ENTRE O AMOR, E O DESEJO

Capítulo 10°-ওUm pedido de ajuda

Scarlett

"Regra número um, jamais quebre as regras do Sr O'Brien". Está era a única regra que a Charlotte e eu tínhamos o dever de cumprir, bem, até ela quebra-la na manhã de hoje.

Meu pai jamais aceitou que uma das suas filhas passasse a noite fora, ao menos não enquanto estivessem na sua residência.

O casamento dos meus pais foi arranjado, minha mãe era filha única de uma família rica, meu avo tinha uma grande empresa e tudo que ele desejava era ter alguém a altura que pudesse administra-la tal como ele o fazia, e é claro que a minha mãe não estava a altura disto, ela sempre foi modelo assim como a Charlotte e na época ela não se colocava ao dispor de administrar uma grande empresa, já que a mesma não tinha capacidade, tudo que a minha mãe sabia fazer era desfilar de biquíni, e isto não ajudaria a empresa de todos.

Foi então que o meu avo decidiu arranjar um homem para ela, e foi assim que a minha mãe e o meu pai se casaram, e ele tomou tudo que era do meu avô que confiou plenamente no seu potencial.

Meu pai apenas não quer cometer um erro, houve uma altura que o mesmo pensou em arranjar um homem para uma de nós, mas a ideia não o agradou, pondo em conta que nenhuma das suas duas filhas concordava com isto. E foi então que o meu pai decidiu dar a empresa para uma de nós.

Se uma de nós for eficiente e convence-lo que será capaz de cuidar da empresa assim como ele e o nosso avó, ele estará de acordo.

"Senhorita O'Brien venha até minha sala." a voz masculina me interrompe dos meus próprios pensamentos. É o meu chefe o André.

De imediato me levanto e ajeito a minha saia antes de bater na sua porta.

"com licença senhor.." digo num tom levemente suave antes de entrar na sua sala.

"Está tudo bem senhorita?." ele me encara nos olhos com a sobrancelha erguida.

"Sim senhor, algum problema?." limpo a garganta antes de respondê-lo.

"Parece um pouco distraida está manhã." ele brinca com a caneta em rodopios.

"Não senhor, lhe asseguro que está tudo bem." digo e forço um sorriso.

"Ótimo! Já imprimiu os papéis que lhe entreguei?." Ele me encara profundamente e fico perdida durante algum tempo. Talvez eu esteja realmente distraída, não me recordo de ter recebido papéis está manhã, mas o senhor André não seria louco de inventar algo do gênero.

"Me desculpe senhor eu..eu já vou imprimi-los agora mesmo." digo prestes a me retirar mas ele me para.

"Senhorita O'Brien?."

"Senhor?." olho para ele.

"De que papéis está falando?." ele arqueia a sobrancelha e se levanta.

"Dos papais que o senhor me entregou está manhã." falo confusa.

"Não lhe entreguei papéis está manhã, agora percebe quando digo que está distraída? Deseja me contar o que é?." ele está parado na minha frente.

"Está tudo bem senhor, eu juro, apenas são alguns problemas familiar." desvio os olhos dele.

"Que tipo de problemas? Precisa de alguma coisa? Não gosto que os meus funcionários estejam distraídos, preciso que se foquem apenas no trabalho e que deixem os seus problemas em casa. No entanto se precisa de alguma coisa diga." ele fala sério.

Não é como se eu fosse contar os meu problemas familiares para ele, eu apenas preciso de dinheiro para arrumar um apartamentos.

"Bem eu..." suspiro.

"Sentence." ele aponta a cadeira e de imediato me sento.

"Pode me dizer o que precisa?." ele para na minha trás.

"Estou tendo uns problemas, mas apenas preciso de algum tempo de resolve-lòs."

"De até tipo de problemas estamos falando?."

"Preciso de um novo apartamento, ou seja eu.."

"Este é o único problema?." ele se apoia na mesa de braços cruzados e me encara.

"Bem...sim." digo.

"Para quando precisa o apartamento?."

"Amanhã, eu tenho que me mudar amanhã, e para isto preciso de dinheiro, o senhor podia adiantar o meu salário?." questiono hesitante.

Ele permanece em silêncio e acredito que agora estarei realmente no meio da rua. Será difícil arrumar um novo emprego tão rápido.

"Bem senhorita, a senhorita mesmo viu com os próprios olhos que a empresa está falida, precisamos de novos investidores e entre outras coisas para ergue-la." ele dá a volta e se serve do uísque.

De fato a agência está na ruína desde que o Mr Ryder foi diagnosticado com câncer.

"Compreendo." é tudo que digo.

"Não posso adiantar o seu salário, mas posso lhe entregar as chaves de um dos meus apartamentos. Poderá se instalar até que as coisas na agência se resolva."

"Senhor eu não.."

"Por favor senhorita, eu insisto, é uma das funcionárias mais eficaz da agência, acredito que possa nos ajudar a reergue-lá."

Bem será apenas por algum tempo.

"Está tudo bem, eu aceito." sorrio.

"Amanhã mesmo irei levá-la para conhecer o apartamento e irei lhe entregar as chaves." ele fala com um sorriso entre os lábios.

"Obrigada senhor." agradeço.

"Não há de quê senhorita O'Brien." A chamei para avisá-la que teremos que ir há uma viagem de última hora encontrar os novos investidores da agência. Seria um trabalho para o Henrich mas ele acordou de ressaca e por isto não está na agência, acha que pode me acompanhar?."

"Claro senhor, para isto sou a sua secretária."

"Muito bem, vá arrumar as suas coisas, vou espera-lá no carro, não demore muito, precisamos estar lá antes do anoitecer, temos um jantar de reunião marcado."

"Espere, o senhor disse jantar? Eu teria que levar uma roupa adequada para o momento."

"Não se preocupe quanto a isso senhorita, já me encarreguei disto, apenas precisamos nos adiantar."

"Está tudo bem." concordo.

Caminho a passos largos até a minha mesa e arrumo a minha bolsa antes de me retirar da agência e encontrar o senhor André. O motorista abre a porta do carro para mim e de imediato me sento ao lado do senhor André no banco de trás.

"Para onde deseja ir senhor?." o motorista questiona.

"Para o aeroporto, iremos pegar o jato particular da agência." ele fala e rapidamente estamos na estrada.