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𝓛𝓪𝓵𝓲𝓼𝓪 𝓜𝓪𝓷𝓸𝓫𝓪𝓷
Segunda-feira, 11:30 a.m. Atlanta, casa do Jeon
Abri os olhos para trocar de posição na cama porque meu ombro em que estava apoiando meu corpo estava começando a me doer. Ao virar percebo que sou a única na cama deitada e me sobressalto, sentando e procurando por Jungkook.
Tiro o cobertor que me cobria e me levantei rápido, indo até à porta e sou recebida por uma iluminação que causou desconforto em meus olhos que estavam habituados ao escuro do quarto.
Ando pelo corredor nervosamente, para chegar à cozinha e avistar Jungkook de costas fazendo o que acredito ser o café da manhã.
Relaxo um pouco e vou até seu corpo grande por trás e o abraço pelo cintura. Estava apenas precisando do seu calor que sempre me dava a sensação de proteção.
-Lalisa, você me assustou, não tinha ouvido você. - ele tentou se virar mas eu o impedi, querendo que ele continuasse como estava - Está tudo bem?
-Bom dia, Jung. - me afasto quando ele tenta colocar os ovos mexidos que estava cozinhando num prato e me entrega um depois.
-Bom dia, Lisa. - ele me dá uma chavena com café e pega em suas coisas, indo até à mesa. Sem falarmos nada. Nos sentamos e começamos a comer sem tentativas de termos um simples diálogo. Jungkook não parecia querer dizer grandes palavras hoje, provavelmente pelo o que acabou descobrindo ontem. Eu consegui dormir graças ao seu aperto, mas me pergunto se ele conseguiu também.
Ele acabou descobrindo o segredo que tenho escondido por anos. Deve estar morrendo de tantas perguntas que invadem sua cabeça e me pergunto quando todas elas serão questionadas a mim. O receio me invade só de pensar que Jungkook possa querer contar a todos a verdade, isso me assusta.
-Diga alguma coisa. - eu digo fazendo com que ele levante uma sobracelha duvidosa.
-O que você quer que eu diga? - ele pousa seu garfo.
-Apenas diga algo. - pouso meu garfo também - Me diga o que está passando por sua cabeça.
-O assassino de seus pais pode estar relacionado com o caso do seu tio? - ele questiona tão rápido que não tenho dúvidas que era exatamente aquilo que estava pensando naquele exato momento.
-Não. - respondo também rápido, mostrando que não tinha dúvidas sobre isso e que teria realmente pensado muito sobre isso.
-Como você sabe? - ele junta suas mãos por cima da mesa - Quem é o verdadeiro assassino, Lalisa? - eu não respondo e bebo minha bebida - Preciso ser eu a descobrir sozinho?
