Capítulo 18

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Audrey

Paro meu carro em frente ao cemitério onde meu pai e meu irmão estão enterrados, à alguns anos - depois que eu me livrei da HIDRA e da Sala vermelha - fiz uma promessa, toda vez que viesse a Itália tinha que visitar meu pai e Patrick .

Olho para o lado e Barnes me da um leve sorriso encorajador, retribuo com um sorriso pequeno.

Saio do meu automóvel e ando até o mausoléu da família D'Angelis, pego a chave dentro da minha bolsa e destranco a porta, por mais incrível que pareça aqui está limpo, sem nenhuma poeira, eu pago bem caro pela a manutenção.

A única que não está enterrada aqui é Amélia, minha genitora, por que minha mãe ela nunca foi, acho que seu corpo está em um cemitério em Londres, pouco me importa.

Paro enfrente ao túmulo deles e lhe envio um beijo no ar.

Sento no chão, pouco me importando se está sujo ou não, esse é o único momento em que posso me conectar com eles, me comunicar.

Algumas pessoas podem me achar louca.

Na época eu nem fui ao velório ou ao enterro do meu irmão , capturada pela HIDRA não dava para fazer muita coisa

- Ciao papà, mi sei mancato (olá papai, senti saudades) - digo me segurando para não chorar, por incrível que pareça, aqui é o único lugar em que me permito a isso - L'azienda è cresciuta gradualmente e sono stato nominato per il premio come miglior architetto dell'anno, ci credi? (a empresa vêm crescendo gradualmente, e eu fui indicada ao prêmio de melhor arquiteta do ano, acredita nisso?) - falo com um sorriso maior que a lua.

Eu sempre fui mais próxima do meu pai, mesmo ele não sendo de sangue, Amélia vivia o traindo - não que o meu pai fosse diferente, ele também a traiu e isso resultou em dois filhos que só fomos descobrir depois da sua morte.

Amélia em uma das noitadas que adorava participar, engravidou de um cara qualquer, eu até o procurei depois que ela morreu, entretanto, não deu em nada.

Também, não iria fazer muita diferença na minha vida, Dante D'Angelis, foi um pai e mãe pra mim e pro Patrick, minha genitora só se importava com ela mesma, vivia dizendo que foi uma desgraça termos nascido, só tínhamos estragado seu belo corpo e que preferia ter me abortado e a Patrick, ao ter um fardo como esse em sua vida.

Na frente da câmera e de sua família ela era a mãe mais perfeita do mundo, porém, não passava da porra de uma atuação bem elaborada.

Me lembro em como ela me tratava como se eu não fosse sua filha, mas, com suas sobrinhas ela dava todo o amor de uma "mãe" as abraçava e dizia que as amava, só Deus sabe como eu desejava ouvir um "eu te amo" da minha própria mãe - o que nunca ocorreu, ela as vezes até esquecia do meu próprio aniversário.

A droga do dia do meu nascimento.

Sinto as lágrimas invadirem meus olhos e logo as limpo, piscando para afastá-las.

Continuo contando sobre a minha vida, sobre os vingadores, Zahra e sobre o meu reencontro com Barnes.

No final da visita meus olhos estão cheios de lágrimas e meu coração despedaçado, a morte daquele que eu amo foi culpa minha.

A HIDRA matou meu irmão por minha culpa, eu que fui burra o suficiente para me apaixonar.

Me levanto do chão, passo a mão debaixo dos meus olhos limpando as minhas lágrimas, beijo meu dedo indicador e médio e encosto no túmulo do meu pai e no de Patrick e fecho meus olhos brevemente.

- Ti amo (eu amo vocês) - sussurro.

Saio do mausoléu e o tranco com a chave e vou em direção ao meu carro, James ainda está lá falando no telefone com alguém.

- Sim, sim Steve, está tudo bem, ela já tá vindo - ele faz uma breve pausa revirando os olhos - estamos indo - diz desligando a chamada e me encarando - e aí, como foi lá?

- não tinha como ser melhor - digo ligando o carro e arrancando com o mesmo em direção ao hangar.
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Então amores, nesse capítulo eu quis falar um pouquinho sobre o relacionamento da Audrey com o pai, o irmão e a mãe, mas isso é só a ponta do iceberg
Mais pra frente eu vou me aprofundar na história

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Beijinhos de luz

𝐼 𝑠𝑡𝑖𝑙𝑙 𝑙𝑜𝑣𝑒 𝑦𝑜𝑢Onde histórias criam vida. Descubra agora