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"Está pronta, Jisoo?" Rosé bateu suavemente na porta do quarto. Jisoo ajeitou o gorro em sua cabeça e caminhou até a porta, abrindo-a vagarosamente e sorrindo quando viu a menina mais alta do outro lado.

"Pronta." Jisoo assentiu uma vez. "A Jennie vai estar aqui quando a gente voltar?"

"Ela volta da aula em uma hora." Rosé abriu mais a porta e fez menção para Jisoo segui-la. Jisoo tinha sua terapia naquele dia.

"Eu não gosto de ir lá." Jisoo confessou, enquanto seguia Rosé para fora até o carro. A coreana levantou uma sobrancelha, se certificando de que Jisoo tinha colocado seu cinto antes de sair para a rua.

"Por que não?" Rosé perguntou. Jisoo suspirou e balançou a cabeça.

"Eu não conheço ela." Jisoo puxou suas pernas de encontro ao seu peito e encarou a janela. "Ela não me conhece. Estranhos não são amigos."

"Eu entendo o que você quer dizer." Rosé disse, honestamente. "Mas ela é uma médica, você tem que pelo menos tentar deixa-la te ajudar."

"Por que eu preciso de ajuda?" Jisoo subiu a cabeça e olhou para a garota. Ela não entendia por que precisava ir.

"Eu não tenho certeza." Rosé batucou no volante com os dedos. "Tem apenas algumas coisas que você tem que trabalhar, só isso. Todo mundo precisa trabalhar em algumas coisas. Você só precisa de uma ajudinha extra."

"Mas nem todo mundo tem que conversar com uma estranha." Jisoo suspirou. Isso a fazer sentir diferente. A sentir estúpida. Por que ela era a única pessoa que precisa de ajuda?

"Isso é mentira." Rosé encolheu os ombros. "Eu tenho que ir depois das aulas e pedir ajuda para meus professores às vezes. É praticamente a mesma coisa. A única diferença é que eu preciso de ajuda para dançar com saltos e você com emoções. Não há nada do que se envergonhar. "

Jisoo assentiu vagarosamente. O que Rosé dizia começava a fazer sentido. 

Assim que elas chegaram no consultório, Jisoo foi guiada até a pequena sala. Ela sentou na mesma cadeira vermelha que ela havia várias vezes antes. Haviam algumas cadeiras diferentes na sala, mas ela sentava na vermelha porque era a que ficava mais longe da mesa da psiquiatra.

"Como as coisas têm estado em casa, Jisoo?" A mulher de cabelo escuro desviou o olhar de sua mesa. Jisoo abaixou a cabeça e começou a mexer com as suas mãos nervosamente.

"Bem." Ela deu de ombros e ajeitou o gorro em sua cabeça. Jennie havia dado o gorro para ela, lembrou-se. Era o seu gorro da sorte. Enquanto o usasse, poderia fazer qualquer coisa.

"O que você tem feito desde que nos vimos pela última vez? "A mulher batucou seu lápis contra a mesa. O barulho apenas fez com que ansiedade dela crescesse.

"Eu fui à aula com a Nini." Jisoo se lembrou, sentindo um sorriso se formar em seu rosto.

"Você não quis dizer Jennie?" A mulher questionou. Jisoo assentiu.

"Foi o que eu disse." A menor começou a ficar nervosa. "O nome dela é Nini. Só eu posso chamá-la assim. Ela é minha Nini."

"Oh." A terapeuta anotou algo. Jisoo não gostava de suas expressões faciais, elas as preocupavam. 

"Eu fiz uma amiga também." Jisoo deixou escapar. Ela sabia que a mulher escrevia algo sempre que ela tinha dito algo errado. "Dois amigos."

"Você fez?" A mulher olhou para cima. "Conte-me sobre eles."

"Eles são da classe da Nini. Há uma garota chamada Soyeon e o namorado dela, Jae. Ele faz coisas com argila." Jisoo olhou para seu braço, onde Soyeon tinha pintado uma flor. Ela havia lavado no chuveiro, mas ainda era possível ver uma leve sombra de tinta preta.

Blue - JensooOnde histórias criam vida. Descubra agora