capítulo 4

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Amélia

Ajeito meu blazer, então entro na delegacia. Eu odiava entrar nesse lugar por conta dos olhares maliciosos que alguns se dirigiam para mim.

Infelizmente eu já tinha meio que me acostumado. Eu sempre trabalhei em um ramo machista e sexista, então tive que lhe dar com essas situações.

Eu estava quase perto da sala do delegado,quando uma voz asquerosa me chama.

Cortez:Doutora Maria Amélia

Me viro com um sorriso cínico no rosto.

Amélia:Bom dia, cortez. Eu poderia falar com o delegado peixoto?

Cortez:Vai soltar qual vagabundo?

Amélia:Sem querer ofender, mas mão te interessa. Meu assunto é com o delagado Peixoto

Cortez:Ele está na sala dele. Você sabe o caminho,certo?

Amélia:Sei sim. Obrigada

Cortez é típico "cidadão de bem". Só sobe em favela para matar gente inocente. Tenho nojo desse homem, porém já tive um envolvimento com ele

Sim,me arrependo desse terrível passado.

Ando em direção a sala do delegado peixoto, então bato na porta. Do outro lado da porta ele pede para que eu entre, então faço isso

Peixoto:Doutora Maria Amélia, a que devo a honra?

Amélia:Quero conversar sobre o caso do César Souza. Caso esse que tem muitos furos de roteiro, delegado.

Peixoto:Pegamos ele correndo com uma arma. Não tem nada que possa defender esse bandidinho

Amélia:Consta no inquérito que a arma encontrada com o César era do policial Luiz Alberto Figueiredo Machado.

Peixoto:César bateu com a própria arma na cabeça do Machado, depois roubou sua arma

Amélia:Encontraram a arma que supostamente seria do meu cliente?

Peixoto:Não encontramos, mas o Luiz sabe muito bem o que viu. O César não quis atirar,então bateu com o fuzil na cabeça do Luiz

Amélia:Se não encontraram a arma como podem ter certeza que existia uma arma?Pelo o que estou vendo essa situação se baseia em uma fantasia.

Peixoto:Como a senhora explica o menor César Souza estar com a arma de um dos policias?

Amélia:No depoimento o César conta que ficou assustada com os tiros,então quis se proteger. Portanto entrou em uma viela e viu o policial jogado no chão com muito sangue ao seu redor

Peixoto:Sério que acredita que esse menino se assustou, então pegou a porra de uma arma para se defender?

Amélia:O César ficou com medo de encontrar alguém que pudesse ferir ele no caminho, então achou melhor pegar a arma.

Peixoto:Isso é uma loucura

Amélia:Não tem arma, apenas a palavra do Luiz contra do César. Acho que está na hora de pedir a liberdade do meu cliente

Peixoto:Ele estava com uma arma. Isso é uma prova maior do que uma arma sumida

Amélia:Ele estava com uma arma, mas se atreveu a atirar em algum policial?Pelo contrário, ele colaborou. Só que eu sei que acabaram agindo com violência, mesmo ele sendo menor de idade.

Eu ia saber dobrar o juiz. Realmente tinha boas provas contra o César, mas não acho que seja o suficiente para mante-ló preso

Peixoto deve estar se roendo de raiva. Eu sempre acabo arranjando um jeito de tirar meus clientes das mãos dele

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Demorou, porém o juiz concedeu a liberdade do César. Ele ainda ia ser investigado e se encontrassem algo errado ele ia ser preso, então eu não poderia fazer muito

Fico esperando César dentro da delegacia e não demora muito para dois policiais trazerem ele.

Amélia:Eu sou Maria Amélia, sua advogada.

César:Caramba,você é uma chuchuca doutora -dou uma risada sem jeito- Com todo respeito, claro. Eu estou livre mesmo?

Amélia:Por enquanto. As investigações ainda vão continuar sendo feitas

César:Esses desgraçados não vão encontrar porra nenhuma

Amélia:César, a gente ainda está em uma delegacia

César:Foi mal, Doutora. Isso deve ser a larica que eu tô. Eles me deixaram sem comer nada desde ontem

Amélia:Quer ir lanchar comigo? -ele fica com um pé atrás- Eu pago

César:Sendo assim eu aceito. Obrigadão

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Eu acho que o capítulo está ficando muito longo,então deixo vocês por aqui.

Espero de coração que estejam gostando

Beijos

LealOnde histórias criam vida. Descubra agora