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𝓛𝓪𝓵𝓲𝓼𝓪 𝓜𝓪𝓷𝓸𝓫𝓪𝓷
Terça-feira, 5 p .m. Atlanta, ponte
A brisa estava mais fresca ao contrário dos outros dias de verão, não faltava muitos dias para o verão acabar, com isso, o meu cabelo estava esvoaçando com o vento.
A água do rio era mais escura do que o céu a cima dela. Não conseguia ver o fim nem o início do rio que passava por baixo da ponte em que eu estava.
A ponte por vezes tremia com os carros passando e outras pessoas passavam por mim correndo como exercício matinal.
Eu estava debruçada na beirada, reparando como a corrente não parecia forte mas qualquer um morreria se passasse por ela.
O cigarro acesso em meus lábios estava em meio de acabar e dou um último gole na garrafa alcoólica que eu estava bebendo.
Ao chegar ao fim do meu cigarro, o atiro ao chão e piso o mesmo com o pé. Coloco a garrafa no caixote do lixo e entro no meu carro.
Tendo destino à esquadra, o lugar onde mistérios iam finalmente morrer e o pior lado da minha segunda face teria que ser usada.
[...]
Desligo o carro ao tirar a chave e coloco no bolso do casaco de couro preto, verifico o canivete escondido na perna e coloco o celular no porta malas.
Saio do carro e coloco as minhas mãos dentro dos bolsos do casaco. Caminho até a entrada da esquadra e entro, cumprimentando policiais pelo caminho.
-Oi! - digo simpática para o policial atrás do balcão da recepção - Bom dia!
-Bom dia, senhorita. Precisa de ajuda com alguma coisa que eu possa ajudar? - o mesmo diz com simpatia.
-Sim, tem algo que você pode me ajudar. - me debruço no balcão.
-O que seria? - ele se levanta da cadeira em que estava.
