𝟶𝟷. 𝖺 𝖾𝗇𝗍𝗋𝖾𝗀𝖺

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Ela mal conseguiu entrar no escritório dos estagiários ─ escritório? Parecia mais com um armário ─ e tentou sair o quanto antes possível, para que os homens não a vissem virar o corredor

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Ela mal conseguiu entrar no escritório dos estagiários ─ escritório? Parecia mais com um armário ─ e tentou sair o quanto antes possível, para que os homens não a vissem virar o corredor. Esses dois caras começaram
lá recentemente, mas ela instantaneamente gostou deles. Aquele de cabelo loiro estava sorrindo a maior parte do tempo, um sorriso alegre que fazia a garota sorrir de volta mesmo quando estava ocupada ou quase tendo sido assediada por seu chefe um
minuto antes; o outro, o de cabelos escuros, tinha um sorriso mais gentil, caloroso - e ela não tinha visto muito dele ultimamente. Se fosse para ser honesta, ela achava que o
idealismo dele estava sendo esmagado; ele era incrivelmente gentil e educado com todos, na medida em que ela o via interagir com as pessoas, tinha mais certeza de que uma empresa como Landman e Zack não era um lugar para sua alma encantadora -
e agora a mulher estava apenas em
mais um de seus devaneios.

A dupla chegou a suas respectivas mesas e ela soltou a respiração que estava segurando. A garota resistiu a vontade de colocar o ouvido na porta, para entender melhor o'que estavam falando ─ Acontece que ela não precisava; a maioria dos escritórios estava vazio pelo horário de almoço, e o homem loiro ─ ok, sim, ela o ouviu se apresentar como Foggy, o'que era ridículo, mas meio fofo ─ era muito barulhento.

─ Matt, um muffin.

Ela mordeu o lábio, um pouco nervosa por não ouvir a reação de Matt.

─ Matt, eu juro por Deus, há um muffin na sua mesa. Com um bilhete e um palito, apenas dizendo para quem está lendo que não é para mexer. Porque alguém deixaria um muffin em sua mesa apenas por fazer? ─ Foggy realmente parecia confuso e magoado em nome de seu amigo.

A menina riu em sua palma. Ela havia deixado um bilhete escrito: não se atreva a toca-lo, você que está lendo isso .

O truque estava em deixar mais um bilhete ─ dessa vez em braille ─ Sinta-se melhor e seja feliz. Os escritórios estão muito escuros sem o seu sorriso. Aproveite!

O que era uma mentira idiota, porque os escritórios eram todos de vidro e aço, com muita luz na maior parte do tempo, mas a mensagem era clara, ela esperava. Sem mencionar que Matt não seria capaz de dizer. Porque ele era... bem, cego. O que significava que ele não conseguia ler o bilhete não dirigido a ele, mas podia ler o seu próprio.

Ela se esgueirou de seu escritório, chegando um pouco mais perto, ouvindo.

─ Cara, seu rosto, porque tenho a sensação que a versão em braille diz algo diferente?

Ela sorriu para si mesma, esperando causar pelo menos uma pequena elevação nos lábios de Matt enquanto ele estava lendo sua nota pessoal ─ foi uma merda usar a impressora braille sem ninguém perceber, ok, ela estava meio orgulhosa de si mesma ─ A resposta dele foi mais calma, mas você aguçou os ouvidos e ouviu.

─ Porque sim.

Mais tarde, a mulher estava se esforçando para não olhar muito descaradamente quando eles passavam pelo seu escritório, mas conseguiu ter um vislumbre de qualquer maneira. Matt estava sorrindo. Brilhantemente.

MUFFINS AND MIRACLES | DAREDEVILOnde histórias criam vida. Descubra agora