ENTRE O AMOR, E O DESEJO

Capítulo 8°-এCoincidênciaএ

SCARLETT

A água fria e gelada percorre intensamente pelo meu corpo que insiste em ficar inquieto por debaixo do chuveiro.

Ainda não posso acreditar no que estive prestes a fazer, quase me entreguei para um homem que se quer faz o meu tipo, embora me sinta atraída por ele.

Com cautela ergo a mão e desligo o chuveiro alcançando de seguida a minha toalha. Rapidamente me enrolo na mesma e volto até a minha cama.

Me sento sobre a cadeira em frente ao espelho e encaro o meu reflexo com os dedos sobre os meus lábios. Ainda sinto o toque dos seus lábios nos meus.

Seu beijo parece uma tatuagem marcada em meus lábios.

Detesto a ideia de ter os pensamentos lotados por ele mas é inevitável.

"Em quem está pensando querida irmãzinha?." a voz da Charlotte em direção a porta me tira de imediato dos meus pensamentos.

"Nada." digo apreensiva me levantando da cadeira.

"Humm, sabe que não pode mentir para mim, está com as bochechas rosadas. Isto envolve algum homem?." ela sorri caminhando em minha direção.

De fato adoraria dividir está confusão com alguém, mas não sei no que a Charlotte irá pensar se eu lhe disser que quase transei com o presidente da agência.

"Sabe que os homens não me interessam tanto." isso era o que eu acreditava, até conhecer o Henrich e ter a cabeça revirada.

"Soube que está trabalhando para o André, ele é um garanhão." de fato mas não tanto quanto o Henrich, ao menos esta é a minha opinião.

"Por favor Charlote, sr Clapton é o meu chefe, e nada mais além disso." busco por alguma roupa para me vestir.

"Não é o mesmo que as garotas da agência pensam. Ele tem fama de mulherengo, apenas quero que tome cuidado." ela parece preocupada.

"Não tanto quanto o Henrich." não pude evitar este comentário.

A expressão da Charlote muda repentinamente e isto me preocupa.

"Ele está passando por momentos difíceis. Seu pai está na beira da morte e agora é um homem responsável, penso que já tenha ultrapassado está fase."

"Como sabe tanto sobre ele?." estou curiosa.

"Toda gente sabe sobre o Henrich Ryder. Se não fosse nova na agência saberia." ela sorri pensativa." Henrich é o homem que todas querem, o tipo ideal de todas as garotas." Charlotte diz com um sorriso entre os lábios. Por quê os seus olhos estão brilhando?.

"Bem, não para mim." me esquivo e caminho em direção ao espelho.

"Vou ver alguns amigos, não gostaria de se juntar a mim para se divertir um pouco?. Deve ter tido um dia muito cansativo na agência." ela para a minha trás e encaro o seu reflexo.

"Sim, o meu dia foi exaustivo, tenho muito que fazer e apenas quero descansar." não me apetece nada estar em um ambiente festivo.

"Ah irmãzinha, quando acha que vai tirar a virgindade, é adulta e devia viver uma vida de adulta." ela toca nos meus cabelos os levando para trás." Os homens dariam tudo para nos ter, somos mais atraentes do que possa imaginar. Eu tenho uns amigos, atraentes e muito bonitos, posso lhes apresentar se quiser." como ela pode pensar que preciso de um homem?

"Talvez devesse ir agora." Henrich Ryder não sai da minha cabeça.

"Se mudar de ideia, liga para mim minha querida irmã." ela sorri antes de se retirar.

Suspiro intensamente após escutar o eco da porta sendo fechada, estava só novamente e não acreditava no que havia acabado de escutar da boca da minha irmã, não tenciono me deitar com qualquer homem, e como ela pode ter me sugerido uma coisa dessas?.

Decido esquecer este assunto e me deitar, já está tarde e preciso de forças para continuar com o trabalho amanhã.

Quero dormir mas o Henrich não sai da minha cabeça.

06:25 AM.

A dor de cabeça forte e repentina me dá a entender que a noite foi difícil, o alarma toca insistivamente e me levanto desnorteada.

Tomo um banho rápido e após me vestir desço até a mesa de café. Vejo que os meus pais estão de volta de viagem, porém a Charlote não está na mesa.

"Bom dia." instalo um beijo no canto da bochecha da minha mãe e faço o mesmo com o meu pai.

"Bom dia querida, não vejo a sua irmã." a minha mãe diz como se eu fosse a babá dela.

"A Charlote saiu com uns amigos, como foi a viagem pai? Vocês se divertiram?." questiono após me sentar.

"Bem, tirando a parte em que a sua mãe quase estourou o meu cartão de crédito." meu pai diz com sarcasmo.

"Seu não querido, nosso." a minha mãe diz num tom autoritário.

"Como quiser, como está se saindo trabalhando na agência aonde a sua irmã trabalha?." meu pai questiona sorridente.

"Até o momento estou me saindo bem."

"Ótimo filha, em breve tomara posse da minha empresa, espero que entendam o meu desdém de prepara-las primeiro. Deus me abençoou com duas belas filhas, e quero acreditar que as mesma estejam preparadas para tomar o meu lugar na empresa em breve."

"Se não fosse tão caprichoso teria um momento de descanso, a Charlote ja mostrou bastante potencial para tomar o seu lugar na empresa." minha mãe diz defendendo a Charlote.

"Bem, não é o que estou vendo, ao invés dela estar pronta e vestida numa hora dessas assim como a Scarlett a sua filha está por aí bebendo e se deitando com qualquer vagabundo que lhe pagar uma rodada." meu pai diz com desgosto." Se nenhuma das duas mostrar potencial não me darão alternativa há não ser dar o meu cargo de presidente ao meu braço direito, se só menos tivesse me dado um herdeiro nada disto estaria acontecendo." ele grita jogando o guardanapo sobre a mesa.

"Querido eu..." minha mãe tenta se justificar.

"Perdi o apetite." meu pai diz se retirando.

Bem está é a família O'Brien, bem não exatamente, tudo mudou quando o meu pai chegou a velhice e desejou apenas um herdeiro para cuidar da sua empresa, porém, Deus o abençoou com duas belas filhas mulheres.