Presentinho de aniversário para vocês... rsrs
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P.O.V. Daniela
Seis dias depois do transplante, o Doutor Júlio me informou que eu voltaria para o quarto comum antes do previsto, pois já estava melhor e sem febre. Fiquei feliz de verdade com isso.
Ao final da noite, fui transferida e recepcionada por meu pai, que seria o acompanhante.
Depois do jantar, ele se deitou sofá-cama e ficamos conversando sobre várias coisas, como sempre acontecia quando estávamos juntos.
— Mas você não queria Contabilidade?
— Ah, também... mas Veterinária sempre foi meu sonho desde criancinha.
— Eu me lembro de você querendo adotar todos os animais de rua que via pela frente.
Ele fala nostálgico e me faz sorrir com a lembrança.
— De toda forma, vou perder a inscrição do primeiro semestre, pois não poderei voltar à rotina tão rápido. Então terei que fazer o vestibular de novo.
— Você vai tirar de letra, como sempre. A melhor aluna daquele colégio com certeza será aprovada na faculdade que quiser.
— Veremos, Papai, veremos. Mudando de assunto, e a tal moça que a mamãe falou, virá mesmo?
— Segundo a Marieta, a menina chegará amanhã e virá direto para cá.
— O Senhor a conhece?
— Nunca vi na vida, mas sua mãe cismou que será uma boa ideia, então só nos resta acreditar.
Meu celular toca e sorrio ao ver o nome da minha namorada.
— Oi, Amor.
— Oi. Como você está?
— Bem. Só uma dor de cabeça leve.
— Que bom. Já tem previsão de alta?
— Acho que mais uma semana e já posso ir para casa.
— Que bom.
— Você vai lá me visitar?
— Sim.
— Que bom.
— Eu... eu preciso ir... meus pais...
— Eu sei, te entendo.
Respondo um pouco desanimada, queria conversar um pouco mais com ela.
— Tchau, fique bem.
Ela desligou antes que eu me despedisse e creio que seja por causa do nervosismo. Ela já disse que fica aflita comigo aqui e entendo seu lado.
— Mas ela já desligou?
— Sim, Papai.
— Humpf.
Ele resmunga e não fala mais nada. Fizemos um combinado para evitarmos briga e não falamos sobre a Bruna. Ele disse que não concorda, mas respeita.
Acabo dormindo e quando acordo tomo um pequeno susto.
P.O.V. Maria Eduarda
Como eu já imaginava, Maria e Rogério apoiaram minha decisão. Minha irmã disse que seria uma oportunidade de adquirir novos conhecimentos e ainda fazer um pequeno pé de meia.
E ainda era seguro, pois poderia voltar a trabalhar seis meses depois, quando minha licença acabasse.
Com toda a coragem que nunca tive, juntei quase todas as minhas poucas roupas em duas malas e parti para São Paulo.
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Angel (Degustação - disponível na AMAZON)
RomanceDaniela sobreviveu à uma grave doença quando ainda era adolescente, período no qual conheceu Maria Eduarda. Uma amizade surgiu e planos foram feitos. Um engano as afastou, deixando apenas mágoa, pelo menos por parte de uma delas. Já adulta, Daniela...