Capítulo 06

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Iniciar as postagens desse livro no mês de fevereiro foi uma feliz coincidência, visto que estamos no mês de conscientização e combate à leucemia.

Pessoalmente, acho uma causa MUITO válida, e vale a pena conhecer e, se possível, tornar-se um doador em potencial, através do cadastro no REDOME. O processo será descrito ao longo dos próximos capítulos.

Estou cadastrada desde meus 18 anos de idade (nussa, faz tempo viu... décadas rsrsrs) e confesso que me sentiria extremamente honrada se algum dia puder salvar a vida de alguém através de uma doação.

Faça como eu, cadastre-se!

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P.O.V. Maria Eduarda

Nossa, mas que hotel maravilhoso! É muito limpo, organizado e acho que cabem dois quartos da pensão aqui dentro.

O banheiro é bem legal, e o chuveiro então! Minha vontade era passar um tempão curtindo um bom banho, mas minha consciência ecológica não permitiu.

Gente de cidade grande adora um espelho. Aqui não tem um no teto, mas o do banheiro é enorme, assim como o do quarto, que ocupa uma porta inteira do guarda-roupa.

A TV é moderna, de plasma e enorme. Minha sobrinha Ingrid amaria assistir novelas nela, assim como a Maria.

Pego uns biscoitos que estavam na mala e quando vou comer, alguém bate na porta. Abro desconfiada e vejo um homem segurando uma bandeja.

— Seu jantar, Senhorita.

— Mas eu não pedi nada!

— Uma Senhora deixou suas refeições pagas e ordenou que trouxéssemos o jantar de hoje. As demais refeições, a Senhorita pode pedir diretamente na cozinha, ou descer para comer no restaurante.

Cheguei a abrir a boca para negar a comida, mas meu estômago engraçadinho resolveu me envergonhar, gritando alto. O homem me olhou divertido e fez menção de entrar no quarto.

Dei passagem e fiquei sem saber o que fazer. Será que aqui a gente tem que dar gorjeta como nos filmes?

Nem tive tempo de pensar direito a respeito, pois ele saiu, fechando a porta.

Deus do céu, e a minha dívida com a Marieta só aumenta!

Destampo a comida e meus olhos brilham tanto com o cheiro quanto com o visual. Um belo prato de arroz, feijão, batata frita, tomate, alface e um baita bife.

Não me faço de rogada e como tudo, além de tomar uma latinha de refri. Já que vou pagar, pelo menos aproveitarei o máximo.

Não me lembro da última vez que dormi tão bem. O colchão é muito macio, assim como o travesseiro e até o edredom.

Acordo com meu celular vibrando sobre o criado e atendo ainda um pouco sonolenta sem nem olhar quem era.

— Alô?

Senhorita Maria Eduarda Gonçalves?

— Sim.

Meu nome é Cibele, trabalho no setor de transplantes do Hospital Sara...

Enquanto a mulher se apresenta, minha ficha vai caindo aos poucos e já imagino do que se trata.

— Muito prazer, Cibele. No que posso ajudar?

O exame inicial que a Senhorita fez, mostrou compatibilidade com um dos nossos pacientes. Gostaríamos de saber se tem interesse em continuar com o processo para a doação...

Angel (Degustação - disponível na AMAZON)Onde histórias criam vida. Descubra agora