Capítulo 3°-এAtrevidaএ

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HENRICH

"Mais uma rodada por favor!." peço ao barman que de imediato me serve novamente a bebida. Já é o quinto gole mas nem com isto os meus problemas se acabam.

Quero acreditar que a ideia de ter vindo a este clube me ajude a esquecer alguns dos meus problemas. Mas até o momento não vejo absolutamente nenhuma mudança.

Estou revoltado com a vida por estar prestes a me tirar o que me é mais valioso. Até pouco tempo tudo era perfeito, sempre soube que chegaria o dia que teria que deixar a vida de vagabundo e assumir todas as responsabilidades que eram antes do meu pai, e isto inclui a sua agência.

Do dia para noite o meu pai se torna num moribundo, tudo isto por culpa de um maldito cancer que está se espalhando por todo o seu corpo.

Me sinto um covarde por simplesmente preferir estar num clube que estar na minha própria casa. Mas não consigo olhar para o meu pai, e vê-lo morrer lentamente, isto é como uma tortura e talvez a outra parte mais difícil seja ter que lidar com os choros da minha mãe todas as noites. Penso que nada do que eu disser para a acalmar irá mudar o fato de um dos homens mais importantes da sua vida esteja na beira da morte.

Suspiro vigorosamente quando ergo a minha cabeça e me deparo com inúmeras ligações da minha mãe. Claramente ela deve estar precisando de mim, quero apenas acreditar que está é a verdadeira razão das suas inúmeras ligações.

Neste momento desejo apenas estar sozinho por isso não hesito em desligar o meu celular e voltar a beber o líquido de uma só vez.

Olho ao meu redor e observo os demais que se divertem, a música alta é capaz de me eloquecer, talvez por estar irritado com tudo. Gostaria apenas de estar num lugar silencioso mas onde poderia ser?.

Deslizo a mão sobre o meu rosto e suspiro, neste instante os meus olhos chocam com o inacreditável.

Não pode ser ela, o que a mulher que estive entrevistando a manhã toda está fazendo num clube como este? Vestida de uma forma provocante.

Como ela pode estar caminhando tão bem dentro destes saltos? Ao contrario desta manhã agora ela parece mais profissional.

Não consigo tirar os olhos dela tal como na manhã de hoje e coincidentemente os seus olhos chocam nos meus.

A sua amiga lhe susura algo no ouvido antes dela sorrir para mim e quando pisco os olhos ela está caminhando até mim.

"Ora, ora, se não é o Henrich Ryder." ela diz próxima a mim antes de pousar a sua bolsa de mão no balcão.

Percebo que ela está sem os seus óculos de vista, e confesso que sem eles ela fica mais atraente.

"Não esperava vê-la tão cedo senhorita O'Brien." digo e bebo outro gole.

"Bem, seus olhos me convidaram a vir até você. A minha amiga comentou que você estava basicamente me comendo com os olhos." ela se aproxima e susura as tais palavras.

Como ela pode mudar de comportamento tão repentinamente.

"Não estava tão atrevida está manhã." digo mas ela parece não se importar muito com isso.

"Não irá me oferecer uma bebida?." ela está realmente muito atrevida.

"Ah claro." que tolice a minha." O que irá beber?." questiono sem tirar os olhos dela.

"Tequila." ergo a sobrancelha admirado.

"Uma tequila por favor." gesticulo e gosto do modo como ela olha para mim.

"Irá me contar a razão de estar tão deprimido?." ela é direta e desliza a mão em torno do meu braço.

"Não quero entedia-lá." contar para ela sobre os meus problemas familiares apenas fará com que ela se vá embora.

ENTRE O AMOR, E O DESEJOOnde histórias criam vida. Descubra agora