Capítulo 10

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Presentinho de aniversário para vocês... rsrs

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P.O.V. Daniela

Seis dias depois do transplante, o Doutor Júlio me informou que eu voltaria para o quarto comum antes do previsto, pois já estava melhor e sem febre. Fiquei feliz de verdade com isso.

Ao final da noite, fui transferida e recepcionada por meu pai, que seria o acompanhante.

Depois do jantar, ele se deitou sofá-cama e ficamos conversando sobre várias coisas, como sempre acontecia quando estávamos juntos.

— Mas você não queria Contabilidade?

— Ah, também... mas Veterinária sempre foi meu sonho desde criancinha.

— Eu me lembro de você querendo adotar todos os animais de rua que via pela frente.

Ele fala nostálgico e me faz sorrir com a lembrança.

— De toda forma, vou perder a inscrição do primeiro semestre, pois não poderei voltar à rotina tão rápido. Então terei que fazer o vestibular de novo.

— Você vai tirar de letra, como sempre. A melhor aluna daquele colégio com certeza será aprovada na faculdade que quiser.

— Veremos, Papai, veremos. Mudando de assunto, e a tal moça que a mamãe falou, virá mesmo?

— Segundo a Marieta, a menina chegará amanhã e virá direto para cá.

— O Senhor a conhece?

— Nunca vi na vida, mas sua mãe cismou que será uma boa ideia, então só nos resta acreditar.

Meu celular toca e sorrio ao ver o nome da minha namorada.

— Oi, Amor.

Oi. Como você está?

— Bem. Só uma dor de cabeça leve.

Que bom. Já tem previsão de alta?

— Acho que mais uma semana e já posso ir para casa.

Que bom.

— Você vai lá me visitar?

Sim.

— Que bom.

Eu... eu preciso ir... meus pais...

— Eu sei, te entendo.

Respondo um pouco desanimada, queria conversar um pouco mais com ela.

Tchau, fique bem.

Ela desligou antes que eu me despedisse e creio que seja por causa do nervosismo. Ela já disse que fica aflita comigo aqui e entendo seu lado.

— Mas ela já desligou?

— Sim, Papai.

Humpf.

Ele resmunga e não fala mais nada. Fizemos um combinado para evitarmos briga e não falamos sobre a Bruna. Ele disse que não concorda, mas respeita.

Acabo dormindo e quando acordo tomo um pequeno susto.


P.O.V. Maria Eduarda

Como eu já imaginava, Maria e Rogério apoiaram minha decisão. Minha irmã disse que seria uma oportunidade de adquirir novos conhecimentos e ainda fazer um pequeno pé de meia.

E ainda era seguro, pois poderia voltar a trabalhar seis meses depois, quando minha licença acabasse.

Com toda a coragem que nunca tive, juntei quase todas as minhas poucas roupas em duas malas e parti para São Paulo.

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