Capítulo 2°-ওArroganteও

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SCARLETT

Instantaneamente a raiva e o ódio que sentia por ele desvanence, quero acreditar que seja pelo fato dele ter a mão em volta da minha cintura. Mas tudo muda quando tenho os seus olhos sobre os meus.

"Se isto é ter postura, não imagino o que é não ter." por quê ele tinha que abrir a boca? Ele não podia simplesmente permanecer calado com os olhos sobre mim?.

"Penso que tenha sido um acidente." isso é tudo que digo antes de me afastar dele e alisar a minha saia.

"Talvez não devesse ter vindo a esta entrevista, tem estado nervosa desde o momento que comecei com as perguntas." por quê diabos ele está retirando o seu terno?." Me diga senhorita O'Brien, se por acaso estivesse no meu lugar a contrataria?." quero me concentrar apenas no fato de estar prestes a ser rejeitada mas não consigo desviar os olhos das suas mãos e dos seus dedos longos que estão agarrados a sua camisa, que ele insiste em retirar, talvez pelo líquido manchado na mesma.

"Bem.., quero me desculpar pelo incidente." na verdade penso que ele tenha merecido, já que não irei trabalhar para ele.

"A agência irá mantê-la a par de tudo, penso que por hoje é tudo senhorita O'Brien." ele sorri e me mostra as suas convinhas atraentes.

Busco pela minha bolsa de mão antes de qualquer movimento e ele me encara com a sobrancelha arqueada.

"Penso que esteja procurando por isto."  por quê diabos não consigo desviar os meus olhos dele.

Desço o olhar até a mesa e encontro a minha bolsa na sua mão. Ele me entrega com cautela e novamente volto a subir o olhar, me deparando imediatamente com o seu peito levemente amostra.

"O.. obrigada." será que devia realmente lhe agradecer?.

"Não há de quê, até breve senhorita O'Brien." ele pisca para mim e sorri torto.

Até breve? Isto significaria que estou aprovada e que serei a sua nova secretária? Não quero me encher de espectativa mas é o que está acontecendo e não posso ignorar a ideia.

Tento de algum modo me equilibrar e cautelosamente lhe dou as costas.

Embora esteja um pouco trapalhona alcanço a porta e de imediato deixo a sala.

"Senhorita McCartney ligue para a minha casa e peça para que a minha ama se encarregue de escolher uma outra camisa. E diga para que o chofer a traga urgentemente." ouço-o gritar parado na porta a minha trás, ele provavelmente ordenou para uma das secretárias.

Desejo caminhar sem olhar para trás mas não consigo conter a vontade de voltar a olhar para o seu corpo.

Os meus olhos se deparam com os dele e ele arqueia a sobrancelha. Fico envergonhada, ele provavelmente deve acreditar que sou uma atrevida.

Meus dedos alcançam os botões da caixa de metal a minha frente e de imediato carrego nos mesmo. Quero estar longe deste lugar o mais rápido possível.

A brisa fresca me dá uma certa paz, estou fora da agência o que significa que estou longe daquele homem.

Olho ao meu redor na esperança de encontrar a minha carona e por sorte o carro conversível vem em minha direção.

"Olà maninha!." Charlotte diz e em um movimento cauteloso remove os óculos de sol."Como se saiu na entrevista?." não quero falar sobre isto nas próximas vinte e quatro horas, mas também desejo reclamar com alguém sobre o homem arrogante que acredito que irá levar esta agência a falência.

"Como pode trabalhar numa agência onde a postura é mais importante que um currículo impecável?." a minha irmã tem de me dar uma explicação, como ela pode suportar aquele homem e as suas regras patéticas." E já agora os seus saltos altos não me ajudaram de todos." resmungo e não hesito em retirá-los antes de entrar no carro.

"Por vezes me custa acreditar que é a minha irmã." Charlote diz num tom de decepção. Estou acostumada com os seus comentários inapropriados desde mais novas. Por isso não dou muita importância." Lhe disse claramente que a agência exclusive woman não se encaixava no seu perfil." estou ciente de que sou uma desastrada e desarrumada mas ela não tem de jogar isto na minha cara.

"Acredito que não haja nada que agrade aquele homem." resmungo." Nem mesmo estás roupas de marca foram capazes de convence-lo." adiciono após soltar um longo suspiro.

"Ah irmãzinha, talvez o problema não sejam as roupas, mas sim você."

"Como se não bastasse ter que aguentar o novo dono da agência durante a entrevista também tenho que aguentar as ofensas da minha própria irmã?." olho para ela desacreditada.

"Por quê não sai um pouco para se divertir e distrair a mente?." ela ainda tem a esperança de que algum dia eu me junte ao seu grupo de amigos.

"Não, obrigada, ainda tenho que arrumar um emprego. Já estou conformada que aquela agência não é para mim, mas talvez eu encontre alguma onde se importe mais com o meu currículo, do que com a postura ou o modo como me visto." bufo.

"Bem nesse caso, nos vemos mais tarde." ela estaciona o carro e não hesito em sair.

"Não chegue muito tarde." digo enquanto fecho a porta.

"Não sou nenhuma criança maninha, temos vinte e três anos e devia estar se divertindo assim como eu." ela está certa, mas me sinto desconfortável em ambientes festivos.

Suspiro quando ela dá a partida sem deixar-me novamente protestar e cautelosamente caminho em direção a nossa residência.

Estou exausta talvez por ter passado o dia todo andando de salto alto. Jogo a minha bolsa no sofá e de seguida me sento no mesmo.

Ergo um dos meus pés até a minha coxa e a pouso sobre a mesma enquanto tento massageia-lò.

"Como correu a entrevista minha querida?." está voz é sem dúvidas da minha ama.

Movo a cabeça para sua direção e de imediato me deparo com a mesma.

"Graça." sorrio e ela enxuga as mãos com o pano antes de me dar um beijo na bochecha e se sentar ao meu lado.

"Provavelmente tudo correu bem, é a garota mais inteligente que conheço." adoro o modo como ela faz o mundo girar ao meu redor.

Graça começou a trabalhar na residência desde a minha nascença e da minha irmã. E ela tem cuidado de ambas, posso dizer que ela foi mais presente do que a minha mãe.

"Foi um desastre." cuspo as palavras, de fato nunca consegui esconder alguma coisa dele. É mais fácil mentir para minha mãe do que para ela.

ENTRE O AMOR, E O DESEJOOnde histórias criam vida. Descubra agora