Capítulo Um

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Caleb e Angel já tinham saído da casa dos meus pais, mas os meninos continuaram por lá. Meninos. Isso é bem modo de falar. Eles eram homens, homens adultos. Homens adultos e gostosos. Ok, Tabby. Foco.

- Mamãe, vou para casa. – Disse enquanto ela se servia de uma xícara de chá.

- Tabitha, está nevando. Não quero que você pegue o carro. – Minha mãe olhou para papai, pedindo ajuda.

- Sua mãe está certa, Tabitha. Dirigir na neve é muito perigoso, ainda mais você.

Eu olhei indignada para meu pai.

- Como assim ainda mais eu? Preciso mesmo lembrar que quem me ensinou a dirigir foi o Caleb e o senhor?

- Exatamente por isso. Eu sei como você dirige.

Meu pai tinha um sorriso sarcástico e eu já bufava.

- Mãe, pai... Eu realmente preciso ir para casa. O Peter pode me levar. – Dei um sorriso amável.

- Eu a levo.

Olhei em direção à voz. Era a voz do Grant. Gente, por um momento até tinha me esquecido que ele sabia falar.

- Não precisa se preocupar, filho. – Papai disse. – Peter pode levá-la.

- É caminho para minha casa, Bradley. Assim Peter não se arrisca voltando para cá caso a neve aumente.

Mamãe olhou para mim e depois olhou para meu pai, que assentiu.

- Tudo bem, mas tome cuidado. Os dois!

Grant apenas acenou com a cabeça e eu sorri agradecida.

Não é que eu não quisesse ficar na casa dos meus pais, bem, isso também, mas eu precisava ir para a minha. Tinha que terminar de revisar alguns editoriais da revista, e isso me ajudaria a manter a mente ocupada, sem ficar pensando no Alex.

- Espero que os dois fiquem bem. – Disse assim que entrei no carro de Grant.

Ele, como sempre, não me respondeu. Apenas deu partida e caiu na estrada.

Se fosse outro momento eu continuaria falando e provocando o Grant até que se irritasse comigo e falasse algo, mas não agora. Hoje eu estava cansada, estava triste. A morte de Alex mexeu com todos nós.

Não sei se era pela velocidade do carro, mas tive a impressão de que a neve começou a cair com mais intensidade. A visibilidade piorava. Grant reduziu a velocidade e segurou com mais força o volante. Virei minha cabeça para a janela e fiquei olhando, ou tentando olhar, a paisagem que passava por nós.

–– Você está quieta. – A voz rouca do Grant me tirou do devaneio.

–– Muito observador. – Respondi secamente e ouvi ele bufar. – É muito injusto. – Ele me olhou rapidamente com a sobrancelha arqueada e depois voltou a olhar a estrada. – Angel tinha apenas Alex, e agora ela não tem mais ninguém! Quem foi que escreveu essas regras? Deveria ser proibido tirar as pessoas assim da gente.

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