feira, 1 p.m.
Atlanta, Prisão

-Espero nunca mais a ver, senhorita Manoban. - o guarda que me leva até à saída da prisão diz.

-Digo o mesmo, senhor Roberts. - ele abre a grande porta que garante a minha liberdade - Garanto que nunca terá uma prisioneira tão boa quanto eu novamente. - dou um pequeno sorriso fechado e pisco o olho.

Pela primeira vez em muito tempo piso o chão da liberdade e respiro o ar fora das grades. Até o ar aqui fora parece mais fresco e libertador.
Vejo outros prisioneiros serem recebidos por suas famílias e isso me faz parar de apreciar o ar.

Olho para o sol e coloco uma mão na frente de meus olhos. Lá dentro o sol parecia fechado, mas aqui, ele ofusca meus olhos e me dá um calor seguro.

Sou só eu, minha bolsa com meus pertences e a liberdade. Uma memória que ficará na minha mente com certeza.

-Não é incrível estar fora da prisão, Lalisa? - direciono os meus olhos para o corpo na minha frente. A mulher bela e conservada com quarenta e cinto anos. Com tatuagens e piecings em vários lugares do corpo. Estava com uma regata por causa do calor e calções, mas não dispensou as botas de cano alto. - Estava com saudades suas, pirralha. - Sorn me abraça com força e tira minha bolsa das mãos - Vem, o meu carrinho está ali. - ela aponta para a Lamborghini vermelha que ela tanto sentia falta quando estava por trás das grandes.

Sorn foi minha colega de cela quando cheguei a esta prisão com 16 anos, depois de 2 anos internada numa prisão para menores. São vastas as memórias que tenho do mundo de fora das grades. Sendo que tenho 28 anos agora e fui presa com 14 anos por supostamente matar meus pais.

Ela foi a única pessoa em quem confiei estes anos todos e me defendeu com unhas e dentes naquela cela. O único tempo que estive sem ela lá dentro, foi estes dois últimos meses da minha pena. Ela conseguiu sua liberdade mais cedo.
Senão a tivesse conhecido, talvez já não estaria aqui para contar histórias.

-Você tinha razão. Este carro é realmente uma beleza. - falo temendo tocar um dedo que seja no carro e manchar com a minha impressão digital.

-Você tem que ver ele a andar. - ela destranca o carro e mete a minha bolsa de ombro na mala - Entre! - ela abre a sua porta do lado motorista e eu abro a minha do lado passageiro.

-Como você está? - aperto o cinto e a vejo sair do estacionamento da prisão.

-Deveria ser eu a perguntar isso, não? - ela me dá um sorriso e volta a atenção para a estrada - Sabe como é, aproveitando que não tenho mais que lidar com guardas e poder gastar todo o dinheiro que conseguir da herança dos meus ricos pais mortos. - assinto com a cabeça e murmuro um "entendi" - Mas e você? Onde devo te deixar? Você não tem casa, não é? Pode ficar na minha o tempo que quiser, pirralha.

𝗧𝘄𝗼 𝗙𝗮𝗰𝗲 | LizkookOnde histórias criam vida. Descubra agora