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[Este capítulo contém gatilho sobre suicídio]

𝓛𝓪𝓵𝓲𝓼𝓪 𝓜𝓪𝓷𝓸𝓫𝓪𝓷

Segunda-feira, 1 p.m.
Atlanta, aeroporto

Caminho pelo aeroporto, cada passo determinava quão perto estava de voltar ao passado novamente. Já se tinham passado 2 anos desde que não pisava nesta região e talvez nunca mais fosse passar por ela se não fosse por Jungkook.

Pego minha mala e olho os sinais ao redor para me indicar onde era a saída daquele grande lugar.

Estava com o cabelo mais comprido mas continuava preto e com franja. Talvez estivesse mais morena também. Tinha me permitido aprender como usar maquiagem e estava mais elegante com esses produtos. As minhas roupas também tinham ficado mais arranjadas e detalhadas, usava mais acessórios nos meus visuais do que o habitual.

Comecei um negócio para arranjar dinheiro, eu ganhava dinheiro para descobrir informações ou espiar uma pessoa por alguém. Surpreendentemente deu certo, vários casais desconfiados de traição, pais preocupados, enfim, muitos clientes de vários países que frequentei.

Trabalhei para que pudesse me distrair da vida e sentir que era alguém no mundo. Embora ainda tivesse ataques de crises existenciais.

A mais ou menos 1 ano e meio atrás, tinha se passado meses que eu teria partido, que deixaria Jungkook para trás, e pensava eu que também deixaria traumas também.

Mas não, eu continuava com cada pedaço de dor de antes. Os objetos, lugares ou pessoas daqui que me lembravam da dor eram quase mortais mas mesmo sem elas, eu continuava sozinha.

A esta hora acreditava eu que Jungkook também já teria seguido em frente, e provavelmente talvez me odiasse pelo que fiz, embora as esperanças ainda me faziam pensar que não seria assim.

Estava na Venezuela, num hotel 3 estrelas, eu usava o dinheiro dos meus pais, comecei a acreditar que talvez merecesse gastar um pouco do dinheiro que eles me proporcionaram.

Arranjei uma arma com um "amigo", eu estava precisando me proteger dos inimigos de Sorn que descobriram a minha existência. Mas o meu pior inimigo, seria eu mesma, que estava com a arma na mão, chorando sem quase conseguir respirar, por mais uma crise.

Eu já não sabia porque estava viva, eu não tinha motivos para o fazer. As pessoas que mais amava morreram e a única que esteve do meu lado o tempo inteiro, eu deixei por ser fraca demais.

𝗧𝘄𝗼 𝗙𝗮𝗰𝗲 | LizkookOnde histórias criam vida. Descubra agora