Capítulo 8

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Ana acaba de estacionar o carro em frente à casa.

Mariana, sentada ao seu lado, olha para a loira sem entender.

- Eu convidei-te para um fim-de-semana em Valle de Bravo. E o fim-de-semana ainda não acabou. – diz Ana, sorrindo para a mais nova.

- Tu és louca. – diz Mariana, dando uma gargalhada.

Ana sai do carro e contorna-o para, no momento em que Mariana está a sair da viatura, a loira possa dar a mão para a mais nova pegar.

As duas mulheres trocam olhares e, sem nunca largarem a mão uma da outra, entram na casa.

Ana segue com Mariana pelos diversos corredores, até que param em frente à porta do quarto principal.

A loira abre a porta.

A lua que brilhava lá fora iluminava o interior do quarto.

E ela estava duplamente brilhante, como se a sua luz tivesse essa dupla força hoje pois Ana e Mariana estavam prestes a unir os seus corações e tornarem-se um só.

Ana caminha com Mariana até à grande janela, que tinha vista para o grande jardim da casa.

Ali, em frente à mais nova, com a luz da lua refletida nos seus traços, Ana podia ver o quanto Mariana era bela.

Não que a mais velha já não tivesse reparado na beleza da morena, mas a vida das duas mulheres, desde que se conheceram, não tem sido fácil. Têm passado por muitas provações e o terem conseguido chegar até aqui, a este momento, juntas, faz Ana perceber o quanto ela sempre quis isto.

O olhar para Mariana sem pudores.

O tocar a mais nova sem reservas.

Ana leva a sua mão direita ao rosto de Mariana, acariciando a pele suave da morena.

- Tu estás mesmo aqui? – pergunta Ana ainda descrente do que se estava a passar, ou talvez com medo que tudo fosse resultado da sua imaginação.

Mariana pega na mão de Ana que estava no seu rosto e deixa um beijo na sua palma.

- Eu estou aqui, Ana. Sou real. Nós somos reais. – Mariana deixa tombar a sua cabeça para o lado em que a Ana tinha a sua mão.

Ana aproxima-se de Mariana e as duas mulheres ficam a poucos milímetros de distância.

- Tenho tanto medo de te perder outra vez... - sussurra Ana, tocando o seu rosto no rosto de Mariana.

- Eu não pretendo ir a lugar algum. E se for...tu irás sempre comigo.

Como o que Mariana tinha acabado de dizer fosse combustível suficiente, Ana termina com a distância entre as duas e beija a morena.

O beijo começa calma, como um roçar de lábios que se encaixam na perfeição.

Ana leva as suas mãos até à nuca de Mariana, onde agarra com alguma força no cabelo longo da mais nova.

Mariana solta um pequeno gemido e a sua boca abre, dando espaço para que a língua de Ana entre em contato com a sua e as duas mulheres comecem uma dança tanto romântica como sensual.

Mariana leva as suas mãos à cintura da loira, apertando cada vez mais, tamanho são as sensações que aquele beijo lhe traz.

Ana caminha de costas e traz Mariana consigo, sem nunca se desfazerem do beijo, que se torna cada vez mais quente.

Quando estão quase a chegar à ponta da cama, Ana termina o beijo e olha nos olhos de Mariana.

Apesar de terem apenas a lua como iluminação, as mulheres conseguem ver o desejo que habita no olhar de cada uma.

El Hilo Rojo del DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora